RG CRÍTICA #42: A EXCITANTE VOLTA DE 'AMOR E SEXO'

Fernanda Lima e companhia estrearam nova temporada em novo dia e horário na Globo. O resultado foi bom para todos nós!

RG INDICA #60: LEITURA DINÂMICA

Revista eletrônica da RedeTV! mostra que existe vida para programas desse gênero além dos domingos.

RG CRÍTICA #41: RETROSPECTIVA 2015

Confira o que foi destaque na TV aberta neste ano.

RG INDICA #59: ESPECIAL DE NATAL 2015

Confira a programação especial da TV aberta para celebrar a noite de Natal.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

RG PE #07: VITTRINE

O programa mais charmoso da TV pernambucana estreia nova temporada no início de dezembro.

A apresentadora Júlia de Castro já está na expectativa.

Em outubro de 2012, a TV Tribuna abriu espaço para uma atração diferente nas suas tardes. Com o objetivo de trazer notícia e entretenimento de forma leve e descontraída, surgiu então o programa “Vittrine”. Hoje, com um pouco mais de um ano no ar, mais de 200 programas exibidos e o reconhecimento da audiência, a atração passará por grandes mudanças a partir do dia 2 de dezembro, marcando assim, a estreia de uma nova fase.

O comando do programa continuará com a belíssima jornalista Júlia de Castro, que conquistou a simpatia do público a frente do “Vittrine”. A sua experiência como repórter, tanto na Tribuna, quanto na TV Clube/Record, foram suficientes para aceitar o desafio no ano passado e comandar a atração com bastante segurança e bem à vontade. E foi numa rápida conversa com a apresentadora que tivemos acesso à algumas novidades para o nosso blog.

De acordo com Júlia, a principal mudança no “Vittrine” será no formato do programa, que trabalhará mais com as notícias, se aproximando de uma revista eletrônica: “Não vamos deixar de lado o nosso bom humor, que tanto fez sucesso, mas queremos informar mais o telespectador”, adiantou. Como muitas coisas são surpresa, outras não irão mudar: o programa continuará com 30 minutos de duração, às 13h30 da tarde (horário de verão), logo após o Ronda Geral.

Mais fashion e com novos personagens, Joelma Fox continua no Vittrine.

Quem também continua nessa nova temporada do “Vittrine” é a ótima personagem Joelma Fox, vivida pelo ator Bruno Meirellys: “A Joelma e a Mãe Jojó permanecem no programa, mas novos personagens do Bruno estão vindo por aí”, disse Júlia. Quem já virou fã dos bordões: “Júlia, querida!”, “Ai, que tudo!” e “Que situação!” podem ficar tranquilos, que mais aventuras da Joelma ainda estão por vir.

Investindo em modernos equipamentos de captação de imagens, além de uma nova produtora – Quebra-Coco Produções – capitaneando as gravações, a nova temporada da atração tem a intenção de surpreender o telespectador: “Com a qualidade de um programa de TV fechada, o “Vittrine” ficará mais atrativo e charmoso”, afirmou Júlia. Com uma nova linguagem visual, boa parte das gravações continuarão em externas, mostrando as belezas do Grande Recife. Além disso, a reestreia do programa vai preparar o público para a estreia de Violetta, uma série musical de sucesso do Disney Channel, que será exibido logo após.

Com novos quadros e presença de colunistas, a nova temporada do “Vittrine” vai trazer mais informação e entretenimento para o horário vespertino da Tribuna. E a interação com o telespectador deste programa através das redes sociais vai continuar com mais força. “Nossa equipe está afinada, animada e preparada para trazer uma ótima opção de variedades para as tardes pernambucanas”, garante Júlia. Quem quiser acompanhar esta nova fase do programa, então, já sabe. É só se ligar na próxima segunda, 2 de dezembro, às 13h30, na TV Tribuna, canal 4.

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

RG CRÍTICA #29: CHIQUITITAS

Tá todo mundo chique nessa novela? Vamos expor tudo tudo que se passa no folhetim.


