RG CRÍTICA #42: A EXCITANTE VOLTA DE 'AMOR E SEXO'

Fernanda Lima e companhia estrearam nova temporada em novo dia e horário na Globo. O resultado foi bom para todos nós!

RG INDICA #60: LEITURA DINÂMICA

Revista eletrônica da RedeTV! mostra que existe vida para programas desse gênero além dos domingos.

RG CRÍTICA #41: RETROSPECTIVA 2015

Confira o que foi destaque na TV aberta neste ano.

RG INDICA #59: ESPECIAL DE NATAL 2015

Confira a programação especial da TV aberta para celebrar a noite de Natal.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

RG ENTREVISTA #07: FLÁVIO BARRA


Falar de um amigo é complicado, principalmente do calibre desta pessoa. E eu não sei vocês, mas eu acredito em destino. Creio que as pessoas são predestinadas, que tem uma missão para cumprir aqui na Terra. Às vezes, essa missão pode nascer ainda no berço. Foi o que aconteceu com essa personalidade que hoje está aqui no nosso #RGEntrevista. Ele é paraense de Belém, filho de jornalista, e desde pequeno sabia o que queria ser, e engana-se quem achava que era comunicador de televisão. Ele queria ser jogador de futebol. Mas o destino - olha só - fez com que ele optasse pela profissão de seu patriarca. Resultado: se apegou às lentes das câmeras, evoluiu e, ao "se arriscar" quando veio para Recife, comandou dois programas de auditório de sucesso, o que lhe rendeu o título de Cidadão Pernambucano. Casou-se com Sabrina Rocha, também jornalista, e é pai do Fábio e da pequena Maria (a sua loucura, como costuma dizer). Hoje, ele é âncora e editor-chefe de um telejornal que possui a vice-liderança isolada de audiência em Pernambuco: o Jornal da Clube. Prestes a completar 20 anos de carreira em 2014, não há dúvidas de que Flávio Barra é exemplo singular de talento, profissionalismo, dedicação e, acima de tudo, destinado a ter a televisão como parte de sua vida.


RG na TV: Sua identificação com o jornalismo podemos dizer que está no sangue. Seu pai, Guilherme Barra, é um grande jornalista paraense, desde pequeno você frequentava as redações e gostava até “de ver o jornal rodar”. Soube também que chegou a vender jornais quando criança para ter a sua independência financeira. Em que momento você descobriu que era hora de correr atrás de seu lugar no mundo da comunicação?
Flávio Barra: Quando descobri que não podia ser jogador de futebol... (risos) Ou seja, bem cedo. Na realidade sempre fui louco por futebol e TV e tinha que aliar essas duas coisas. O jornalismo esportivo foi um caminho natural pela influência em casa, com o meu pai, e pelas minhas paixões. Fui levado a um caminho sem volta, ainda bem.

RG: Sua formação em jornalismo foi na Universidade Federal do Pará, quando ingressou em 1994. Foi ainda na faculdade que você começou a se aproximar da televisão ou já era uma vontade sua?
Flávio: Como eu disse, sempre foi um desejo gigante fazer TV e tive muita sorte. Logo no primeiro semestre da faculdade eu consegui um estágio na TV RBA/Band, em Belém, na editoria de esportes. Era tudo o que eu queria. A partir daí, televisão virou minha casa. Agora que me toquei que nesse ano que está chegando vou fazer 20 anos de carreira... Putz, como tô véio! (risos)

RG: Seu primeiro programa de TV foi ainda em Belém, numa emissora local. O que mudou no Flávio que comandava seu primeiro programa para o atual âncora do Jornal da Clube?
Flávio: Ave Maria... mudou tudo! Não dá pra resumir assim. A vida ensina a gente. Muita gente contribui para a sua formação, e o resultado de um profissional vai muito além do esforço próprio. Mas a principal mudança com certeza é a percepção da dimensão da responsabilidade de comandar outros profissionais e um noticiário. O poder de decisão é sedutor e extremamente perigoso. Quando se é muito jovem você não pensa, só quer chegar lá.

