RG CRÍTICA #42: A EXCITANTE VOLTA DE 'AMOR E SEXO'

Fernanda Lima e companhia estrearam nova temporada em novo dia e horário na Globo. O resultado foi bom para todos nós!

RG INDICA #60: LEITURA DINÂMICA

Revista eletrônica da RedeTV! mostra que existe vida para programas desse gênero além dos domingos.

RG CRÍTICA #41: RETROSPECTIVA 2015

Confira o que foi destaque na TV aberta neste ano.

RG INDICA #59: ESPECIAL DE NATAL 2015

Confira a programação especial da TV aberta para celebrar a noite de Natal.

domingo, 30 de agosto de 2015

RG RELEMBRA #17: PEDRO, O ESCAMOSO

O RG conta a história da novela que foi exibida na RedeTV! para viver na sombra do sucesso de sua antecessora: Betty, a Feia.

Depois da Feia, colocaram o Escamoso na RedeTV!

Que a RedeTV! tem um histórico bem fraquinho de telenovela, a gente sabe. Mas poucos folhetins importados que ela exibiu até hoje tiveram tanta repercussão como “Pedro, o Escamoso”. O motivo do barulho era bem simples. A trama colombiana havia sido escalada para substituir o fenômeno de audiência do próprio canal: a novela conterrânea “Betty, a Feia”.

“Pedro, o Escamoso” (de nome original: Pedro, el escamoso) foi uma novela exibida em 2001 pelo Canal Caracol e estreou na RedeTV!em 23 de junho de 2003. Durante a primeira semana, ela ficou grudada com a última semana de “Betty, a Feia”. Só então ela pôde andar sozinha.

E a pergunta que muitos faziam na época era: porque escamoso? Esse termo colombiano é muito usado para definir uma pessoa que tenta ser algo que, de fato, não é. Em bom português, escamoso pode ser associado ao famoso malandro, cascateiro mesmo. De acordo com a sinopse, Pedro Coral (Miguel Varoni) vivia numa província do interior da Colômbia até se envolver com uma mulher proibida. Para escapar, ele foge para a capital, Bogotá, onde é acolhido pela família Pacheco, composta pelo casal Nidia (Alina Lozano) e Juan e suas atraentes filhas, Mayerli (Marcela Gardeazabal) e Yadira (Andrea Guzmán). Antes de se suicidar, Juan pede a Pedro que cuide de Paula Dávila (Sandra Reyes), sua filha com uma amante, para quem deixa toda a sua milionária herança.

Relembre a abertura de "Pedro, o Escamoso", com música do grande Juan Luis Guerra.

Por uma coincidência, Pedro e Paula vão trabalhar na mesma empresa. O dono, um homem casado mas infiel, fica atraído pela beleza de Paula e a contrata como vice-presidente da companhia. Embora não saiba dirigir, o “escamoso” consegue uma vaga como motorista e torna-se o chofer justamente de Paula. Quando a conhece, ele se apaixona pela primeira vez na vida. Contudo, Paula repete a história da mãe e se torna amante do chefe, que nunca cumpre a promessa de deixar a esposa. Neste ponto, tem início a trajetória de Pedro para conquistar sua amada.

Mesclando romance com comédia, alguns personagens coadjuvantes eram muito importantes na trama de Pedro. Era o caso da Dona Nidia Pacheco e suas filhas. Depois que o marido se mata e deixa a herança para a bastarda Paula, Nidia, disposta a receber a fortuna do marido, usava de todos os meios para alcançar este objetivo. Para isto, contava com a ajuda de Alirio Perafán (Jairo Camargo), um advogado desonesto. Já as irmãs Pacheco tinham características totalmente opostas. Enquanto a caçula Mayerli era uma jovem cândida, sensível e inteligente, Yadira era uma mulher sedutora, gananciosa e superficial. Outro tipo de destaque era o Pastor Gaitán (Alvaro Bayona), um homossexual assumido que trabalhava na mesma empresa de Pedro e se apaixonou por ele.

 "Pedro, o Escamoso" misturava comédia com drama mas... E esse cabelo, hein Pedro? rs!