Esta crítica sobre a novela “Chiquititas”, em especial, vai se dividir em duas partes. A primeira, terá fragmentos de um texto inédito que escrevi após o primeiro capítulo da novelinha, no dia 15 de julho. A outra contemplará uma análise mais atual, onde assisti o capítulo 92, veiculado ontem, dia 19 de novembro. Confira:

Analisando o início...

Elenco principal do remake de "Chiquititas".

Podem me bater. A estreia da nova versão de “Chiquititas”, no SBT, é bonita? Sim. Encantadora? Também. Bem feita? Sem dúvida. Mas como nem tudo que reluz é ouro, todo remake sofre inevitáveis comparações com a versão original. E eu, como criança telespectadora da versão de 1997 a 2001 tenho memória suficiente para fazer esse paralelo. E é aí que eu encontro os pequenos defeitos dessa nova trama assinada por Íris Abravanel, sem “mentirinhas”.

Ao assistir o primeiro capítulo, já gostei da música inédita “Todo Mundo Chique”, que foi uma forma simples de dizer: “Atenção! Esta é uma história nova.”

Mas aí veio a minha primeira grande decepção. A nova Ernestina, interpretada pela ótima Carla Fioroni (saudades da Mimi, de Marisol: “Fazer o quê? Eu sou assim.”), no texto de Íris é uma governanta dominada pelas crianças, que gosta(?) delas e pior: tem medo de aranhas! Gente, cadê a bruxa que metia medo nas pequeninas e tinha uma aranha de estimação, a Brunilda? Saudades, Magali Biff! Ponto negativo.

A trilha sonora da novela é algo à parte. As releituras de algumas canções da primeira versão de “Chiquititas” ficaram muito bem feitas. Destaque para “Remexe”, “Tudo Tudo”, “O Chefe Chico” e “Igual aos Demais”. Mas, também seguindo a linha de “Carrossel”, Íris insere canções da MPB, como “Velha Infância”, dos Tribalistas. E ainda teve espaço (de novo!) para Chico Buarque emplacar “Pirueta”. Só não gostei de um tecnobrega que tocou (não tive nem paciência para pesquisar que música era), e pelos 30 segundos que ela soou na novela, já achei de mal gosto.

Carla Fioroni faz uma Ernestina bobinha demais...

Voltando a falar do elenco, faço mais duas considerações que não me convenceram em suas primeiras aparições: Giovanna Gold, na pele de Dona Carmem e, infelizmente, Manuela do Monte, como Carolina. A visão jovial de Carmem da nova versão destoa muito da coroa chata de 1997, interpretada com maestria por Débora Olivieri. E Manuela do Monte vai ter que comer muito feijão com arroz (ou muito doce no novo Café Boutique) para chegar na doçura de Flávia Monteiro.

E sobre as novas crianças? Olha, não vou entrar no mérito de julgá-las ainda. Mas o que eu posso dizer é que elas começaram bem e tem tudo para prender o público. A empolgação e a vontade de fazer bem feito está nítida em todas elas. Mas não posso deixar de mencionar que a nova Mili, interpretada por Giovanna Grigio, já disse ao que veio e honra o posto deixado pela queridíssima Fernanda Souza.

Por fim, a abertura foi o que me incomodou bastante. Na primeira versão, o foco era as crianças, as coreografias, a letra da canção. No remake, tudo isso foi abafado pelo excesso de artes gráficas e, ora vejam só: a presença de uma banda feita pelos adultos do elenco, bastante desnecessário. Em outras palavras, a simplicidade da primeira abertura se perdeu no excesso de tecnologia e informações da segunda. Se seguir os passos da primeira versão, não vejo a hora de surgir a segunda abertura. Será que virá o “Mexe Lá”?


Abertura de Chiquititas: excesso de informação.

91 capítulos depois...