Flávio Barra apresentou o vespertino Tribuna Show.

RG: Você chegou em Recife no dia 07 de dezembro de 2000, disposto a conseguir mais espaço na telinha. Acabou comandando dois programas de auditório (“Muito Mais”, na TV Jornal e “Tribuna Show”, na TV Tribuna), ambos sucessos de audiência. Você sente falta de trabalhar na área do entretenimento ou esse ciclo já se encerrou na sua carreira?
Flávio: Em TV nada é definitivo, os ciclos se renovam. Claro que isso depende de uma série de coisas, entre elas, de uma decisão própria. Nesse momento não quero voltar a fazer programas de entretenimento. O auditório me fez descobrir um talento que não sabia que tinha e essa versatilidade só me ajuda, por isso que não posso dizer que nunca mais faria. O que posso afirmar categoricamente é que hoje eu não mudaria nada do que está acontecendo em minha carreira. Estou muito, muito feliz!

RG: Em agosto de 2006 você ganhou o título de Cidadão Pernambucano na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O que isso representou na sua vida pessoal e profissional?
Flávio: Depois do nascimento dos meus filhos, foi a maior emoção da minha vida. Uma honra sem tamanho. Não dá para explicar.

RG: Foi no ano de 2010 que você passou a trabalhar diretamente com o jornalismo pernambucano ao se tornar um dos âncoras do telejornal Cotidiano, na TV Tribuna. O que foi mais desafiador: trabalhar na redação e apresentação de um jornal diário ou mostrar para os telespectadores um Flávio Barra “mais sério”?
Flávio: Cara, só foi mais um desafio. Não fiz nada do que eu já não tivesse feito antes. O maior desafio na realidade foi apresentar programa de auditório. Voltar para o que eu já tinha vivido em Belém, foi muito tranquilo. A diferença hoje é o comando, a gestão de pessoas. Nunca trabalho pra mostrar ao público o que eu sou ou consigo fazer. Eu apenas trabalho, cumpro com minhas obrigações, amo o que eu faço e só por isso, eu faço. Sou um rato de televisão e um cavalo para trabalhar em qualquer área desse meio de comunicação. Imagino o que passava na cabeça dos telespectadores nessa fase de transição da minha carreira, mas isso não foi decisivo pra mim.

Flávio Barra e Isly Viana na época do "Cotidiano", na TV Tribuna.

RG: Desde que você se tornou âncora de telejornal aqui no estado, a sua bancada sempre foi dividida com grandes jornalistas do nosso estado: Camila Maciel, Júlia de Castro, Isly Viana e, atualmente, Nadya Alencar. O que você aprendeu com elas? Já cogitou apresentar algo sozinho?
Flávio: Não penso em apresentar um telejornal sozinho. Pelo menos isso não passa pela minha cabeça agora. Dividir a bancada com uma outra pessoa eu acho ideal para esse formato de jornal. Todas essas maravilhosas profissionais que você citou, foram e são importantíssimas pra mim e lógico que o aprendizado é diário. Júlia de Castro mostra a cada dia o quanto é talentosa, linda e versátil. Um potencial maravilhoso. Minha amiga Camila Maciel é incrível, uma repórter sensacional. Na bancada é puro charme. Isly Viana é uma jornalista completa e até hoje tenho o prazer de trabalhar com ela. São três anos de aulas diárias e muita admiração. A mulher não desliga, pô! (risos). Devo muito a ela, muito mesmo, inclusive a oportunidade de estar aqui na TV Clube. Ela comprou a briga pela minha vinda pra cá. É responsável por isso. Isly é dona do meu passe! Só faço o que ela manda! (risos) Amo a pessoa e a profissional que Isly é. Sou fã dela. Nos tornamos grandes amigos e tenho muito orgulho disso. E até vir pra TV Clube, não conhecia a Nadya. Pensei que fosse impossível, mas ela é mais bonita pessoalmente. Por dentro ela é linda, uma grande parceira de trabalho. Na bancada o que mais admiro é o poder de improviso dela. É inacreditável a calma e a velocidade com que ela elabora textos longos e fala como se tivesse tudo escrito. Impressionante! São todas grandes mulheres.