Com 327 capítulos e uma música de abertura charmosíssima que levava o nome da novela – cantada pelo grande Juan Luis Guerra – “Pedro, o Escamoso” agradou o público brasileiro de início, obtendo médias de 4 pontos de audiência nos primeiros meses de exibição. Mas a grande quantidade de capítulos fez com que o ibope passasse a reagir negativamente. Tanto que o último capítulo da novela, exibido em janeiro de 2004, foi colocado às pressas pela RedeTV! numa edição mal-feita, com flashback de momentos que nunca haviam sido vistos na versão brasileira.

A dublagem em português foi feita pela Dublavídeo e teve a voz do protagonista Pedro modificada quando a trama já estava no ar por exigência do canal paulista. Também comentava-se que foram usados a maioria dos dubladores de sua antecessora, “Betty, a Feia”. Mas parece que nem as vozes do elenco anterior não foram suficientes para deixar o público com paciência de ver a saga de Pedro até o fim.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

RG PE #15: REDE BRASIL DE COMUNICAÇÃO

Emissora pernambucana que foi a Estação TV hoje tem programação local completamente voltada para o público evangélico.

Emissora pernambucana começou a funcionar em 2009.

Nascida a partir do rádio, a Rede Brasil de Comunicação – ou Rede Brasil TV – tem suas origens atreladas à Assembleia de Deus do Recife, que detém as frequências AM 580 (antiga Rádio Globo Recife) desde outubro de 1999 e tempos depois a FM 93,3. Sob direção, supervisão e administração do Pr. Ailton José Alves (Presidente da Igreja Assembleia de Deus em Pernambuco), a chegada desta igreja na televisão pernambucana começou em outubro de 2008, transmitindo um evento evangélico no canal 14, na época ainda denominada como Estação TV, inaugurada em 2005. Com uma audiência considerável deste evento, as duas instituições se aproximaram.

Em abril de 2009, constituiu-se uma equipe de profissionais para produção de conteúdo televisivo local que atendesse a esse público segmentado (cristão da Assembleia de Deus em Pernambuco). Quatro meses depois, a IEAD-PE já ocupava a madrugada da Estação TV com 7 horas de conteúdo diário, que logo após cresceu para 21 horas, até dominar o canal por completo, adotando então o nome oficial de Rede Brasil TV.

Com 90% do conteúdo da emissora voltado para o público cristão, aos poucos foram surgindo programas com mais jornalísticos, oferecendo novas alternativas de consumo de informação na televisão pernambucana. Atualmente, além das diversas atrações da Assembleia de Deus, o programa de variedades “Assunto do Dia” e o telejornal noturno “Jornal Estado”, se destacam como novidades que podem abranger um público maior.

Esta é a vinheta de abertura do telejornal noturno da Rede Brasil de Comunicação.

O “Assunto do Dia” é comandado pelo jornalista Phelipe Cavalcante. Exibido ao vivo de segunda a sexta, às 9 da manhã, o programa se propõe a prestar serviços com informações de utilidade pública (trânsito, previsão do tempo, vagas de emprego), havendo ainda espaço para debates, notícias e entretenimento, com direito a um quadro de culinária. A atração é reprisada no mesmo dia, às 18h30. Ainda à noite, o “Jornal Estado” é considerado o primeiro telejornal local noturno a entrar no ar, às 18h, com apresentação do jornalista e radialista Ed Villanova.

Em dezembro do ano passado, a RBC TV começou a transmitir sua programação em sinal digital. Além do canal 14, a emissora ainda pode ser encontrada nas seguintes frequências: canal 6 para Caruaru e Agreste; canal 28 em Cabo de Sto. Agostinho, Litoral Sul e áreas adjacentes; canal 10 para Gameleira; canal 13 em Toritama e áreas adjacentes; e canal 23 para Buíque e adjacências. É possível sintonizá-la também via satélite (pela Intelsat 1R) e assistir 24h pela web no rbc1.com.br.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

RG CRÍTICA #40: O RENASCIMENTO DE XUXA NA RECORD

Cercado de expectativas, o programa Xuxa Meneghel estreou de maneira atrapalhada, mas cumpriu o que prometeu: apresentou uma Xuxa que não conhecíamos.

Xuxa estreou na Rede Record com o pé direito.

Tudo o que tiver de ser será”. Nunca uma frase da canção “Lua de Cristal” fez tanto sentido como agora. Até porque, a intérprete desta música iniciou uma fase histórica a partir de hoje, na Rede Record de Televisão. Pontualmente, às 22h30 da noite desta segunda-feira (17), a emissora paulista exibiu, ao vivo, direto do Rio de Janeiro, a primeira edição do Programa Xuxa Meneghel.