Após um pouco mais de 90 capítulos veiculados, decidi retomar meus olhos para “Chiquititas” e ver a quantas andava o remake da versão argentina no SBT. E logo no começo do capítulo, tive a sorte de acompanhar a estreia do clipe “Mentirinhas”, que foi sucesso na versão original também. Ao comparar com o mesmo videoclipe dos anos 90, lógico que em qualidade a versão de 2013 é superior, mas ambas pra mim empataram no quesito emoção. É difícil você olhar pra Tati (Ana Olívia Seripieri [97] / Gabriella Saraivah [13]) e ouvir o que a letra diz sem ficar comovido. A presença das outras Chiquititas no novo clipe também foi bastante interessante.

Uma tendência no texto de Íris Abravanel desde “Carrossel” e vejo se repetir em “Chiquititas” é a necessidade de “atualizar” a trama na linguagem e com as questões das crianças de hoje em dia. Estou me referindo ao mundo da internet, que permeou quase que o capítulo inteiro que assisti, e o bullying na escola. No primeiro quesito, conheci o “Friendibuqui”, a rede social usada na novelinha, além das crianças aprontarem com Ernestina e o Chefe Chico para que eles arrumem uma companhia pela rede mundial de computadores. O melhor foi ouvir a frase: “Manda uma 'piscadela' pra ela, Chico!”, referindo-se ao “cutuque” que conhecemos atualmente. Também vimos a Mili gravando um vídeo contando a sua história para ser compartilhada nas redes sociais e ajudar a encontrar seus pais. Algo que, de fato, não faria sentido em 1997.


Gabriella Saraivah gravando o clipe "Mentirinhas". Ficou muito bonito!

A questão do bullying foi interessante de assistir. No episódio, Vivi (Lívia Inhudes) tenta entrar no grupo das “Top 3” da escola, que são três meninas riquinhas e fúteis que só fazem falar mal de todo mundo, fazendo com que ela se afaste das meninas do orfanato. Para conseguir “ser aceita” no grupo, ela teve que pegar o contato de um menino que passava por elas e expulsar a terceira menina do trio. O capítulo terminou com ela em dúvida se faria essa última prova ou não. Já a minha dúvida após ver essa trama era saber se a Vivi de 1997 (vivida pela linda Renata del Bianco) era tão influenciável assim.

Um outro fato que não me agradou muito é o grande destaque do elenco adulto durante os capítulos. No episódio de ontem, por exemplo, eu vi mais os personagens do núcleo Café Boutique do que o Orfanato Raio de Luz. Aliás, uma coisa que eu também fiquei em dúvida era se dentro de 90 capítulos da primeira versão, a Carolina já teria assumido a direção do orfanato, pois me passou a impressão de um ritmo lento da trama. Além disso, teve dois flashbacks longos no capítulo de cenas que se passaram neste mesmo episódio. Será que valia a pena perder tanto tempo com momentos que tínhamos acabado de ver?


Na foto: Carolina, Pata e Mili. Enquanto as crianças vão bem, a protagonista
adulta segue apagada na trama.

Minhas impressões sobre alguns personagens também não mudaram muito desde quando assisti a estreia. A Ernestina continua boboca, o Chefe Chico não convence e a Carolina ainda está mega apagada na novela. No núcleo infantil, além do bom trabalho da Giovanna Grigio, percebi uma evolução positiva na atuação das outras meninas do orfanato. Já os meninos... Bem, deixemos para a próxima. A trilha sonora, cenários e fotografia continuam impecáveis.

Apesar dos pesares, esta versão 2.0 de “Chiquititas” já pode ser considerada mais um grande sucesso. Conseguiu superar as expectativas e a pressão de continuar os bons índices de audiência deixados por “Carrossel”, além de ser um fenômeno de vendas. Com isso, o SBT se consolida no segmento de dramaturgia infantil, para a alegria das crianças de todas as idades.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

RG INDICA #47: SALVOS DA EXTINÇÃO

Novo programa da TV Brasil pretende trazer uma nova abordagem sobre a extinção de animais.