RG: Mais que levar informação com qualidade para o telespectador, sei que você também tem um grande fraco por esportes. Pode falar um pouco sobre essa paixão?
Flávio: Como disse no início da entrevista, sou alucinado por esportes. Paixão não se explica, né?! Creio que pelo fato de ter sido atleta talvez. Pratiquei natação, capoeira, basquete muito tempo e sempre amei futebol. O esporte é fundamental na minha vida.

RG: Além do jornalismo esportivo, existe um Flávio Barra apaixonado por música. Você já teve alguns projetos musicais reconhecidos pelo público pernambucano. Há alguma novidade nesse sentido vindo por aí?
Flávio: Sim, sim... (risos) outro vício! Tem um projeto sim, mas como a música se trata, hoje, de um hobby, não sei exatamente quando vai rolar. Quero gravar umas coisas próprias e com parceiros, mas isso vai levar um tempo pra acontecer. Por enquanto estou só caneando com os amigos. No carnaval, a convite do meu grande amigo, o percussionista Mauricinho Luz, vou participar de alguns arrastões com o Fábrica de Samba, em Olinda. Serão 30 percussionistas nas ladeiras. Vou cantar com outros convidados um repertório bem legal.

Flávio Barra apresenta o Jornal da Clube junto com Nadya Alencar.

RG: Desde janeiro deste ano você comanda o Jornal da Clube ao lado de Nadya Alencar, na TV Clube/Record. E mais que apresentar, ainda exerce o cargo de editor-chefe do telejornal. Em entrevistas da época, você colocou que gostaria de contribuir ainda mais para um crescimento da atração, que já tinha uma vice-liderança isolada de audiência. Fechando este primeiro ano, você acha que essa promessa vem sido cumprida? O que podemos esperar do Jornal da Clube em 2014?
Flávio: Graças a Deus, a vice-liderança está consolidada. O crescimento do Jornal da Clube foi acima do esperado pra este ano. Conseguimos bater recordes históricos do horário e da emissora. Em 2014 o que pode se esperar é mais crescimento, temos espaço pra isso. Ainda tem muita gente pra conquistar. Com a seriedade, compromisso do nosso trabalho e a forma que a gente propõe na hora de transmitir a notícia isso fatalmente vai acontecer. Tenho fé.


Não tinha maneira melhor de fechar o ano de 2013 com uma das melhores entrevistas desse blog até hoje. Obrigado, Flávio! =)

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

RG INDICA #48: ESPECIAL DE NATAL 2013

Confira o que a TV aberta preparou para transformar a sua véspera de Natal numa noite feliz.

Bate o sino pequenino! Já é Natal! A correria da vida me impediu de preparar esse post com mais antecedência... Mas mesmo faltando algumas horas para a grande noite, ainda está em tempo para você ficar sabendo das programações da TV aberta e escolher em qual emissora você deixará a TV ligada para aproveitar junto com a família e a grande ceia. Vamos lá?

SBT apresenta “UMA NOITE MÁGICA”


Faltando uma hora para a chegada do Papai Noel, a faixa de filmes do SBT, “Cine Espetacular” traz um filme especial de 1998. O longa “Uma Noite Mágica” (Jack Frost) traz na sua sinopse a história de Charlie (Joseph Cross), de 12 anos, que adora seu pai, Jack Frost (Michael Keaton), embora muito ausente. Pouco tempo antes de morrer num acidente de carro, Jack presenteia o filho com uma gaita. No Natal seguinte, o garoto toca gaita para o boneco de neve que acabara de criar, e quem, magicamente, parece se transformar em seu pai. Henry Hollins, Kelly Preston e Mark Addy completam o elenco do filme, dirigido por Troy Miller.

