sexta-feira, 27 de março de 2015

RG CRÍTICA #37: 5 MOTIVOS PARA VER A QUINTA REPRISE DA NOVELA “A USURPADORA”, NO SBT

O clássico dramalhão mexicano das gêmeas que trocam de lugar está de volta, mais uma vez, na emissora de Silvio Santos.

Está pronto para se envolver novamente com a história das gêmeas Paola e Paulina?

Em matéria de novelas mexicanas, sem dúvida, “A Usurpadora” será lembrada na sua cabeça mais cedo ou mais tarde. E agora, ela tem tudo pra se tornar assunto novamente nos próximos dias. É que nesta segunda-feira (30), a história protagonizada duplamente por Gabriela Spanic será exibida (acreditem!) pela sexta vez no SBT, na faixa vespertina de novelas, a partir das 17h, substituindo ao enlatado também mexicano “A Feia Mais Bela”. Mesmo com este novo replay, que empata apenas com “Maria do Bairro” em número de exibições no canal paulista, parece que o público não está nem aí e conta os minutos para a sua reestreia. E para deleite de uma legião de fãs (ou pra você que não está gostando nem um pouco da notícia), o #RGnaTV vai te dar cinco razões para tentar explicar o sucesso desse fenômeno e te convidar a acompanhar a saga das personagens Paola e Paulina one more time.

#1 – É um clássico da dramaturgia mexicana no Brasil, mas a sua origem é venezuelana!

Muito antes da trama chegar no Brasil, é necessário esclarecer que “La Usurpadora” nada mais é que um segundo remake de uma novela homônima, que foi ao ar pela primeira vez em 1972 na Venezuela, escrita pela cubana Inés Rodena. A primeira versão da Televisa para essa novela foi feita em 1981 com o título de “El Hogar Que Yo Robé” (“O lugar que eu roubei”). Já a versão que nós conhecemos (e amamos!) foi adaptada por Carlos Romero, com produção de Salvador Mejía e direção de Beatriz Sheridan e Nathalie Lartilleux. Com 102 capítulos, “La Usurpadora” foi exibida em 1998 e estreou pela primeira vez no Brasil no dia 22 de junho de 1999. Segundo a protagonista Gabriela Spanic, foram dez meses de produção, com toda a equipe gravando 15 cenas por dia em 14 horas diárias de trabalho. “A Usurpadora” também foi gravada em várias locações como Cancún, Cidade do México, Cuernavaca, Monterrey, Acapulco, Mônaco, Paris e Havaí.

Você lembra da abertura em português com Paulo Ricardo?

#2 – Os temas de aberturas, em espanhol e português, são adoráveis!

Uma das coisas que mais chamam atenção em “A Usurpadora” é o seu tema de abertura. Na versão mexicana, a canção “La Usurpadora” foi interpretada pelo trio feminino mexicano Pandora, formado pelas cantoras Isabel Lascurain, Mayte Lascurain e Fernanda Meade. A letra falava exatamente de alguém que chegava “com um disfarce” e conquistava um espaço e, claro, um amor. Na abertura, você via exatamente um resumo de toda a trama, que praticamente acompanhava a música. Porém, na sua primeira exibição no Brasil, não ouvimos a voz do grupo Pandora. O SBT resolveu escalar o cantor Paulo Ricardo para interpretar uma regravação de “Sonho Lindo”, um grande sucesso de Roberto Carlos. A letra em português não era tão objetiva como a original, mas também não fugia completamente da história da trama. Mesmo assim, os telespectadores brasileiros só ouviram a abertura brasileira na sua estreia, pois em todas as reprises começou a tocar a canção correta. Mas tanto uma quanto a outra eram realmente lindas de ouvir. Valia a pena só por isso.

#3 – Na mansão da Família Bracho é confusão do início ao fim.