"Salvos da extinção" é uma série produzida no Brasil e em outros países.


   O processo de extinção está relacionado ao desaparecimento de espécies ou grupos de espécies em um determinado ambiente ou ecossistema. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o homem vem acelerando muito a taxa de extinção de espécies, a ponto de ter-se tornado, atualmente, o principal agente do processo de extinção. Pensando nisso, a TV Brasil levará ao ar, a partir da próxima quarta-feira, 13 de novembro, a estreia do programa "Salvos da Extinção" (Saved From Extinction). 
   A atração é uma série, coproduzida internacionalmente (Grifa Filmes e FLConcepts&CO), e terá seis episódios de 52 minutos, aproximadamente. A intenção é provocar uma reflexão sobre o papel do homem na preservação do planeta, relatando sucessos e desafios na luta contra o círculo vicioso da extinção de animais a cada semana, sempre às 10 da noite, horário de Brasília. 
   Nos aspectos técnicos, a série tem música original de Alexandre Guerra e foi filmado, além do Brasil, em países como Estados Unidos, Namíbia, Botswana, França, Mongólia, Jordânia e Emirados Árabes. Dois episódios foram gravados aqui no Brasil: um sobre a Tartaruga (que será o primeiro programa) e outro sobre o Mico Leão Dourado, sob a direção de Mauricio Dias. Nos outros episódios estão previstos animais como o Condor, o Wild Dog, o Cavalo Przewalski e a Arabian Onyx. "Salvos da extinção" foi escrito e produzido por Frederic Lepage.

A Tartaruga e o Projeto Tamar serão destaques na estreia.

   No episódio de estreia, conheceremos mais sobre a Tartaruga de Pente, considerada a mais bonita das tartarugas marinhas e protagonista na sua luta contra a ameaça de extinção. Com um casco que pode chegar a medir até um metro de comprimento e peso de até 150 quilos, sua preservação foi garantida com a criação, nos anos 80, do projeto Tamar, que protegeu o nascimento de mais de 10 milhões de filhotes no litoral brasileiro.
   Com promessa de imagens e momentos deslumbrantes, e para quem é (ou quer ficar) antenado nas causas ambientais, "Salvos da extinção" aparece como uma boa pedida para aprender mais sobre esses animais tão especiais. #ficaadica

Confira o trailer de "Salvos da extinção": 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

RG ENTREVISTA #06: ELIANA VICTÓRIO

O que é necessário para se tornar um bom jornalista? Talento? Dedicação? Profissionalismo? Simpatia? Tudo isso junto? Assim como não há uma fórmula pronta de um jornalista perfeito, também será difícil manter uma carreira de sucesso na televisão se você não tiver AMOR por ela.
Apesar de eu usar uma palavra abstrata para definir essa árdua profissão, basta apenas lembrar de um nome próprio e composto para exemplificá-la concretamente. E se chama Eliana Victório.
Dona de uma elegância, humildade e competência singulares, Eliana apresenta, edita, produz, emociona, ensina e, principalmente: informa os seus telespectadores.
Como se não bastassem tamanhos atributos, esta jornalista é amplamente reconhecida por títulos e prêmios, regionais e nacionais, pelo brilhante trabalho que executa. E é exatamente por isso que agradeço muito por ela ter cedido parte de seu concorrido tempo na TV Tribuna para estar aqui, no #RGEntrevista.