SINTONIZE: O filme “Uma Noite Mágica” vai ao ar às 23h, logo após o Programa do Ratinho, no SBT.*

RECORD apresenta “CHITÃOZINHO & XORORÓ ESPECIAL”


A emissora dos bispos apostam em música sertaneja para embalar a noite de Natal. A dupla Chitãozinho & Xororó terá um especial de uma hora para animar os telespectadores. Na verdade, os anfitriões desta atração não tiveram trabalho para preparar este programa, já que, na verdade, veremos os extras do “Domingo da Gente” apresentado por eles, que foi ao ar no último domingo, 22 de dezembro. Acontece que a dupla gravou mais de 20 horas de conteúdo, por isso a Record abriu mais este espaço na programação, além das três horas que já foram exibidas anteontem. Na atração, a dupla recebeu vários convidados especiais como Sandy, Junior Lima, Fresno, Bruno & Marrone, Victor e Léo, Andreas Kisser, Fábio Jr. e Família Lima.

SINTONIZE: O especial da dupla Chitãozinho & Xororó será exibido às 22h15, logo após o especial “Natal Bom Pra Cachorro”.*

BAND apresenta “ANDRÉ RIEU E AMIGOS”


A música também vai tocar na Band, mas aqui, será clássica. Trata-se do especial André Rieu e Amigos. Rieu é famoso por unir musica clássica, hits da musica popular mundial e canções folclóricas em mega concertos, com muita fantasia, luxo e vibração da plateia. Esta atração da Band é a sétima versão do espetáculo que ele apresenta anualmente, com sua orquestra, na sua cidade natal, Maastricht, na Holanda. Ano passado, o músico foi a atração de Natal do SBT. Dessa vez, Andre Rieu convidou para seu espetáculo amigos de várias partes do mundo como Jermaine Jackson, Trini Lopez e o virtuoso Carlos Buono, ícone do tango argentino. O repertório do concerto abrange entre outras, canções clássicas como “Hallelujah”, uma das maiores músicas de todos os tempos; “La Bamba”, a releitura da canção folclórica mexicana imortalizada por Ritchie Valens e “Amigos Para Siempre” canção escrita por Don Black, para os Jogos Olímpicos de Verão de 1992, em Barcelona.

SINTONIZE: O especial “André Rieu e Amigos” vai ao ar às 22h40, na Band.*

TV BRASIL apresenta “ORQUESTRA DE SANFONAS SEU DOMINGUINHOS”


Tem música regional no natal da TV Brasil. A emissora leva ao ar um espetáculo produzido pela TV Antares. Trata-se do especial Sonante Brasil gravado com a Orquestra de Sanfonas Seu Dominguinhos, uma apresentação de sanfoneiros que exalta a obra do grande mestre Dominguinhos. Criada pela Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, de Teresina-PI, a Orquestra de Sanfonas Seu Dominguinhos é uma homenagem ao instrumentista, cantor e compositor Dominguinhos, que faleceu aos 72 anos, no dia 23 de julho de 2013. A Orquestra é formada por 20 sanfoneiros piauienses e foi lançada oficialmente durante as festas juninas deste ano, sob o comando do maestro Ivan Silva. O grupo conta com sanfoneiros jovens como o pequeno Isac do Acordeon, com apenas 10 anos. E também tem veteranos como Francisco Alves, o “Muriçoca”, com 63 anos, um dos mais velhos da orquestra.

SINTONIZE: O especial da Orquestra de Sanfonas Seu Dominguinhos é exibido às 11 da noite, na TV Brasil.

GLOBO apresenta “KUNG FU PANDA 2”


A Globo segue a sua tradição de escolher um produto infantil para a noite de Natal. Depois da Turma da Mônica em 2011 e O Rei Leão no ano passado, mais uma animação foi escalada para a criançada: “Kung Fu Panda 2”. O enredo traz a continuação da história de Po, que vive o sonho de ser o dragão guerreiro, protegendo o Vale da Paz ao lado dos mestres Shifu, Tigresa, Macaco, Víbora, Louva-deus e Garça. Mas sua vida pacata chega ao fim quando surge um novo inimigo, o lorde Chen, que possui uma arma secreta capaz de permitir a conquista da China e provocar o fim do kung fu. E para impedí-lo, Po e os Cinco Furiosos precisam cruzar o país e lutar para derrotá-lo. O filme americano é de 2011 e tem a direção de Jennifer Yuh Nelson.