Segundo o diretor do programa, Mariozinho Vaz, a estrela da estreia seria a própria Xuxa. E assim sucedeu. Fomos apresentados à uma Xuxa diferente, que não tinha vergonha nenhuma de se expor, afim de brincar consigo mesmo. Tanto que na abertura, fomos brindados pelo “processo de contratação” da Rainha que, desempregada, bateu na porta dos Recursos Humanos da emissora, respondendo às perguntas da “entrevista” com frases marcantes das suas canções. Os trocadilhos foram piegas, o VT também, mas preparou bem para o que viria mais adiante.

Após uma sequência de imagens de making-of e os pré-eventos na Record que Xuxa participou, ela entra no estúdio do RecNov, de terninho preto, com faíscas e o calor da plateia de 180 pessoas que lotavam aquele cenário enorme que muito lembrou, claro, o set do programa da norte-americana Ellen DeGeneres. Aliás, as semelhanças com a comediante gringa não pararam por aí. A logomarca da atração, o figurino da anfitriã e, porque não, os aspectos fisicos foram reparados. Tanto que Xuxa chegou a brincar com o auditório de adivinhar nas fotos quem era ela, e quem era a Ellen. E para coroar as comparações, Xuxa “entrevistou” a própria DeGeneres – através de uma montagem de chroma-key. Mais uma sátira de si mesmo para o grande público.

Xuxa brinca com sua grande inspiração desta nova fase: a comediante Ellen DeGeneres.

Como todo o programa ao vivo, o Xuxa Meneghel teve seus erros. Várias falhas de áudio e de entrada de VT atrapalharam um pouco a estreia. Um clipe duvidoso de “Ainda Bem” (música de Marisa Monte) exaltando a Record também podia ter sido descartado. Mas o erro mais grave, sem dúvida, foi nos entrevistados dessa primeira edição. Os atores da novela “Os Dez Mandamentos” entendiaram os telespectadores, que mesmo com o sucesso da trama, não atraíram a curiosidade de quem tava em casa. O papo com eles fez Xuxa perder 4 pontos na audiência (de 12 para 8) e perder a vice-liderança para o SBT em alguns momentos, segundo dados prévios do ibope na Grande São Paulo.

É preciso deixar registrado a empolgação da loira com essa estreia, que correu pelo grande cenário, riu descontroladamente e interagiu com o auditório. Sem querer, acabou “dando um fora” em um dos convidados e mandou até alguém da plateia “tomar um banho”.

A redação do programa se mostrou bem antenada com as redes sociais, trazendo para esse primeiro programa um dos memes da Rainha: a famosa Cláudia (que se chama Érica), que ela mandou sentar na época da Rede Manchete. Além disso, sua empregada Maria (sucesso nas redes da Xu) também deu o ar da graça ao vivo, com direito a dançar no palco com a patroa. Outro quadro que, na verdade, foi o melhor momento do programa, chama-se “Toc Toc”, onde Xuxa visita fãs de maneira inesperada. Com reações e emoções autênticas, vimos a loira mais perto do povo comum que a admira, e foi bastante elogiada.

Dois globais foram ao programa da Xuxa, mas não puderam mostrar o rosto.

A liberdade que Meneghel teve hoje era algo espantoso, mas bacana de ver. Em muitos de seus desabafos hoje, pediu para que os fãs não falassem mal da Globo, mas mais a frente, criticou a sua antiga casa por impedir os artistas de desejar sorte publicamente para a apresentadora. Mas houve quem resistisse à ordem e duas pessoas globais estiveram na plateia, porém cobertas por um saco de pão com estampa de um emoji feliz para não serem identificados (e demitidos, provavelmente). 

Xuxa também prestou homenagens a Hebe - por herdar um programa às segundas-feiras, como ela - e Silvio Santos. Aproveitou o momento para agradecer a homenagem que recebeu de Patrícia Abravanel minutos antes no SBT, que a imitou no programa “Máquina da Fama” e confirmou sua presença na edição 2015 do Teleton, que em breve, também se tornará um momento único da televisão brasileira.