RG na TV: Poderia nos falar um pouco sobre como foi a sua escolha pela profissão de jornalista? E como foi a sua formação na Universidade Estadual de Londrina, no Paraná?
Eliana Victório: Foi assistindo a uma novela na televisão, “Estupido Cupido - 1976/1977”, que descobri a profissão que queria seguir. No último capítulo um dos personagens deixa a cidade pequena e vai para a capital, e começa a trabalhar num jornal. Ele termina a participação na novela entrevistando uma pessoa. Nas mãos tinha um gravador, uma caneta e um bloco. Na época eu não fazia ideia do que era ser jornalista, mas gostei do que ele estava fazendo e decidi que iria fazer o mesmo, que queria entrevistar as pessoas e escrever. E hoje estou aqui. E a cidade de Londrina foi um presente na minha vida. Aos 18 anos deixei a casa de meus pais para morar num outro Estado. Foram 4 anos e meio maravilhosos. Fiz pesquisa na área de comunicação rural, mas sempre quis trabalhar em televisão. Pelo meu desempenho durante a Faculdade, antes que o curso chegasse ao fim, fui indicada pelo departamento de Comunicação Social da UEL, para trabalhar numa emissora de TV em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. E aceitei. Passei um ano na TV Morena, afiliada da Rede Globo.

RG: Da conclusão do seu curso até hoje, somam 28 anos. E antes de chegar ao Recife, você passou por veículos em Campinas, Ribeirão Preto e Mato Grosso do Sul. Existe alguma grande diferença das emissoras de TV do sul e do nordeste?
Eliana: Sempre existe alguma diferença, seja ela na estrutura de equipes ou na produção local, principalmente porque passei por várias regiões. Na época em que trabalhei no Mato Grosso do Sul, existia o Jornal da dez da noite, e que depois foi abolido, sem falar que tínhamos a diferença de fuso horário, uma hora a mais. Já em Campinas, a região é muito industrial e o esporte amador e profissional tem peso, daí um tempo maior é dedicado, ou pelo menos era, a esses setores. Em Ribeirão Preto pude me dedicar mais as matérias da área rural. Depois veio o nordeste. A diferença como disse no início, está no tamanho das equipes.

RG: Antes de se destacar na TV Tribuna, você trabalhou em outras emissoras de Pernambuco. Entre elas, a TV Jornal, afiliada do SBT. E durante o período nesta casa você esteve na companhia da apresentadora Graça Araújo, a quem você até substituiu algumas vezes. A pergunta que não quer calar (que sempre quis fazer, na verdade!): muitas pessoas chegavam a confundir vocês, por serem parecidas em vários sentidos. Isso te incomodou alguma vez? Qual a sua relação com ela hoje em dia?
Eliana: Graça Araújo é uma grande amiga, e sempre que possível nos falamos. Quanto ao fato das pessoas nos confundirem, no começo me perguntava, por que, pois somos bem diferentes. Depois fui levando na boa. Nunca fiquei aborrecida por causa disso.

Na TV Tribuna, Eliana apresenta o semanal "Ponto de Vista".

RG: São 5 anos de trabalho na TV Tribuna, afiliada da Band. Lá, você ocupa os cargos de apresentadora, editora e repórter especial. Qual desses três cargos exige mais de você?
Eliana: Não dá pra dizer qual exige mais, pois as três funções são bem diferentes, e quando abraço algo levo muito a sério e me dedico de verdade. A arte de entrevistar não é fácil, exige informação, disciplina e comando. Fazer reportagens especiais, além dos atributos anteriormente citados, requer pesquisa e conhecimento; e coordenar a edição é tudo isso associada a responsabilidade de colocar o programa no ar.

RG: Como apresentadora nesta casa, você foi âncora do “Cotidiano” e agora apresenta o semanal “Ponto de Vista”. Seu atual programa traz entrevistas de grande interesse para o público pernambucano e tem se destacado na programação local com audiência relevante. Fala um pouco do sucesso do programa e qual a edição mais interessante que já foi exibido.
Eliana: Adoro fazer o programa Ponto de Vista. É um espaço maravilhoso onde podemos aprofundar os temas e levar informação a população. Sempre digo que a informação é a base de tudo. É difícil falar qual programa ou tema me marcou, pois sempre escolhemos temas de interesse da população e temas que são escolhidos, indicados pelos telespectadores. Gosto de temas na área da saúde, pois as pessoas são carentes de informação. Gostei de falar sobre a PEC das empregadas, sobre a municipalização do ensino, sobre Marketing Multinível, e espero continuar no caminho certo, não o do sucesso, mas o de ir ao encontro das necessidades do meu público.