SINTONIZE: O Cinema Especial, com o filme “Kung Fu Panda 2” vai ao ar a partir das 22h20 da noite, na Globo, logo após a novela “Amor à Vida”.*

*Horários de Brasília.

RG RELEMBRA #08: QUAL É A MÚSICA? (SBT)

O quadro mais nostálgico do blog conta a história da gincana musical mais divertida da TV brasileira.

"Está na hora de brincar de Qual é a música!", dizia Lombardi no início do programa.

O ano é 1976. Assim que o apresentador Silvio Santos deixou a Rede Globo e resolveu criar a sua própria emissora, a TVS (que se chamaria SBT tempos depois), levaria ao ar, dentro do “Programa Silvio Santos” a versão brasileira do formato “Name That Tune”, que foi batizado em nosso idioma como “Qual é a Música?”. A gincana musical que agitava os anônimos gringos lá fora chegou no Brasil para divertir os próprios artistas e, claro, entreter os telespectadores que, sem dúvida, brincava em casa, sozinho ou com os pais e amigos.

Naquele tempo, os participantes eram divididos por sexo (homens X mulheres) e tinham que mostrar o quanto sabiam de música e, quando não conheciam as respostas, era a vez de Silvio passar a participação para o auditório, que cantava e ganhava prêmios em dinheiro. Foi um dos principais quadros do Programa Silvio Santos durante boa parte dos anos 70 e 80, só perdendo em interesse para o Show de Calouros. Nele também ocorria farta distribuição de prêmios aos fregueses do extinto carnê do Baú da Felicidade.

Ainda naquela época, o programa de uma hora e meia originalmente começava com Lombardi anunciando: "O carnê de mercadorias do Baú da Felicidade, por [valor] milhões de cruzeiros quer saber Qual é a Música?!". Dentro do cenário, havia uma banda ao vivo com três vocalistas e um casal de dubladores. Entre as vocalistas da primeira versão estava a cantora Sula Miranda, que mais tarde se tornaria “a Rainha dos Caminhoneiros”.

O programa começou em 1976, assim que Silvio saiu da Rede Globo.

O programa deixou de ser vitrine do Baú da Felicidade em 1989. A partir desse ano, o Baú passou a fazer promoções diferentes, como os quadros Mina de Ouro, Raspe e Ganhe na TV, A Felicidade Bate à Sua Porta e o Tentação. Nesse meio tempo, o Qual é a Música também foi perdendo a importância dentro do Programa Silvio Santos e saiu do Programa Silvio Santos em novembro de 1991.

E no dia 1º de agosto de 1999, o programa volta repaginado nas tardes de domingo do SBT. Para este revival, houve algumas mudanças no formato do programa. Primeiro, que a competição entre homens e mulheres deu espaço a times mistos. A banda ao vivo também foi colocada nesta nova versão, mas também houve modificações: nas negociações para a volta da atração, Rhony Rays (que fez parte do trio de cantores nos anos 70) conta que as cantoras Kiki e Andressa foram indicações dele ao diretor da nova versão, Luiz Bento, para que integrassem o coral. Kiki já havia cantado no Show de Calouros e Andressa no Raul Gil, anos antes. Segundo Rhony, ele iria voltar ao coral, mas os norte-americanos, donos dos direitos sobre o formato do programa, não queriam ninguém da versão antiga (exceto, claro, Silvio Santos e Lombardi). Josias, então, formou o trio.