Por tudo isso, a estreia do Xuxa Meneghel cumpriu o que prometeu. Nos apresentou uma nova Xuxa, que vai errar muito ainda, mas está nitidamente feliz, liberta de limitações e com muita vontade de acertar. Vamos com você, Xu! ;)

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

RG INDICA #58: FATMAGÜL – A FORÇA DO AMOR

Band apostará em mais uma trama vinda da Turquia para manter o sucesso conquistado por “Mil e Uma Noites”.

Com subtítulo de "A Força do Amor", Fatmagül é a segunda novela turca da Band.

Neste mês de agosto, começamos a nos despedir da história de Onur e Sherazade na tela da Band. Mas a emissora paulista decidiu manter a faixa (turca?) de novelas e importou mais um folhetim carcamano para entrar no lugar de “Mil e Uma Noites”, que surpreendeu positivamente na audiência do canal desde a sua estreia em março deste ano. A escolhida tem o nome original de "Fatmagül'ün Suçu Ne", que poderia ser traduzido literalmente como "O crime de Fatmagül" em português ou "Que culpa tem Fatmagül?". Mas para simplificar (e atrair o público noveleiro), a Band resolveu batizá-la de “Fatmagül – A Força do Amor”.

A novela é do ano de 2010 e foi aprovada pelo canal brasileiro após perceber que em países como Chile e Equador, onde também tiveram “Mil e Uma Noites” como antecessora, esta história conseguiu manter os índices de audiência. A Band também já definiu a data de estreia: 31 de agosto. Porém, para fidelizar os telespectadores, a emissora vai juntar o final da história do casal Shenur com o início da nova trama. (Tática velha de guerra usada pelo SBT e, recentemente, até a Globo com suas reprises da tarde).

A história do folhetim foi baseada no livro “Que Culpa Teve Fatmagül?”, do clássico autor turco Vedat Turkali. Na sinopse, conhecemos a história de Fatmagül (Beren Saat), uma bela e jovem moça que vive em uma cidade litorânea com seu irmão Rahmi (Bülent Seyran) e sua cunhada, Mukaddes (Esra Dermancıoğlu). Ela está ansiosa para se casar com seu amor de infância, o pescador Mustafa (Fırat Çelik).

O casal Beren Saat (Fatmagül) e Engin Akyürek (Kerim) são os protagonistas da trama.

Na mesma cidade, vive o solitário Kerim (Engin Akyürek), que cresceu sob os cuidados da babá Ebe (Sumru Yavrucuk), curandeira da região, que o adotou quando a sua mãe cometeu suicídio e o seu pai o abandonou por outra mulher.

Nas férias de verão, Kerim sempre aguarda pela chegada de seus amigos de infância: Selim (Engin Öztürk), Erdogan (Kaan Taşaner) e Vural (Buğra Gülsoy), pertencentes a famílias ricas, que vivem na cidade grande. Selim irá se casar e na festa de noivado dele, os quatro amigos, totalmente bêbados, se deparam com Fatmagül, que está sozinha e vulnerável.

Eles começam a perturbá-la quando um fato chocante acontece, algo que irá marcá-los pelo resto de suas vidas. Fatmagül é violentada e, para preservar sua honra e acobertar o crime dos mimados garotos, a família de Selim obriga Kerim a se casar com ela. Porém, há um detalhe importante: Kerim não participou do ato brutal, mas como Fatmagül não estava consciente quando tudo aconteceu, ela está certa do seu envolvimento. Porém, nesse meio tempo, os dois acabarão se apaixonando de verdade quando tentarão refazer suas vidas em Istambul.

Em resumo, "Fatmagül" é uma história de amor que nasce de uma tragédia.

Um fato curioso sobre a trama é que, na Turquia, a história foi exibida semanalmente, com apenas 80 capítulos, divididos em duas temporadas, indo ao ar entre 2010 e 2012. Mas como cada episódio original tinha 90 minutos, vai ficar fácil para a Band dividir em dois episódios e, fatalmente, dobrar o número de capítulos aqui no Brasil.

Espera-se que “Fatmagül” use toda a sua “força” para manter a boa reputação de repercussão e audiência que herdará de “Mil e Uma Noites”, pois a Band já adquiriu uma terceira trama turca para pôr no ar quando essa terminar. Mas isso é tema para um outro post! ;) Boa sorte, Fatmagül!