RG: O “Ronda Geral” tem você como editora-chefe do telejornal. Conta um pouco da rotina agitada de como é colocar um programa policial diariamente no ar.
Eliana: Não é fácil. As manhãs são sempre corridas e atarefadas. Mas eu gosto. Diria a vocês que requer dedicação, disciplina, informação, profissionalismo, ética e respeito.

Eliana comemora o Prêmio Cristina Tavares pela série "Liberdade Aprisionada".

RG: Seu trabalho como repórter especial é muito eficiente e, principalmente, muito reconhecido. Com reportagens carregadas de informação e emoção, você já conseguiu vários prêmios locais e nacionais. Recentemente, a série “Liberdade Aprisionada” ganhou o Prêmio Cristina Tavares aqui em Pernambuco e a menção honrosa no Prêmio Vladmir Herzog, a premiação máxima do jornalismo nacional. Fala um pouco dos bastidores desse trabalho e como foi receber esses reconhecimentos.
Eliana: Liberdade Aprisionada foi feita a quase dois anos, mas infelizmente ainda retrata a realidade do nosso sistema prisional. Gravamos quase 10 horas de entrevistas e imagens; tivemos um mês para produzir, executar, editar e finalmente exibir a série no Jornal da Tribuna. Enfrentamos muitas dificuldades, como acesso aos presídios e as informações e algumas vezes até dificuldades técnicas. Mas sou uma pessoa que gosta de desafios, e o resultado são os prêmios. E é algo maravilhoso quando o seu trabalho é reconhecido, avaliado, premiado e aplaudido.

(Para assistir a série "Liberdade Aprisionada" completa, clique aqui.)

RG: Ano passado, quando trabalhamos juntos, eu acompanhei a sua série de reportagens “São João do Gonzagão”, onde você viajou sertão pernambucano a dentro para contar a história de Luiz Gonzaga ligando à realidade do povo daquela região hoje em dia. Mais do que sua profissão exigia, essa série tem um significado especial pra você, não é verdade?
Eliana: A série São João do Gonzagão fez parte de um projeto maior, que é o “Tribuna, Forró e Tradição”, programa junino que neste ano teve sua segunda edição. A série foi o começo de tudo, o pontapé inicial, e mesmo com todas as dificuldades de tempo e até mesmo de estrutura, te digo cheia de orgulho: ARRASAMOS! Os programas tiveram e vão continuar tendo produção de alta qualidade.

Eliana: "O jornalista não é o dono da verdade, nem o senhor dos fatos. 
[...] Ser jornalista vai além."

RG: Você chegou ao Recife no ano de 1992. E em agosto deste ano você recebeu o título de Cidadã Recifense. Conta um pouco do que esse reconhecimento significou pra você, pessoal e profissionalmente.
Eliana: O título foi um super presente que a cidade do Recife me deu. Nunca pensei em receber, mas vou repetir o que falei em meu discurso: “O Recife me recebeu de braços abertos, e como fui ensinada pelos meus pais, honrei e venho honrando todo o carinho que recebi até hoje. Carinho das pessoas que mesmo sem saber quem sou, passaram a me respeitar, a admirar meu trabalho, e de longe ou perto a aplaudir. E o melhor, sem pedir nada em troca, a não ser compromisso, profissionalismo, seriedade e a verdade. Obrigada às Marias, às Severinas, aos Joãos, aos Josés.”

RG: Além de humildade e profissionalismo, características que você tem de sobra, o que mais é preciso para ser um grande jornalista, na sua opinião?
Eliana: Obrigada pelo carinho, meu amigo. O jornalista não é o dono da verdade, nem o senhor dos fatos. Para saber escrever é preciso ler, e ler bons livros, jornais e revistas e estar informado. Mas ser jornalista, vai além. É preciso ética, compromisso com a verdade e acima de tudo respeito, com a população, os entrevistados e consigo mesmo.

Entrevista incrível! Obrigado, Eliana!