Também foi cogitado neste remake o nome de Ronnie Von para apresentar a atração no lugar de Silvio Santos, já que ele é o príncipe da Jovem Guarda e um dos maiores campeões da competição. Mas Silvio preferiu não arriscar e ele assumiu o comando do programa mais uma vez. Em relação ao casal de dubladores, foi assim que conhecemos Ellen Rocche e Felipeh Campos, e ambos conseguiram fazer carreira fora do programa. Completando a banda, o primeiro maestro do “Qual é a Música?” foi Osmar Milani. O famoso Zezinho era apenas o pianista do Leilão das Notas Musicais, chamado por Silvio de Pianista José. Depois, Zezinho passou a comandar a Orquestra. Na montagem dos anos 2000, esse posto foi ocupado por Alairton Assunção, com a aposentadoria do Zezinho.

Nesta foto, já vemos a versão dos anos 90 do "Qual é a Música?"

VAMOS JOGAR?!

O roteiro do “Qual é a Música” era bem definido. Para construir um programa, são necessárias 56 canções. E é nessa sequência de jogos que a competição era feita:

Jogo dos Versos: Toca-se uma música e quando parar tem que continuar. Geralmente, eram 5 músicas para cada grupo. Tinha “recuperação”. Se errassem na primeira resposta, voltava depois de terminar a bateria. Se errassem novamente, o grupo adversário pode responder.

Vitrine Musical: Eram apresentados quatro "produtos", divididos por temas. Cada tema tinha quatro notas: DÓ, RÉ, MI, FÁ. Cada grupo tinha direito a escolher o tema e a nota três vezes. Uma vez para cada grupo. Toca-se uma música correspondente ao produto. Os participantes tinham que dizer o nome da música e quem cantava. Se errasse na primeira resposta, o adversário pode responder.

Relógio Musical: Cada grupo tinha 60 segundos para adivinhar o nome de 6 músicas (ou seja, 10 segundos de cada), ouvindo apenas os instrumentos. Para ajudar, Silvio dizia apenas quem cantava. A equipe podia "passar" duas músicas. Se sobrar tempo, as músicas erradas e passadas podiam ser repetidas. Tinha “recuperação”, seguindo o mesmo sistema do Jogo dos Versos.

Segredo Musical: Cada grupo tinha que adivinhar o nome da música através da leitura de um verso da canção. Eram três segredos para cada um, um por vez. Ex: Time 1 recebia: "Luz que banha a noite". Se não soubesse qual era, passava pro time 2, com um verso a mais: "Luz que banha a noite, e faz o Sol adormecer". Se não adivinhasse, volta para o time 1, agora com três versos: "Luz que banha a noite, e faz o Sol adormecer, mostra como eu amo você". Se não adivinhassem, ninguém marcava ponto.

Vitrola Musical: Cada grupo escolhia um número de 1 a 4, um por vez. Quando escolhiam, ouviam um trecho da música. Eles tinham que adivinhar o título, quem canta e responder uma pergunta, ou sobre a canção ou sobre o artista. Se errassem na primeira resposta, podia passar para o adversário.

Leilão das Notas Musicais: A prova final e a mais importante (e a mais legal!). Cada grupo recebia três dicas para formar o título da música, um por vez. A dica podia formar ou ajudar a formar o nome da canção. Ex: Um sentimento + A quarta letra do alfabeto + O mais famoso produto feito do cacau forma o título dessa música. Antes de responder, eles precisavam dizer "com quantas notas" eles queriam ouvir o maestro e responder. Se pedissem uma nota, é porque geralmente já sabiam. Se pedissem mais de uma, podia passar para a equipe adversária, que pode pedir menos notas ou devolver pra eles perguntando: "qual é a música?", desafiando a equipe a respondê-la. Como era a prova mais importante, cada resposta certa (ou errada) valia 3 pontos. As outras valiam 1 ponto cada.

Em 2013, a Record comprou os direitos do programa e chamou de "Desafio Musical".

Além destes seis jogos, Silvio Santos ainda colocou nessa nova versão o “Não Erre a Letra”. Que entre um jogo e outro, os integrantes eram a desafiados a cantar qualquer música de sua escolha, desde que não errassem a letra da canção. Se isso acontecia, o auditório vaiava, fazia barulho e se ouvia um pato “zombando” do participante. Se passassem por esta prova, era mais um ponto para a sua equipe.