Além da história principal da troca de identidade da pobre Paulina Martins ao se passar pela rica e ambiciosa Paola Bracho, a mansão da Família Bracho é um caso a parte. Sendo o principal núcleo da novela, os personagens mais marcantes (além das protagonistas) estão por lá. Na sinopse, Paola é esposa de Carlos Daniel Bracho (Fernando Colunga), que se casou apaixonada. Mas devido a ausência do marido, torna-se infiel. Na realidade, Carlos Daniel é um milionário quase falido que está em seu segundo casamento e possui dois filhos: a esperta e encantadora Lizete (María Soler) e o rebelde e problemático Carlinhos (Sergio Miguel). Ardilosa, Paola também mantém um caso extraconjugal com o cunhado, o inescrupuloso Willy (Juan Pablo Gamboa), casado com a atormentada e fanática Estephanie Bracho (Chantal Adere), uma mulher amargurada, ressentida com a vida e que se veste de forma horrível! Para piorar, ela ainda alcooliza a sua sogra, a Vovó Piedade Bracho (a diva Libertad Lamarque), e mal educou os seus enteados. Isso sem falar da empregada Lalinha (Paty Díaz) e a governanta Adelina (Magda Guzmán), que sempre estão envolvidas de alguma forma nos escândalos dessa família em ruínas.

 Porque novela chique tem continuação logo em seguida...

#4 – É uma novela que tem até spin-off!

Para quem não acompanha a novela (ou não percebeu durante as suas reprises), “A Usurpadora” tem até uma continuação! Originalmente, ela foi chamada de “Mas Allá de La Usurpadora”, sendo traduzida aqui no Brasil como “Além da Usurpadora”. Um diferencial que nunca chegou no Brasil é que neste spin-off, o ator Fernando Colunga (que fazia o Carlos Daniel) cantava o tema de abertura, uma versão masculina de “La Usurpadora”. Este especial tinha apenas dois capítulos no México. E no Brasil, ele já foi dividido em até três episódios. A equipe de produção era praticamente a mesma, mas a vilã agora era outra: a personagem Raquel, interpretada por Yadhira Carrillo. A história se passa um ano depois do fim da história original. Na sinopse, a trama se inicia quando Paulina vai ao médico pegar o resultado de seu 'check-up'. Ela descobre que está com câncer terminal e que só lhe restam 6 meses de vida. Paulina não conta a ninguém sobre sua doença e começa preparar uma nova Senhora Bracho para ser esposa de Carlos Daniel. “Além da Usurpadora” foi exibida em três ocasiões no Brasil: em 1999, na primeira reprise da novela em 2001 e na quarta reprise, em 2013.

#5 – Paola Bracho é vida!

Gente, esse é o tópico dos tópicos! Era mais que necessário colocar isto aqui. Pois muito antes de nos empolgarmos nas novelas brasileiras com grandes vilãs como Nazaré (Renata Sorrah, em “Senhora do Destino”), Flora (Patrícia Pillar, em “A Favorita”) e Carminha (Adriana Esteves, em “Avenida Brasil”), os grandes fãs de “A Usurpadora” insistem em rever a novela por causa dela: a vilã Paola Bracho. A “gêmea má” da trama mexicana acabou caindo no gosto do público brasileiro pelo seu sarcasmo, o seu modo desenfreado de ver a vida e, principalmente, pela classe que ela insistia em preservar (mesmo sendo mais baixa que uma pessoa ruim pode ser!). Mas eu também levanto aqui uma outra teoria do sucesso da diva má de Gabriela Spanic: a dublagem brasileira! E neste caso, é necessário fazer justiça à sua dubladora Sheila Dorfman [do estúdio carioca Herbert Richers], pois ela foi responsável por traduzir para os telespectadores a risada escandalosa, a frieza e a voz ora debochada ora sensual dessa personagem ímpar. Eis a prova:

Alguém ainda duvida que Paola Bracho é vida? rs!

Pela sexta vez, o SBT nos convida para nos envolvermos com este dramalhão clássico mexicano que já virou tradição aqui no Brasil. Por esses e outros motivos, a reestreia de “A Usurpadora” é, simplesmente, imperdível.

Um comentário:

  1. Perfeito *-*, adoroooo essa novela, mas pelo que eu me lembro nunca assistir essa continuação :(
    Rg tb é cultura, pois nem sabia do motivo número 1 :o
    Mayara

    ResponderExcluir