O “Qual é a Música” teve grande sucesso enquanto esteve no ar nas tardes de domingo, apesar de algumas pausas e reformulações. Nesse tempo, uma versão em tabuleiro e em CD-ROM foram comercializados pelo SBT. Em maio de 2008, o programa foi extinto e reduzido a um pequeno quadro dentro do “Programa Silvio Santos”. O trio de cantores Andressa, Kiki e Josias estão lá até hoje. Em fevereiro deste ano, os direitos do formato foram comprados pela Record e a atração foi chamada de “Desafio Musical” dentro do Programa do Gugu, na tentativa de reverter a baixa audiência. Infelizmente, a aposta não deu certo e foi encerrada junto com o programa inteiro no último dia 09 de junho.

Sinto falta de brincar em frente a TV dessa gincana musical bastante divertida, e nada mais justo que registrar essa lembrança aqui, no nosso #RGRelembra. Assista abaixo uma edição do programa na íntegra, que teve participação da saudosa (e gracinha!) Hebe Camargo:

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

RG PE #07: VITTRINE

O programa mais charmoso da TV pernambucana estreia nova temporada no início de dezembro.

A apresentadora Júlia de Castro já está na expectativa.

Em outubro de 2012, a TV Tribuna abriu espaço para uma atração diferente nas suas tardes. Com o objetivo de trazer notícia e entretenimento de forma leve e descontraída, surgiu então o programa “Vittrine”. Hoje, com um pouco mais de um ano no ar, mais de 200 programas exibidos e o reconhecimento da audiência, a atração passará por grandes mudanças a partir do dia 2 de dezembro, marcando assim, a estreia de uma nova fase.

O comando do programa continuará com a belíssima jornalista Júlia de Castro, que conquistou a simpatia do público a frente do “Vittrine”. A sua experiência como repórter, tanto na Tribuna, quanto na TV Clube/Record, foram suficientes para aceitar o desafio no ano passado e comandar a atração com bastante segurança e bem à vontade. E foi numa rápida conversa com a apresentadora que tivemos acesso à algumas novidades para o nosso blog.

De acordo com Júlia, a principal mudança no “Vittrine” será no formato do programa, que trabalhará mais com as notícias, se aproximando de uma revista eletrônica: “Não vamos deixar de lado o nosso bom humor, que tanto fez sucesso, mas queremos informar mais o telespectador”, adiantou. Como muitas coisas são surpresa, outras não irão mudar: o programa continuará com 30 minutos de duração, às 13h30 da tarde (horário de verão), logo após o Ronda Geral.

Mais fashion e com novos personagens, Joelma Fox continua no Vittrine.

Quem também continua nessa nova temporada do “Vittrine” é a ótima personagem Joelma Fox, vivida pelo ator Bruno Meirellys: “A Joelma e a Mãe Jojó permanecem no programa, mas novos personagens do Bruno estão vindo por aí”, disse Júlia. Quem já virou fã dos bordões: “Júlia, querida!”, “Ai, que tudo!” e “Que situação!” podem ficar tranquilos, que mais aventuras da Joelma ainda estão por vir.

Investindo em modernos equipamentos de captação de imagens, além de uma nova produtora – Quebra-Coco Produções – capitaneando as gravações, a nova temporada da atração tem a intenção de surpreender o telespectador: “Com a qualidade de um programa de TV fechada, o “Vittrine” ficará mais atrativo e charmoso”, afirmou Júlia. Com uma nova linguagem visual, boa parte das gravações continuarão em externas, mostrando as belezas do Grande Recife. Além disso, a reestreia do programa vai preparar o público para a estreia de Violetta, uma série musical de sucesso do Disney Channel, que será exibido logo após.

Com novos quadros e presença de colunistas, a nova temporada do “Vittrine” vai trazer mais informação e entretenimento para o horário vespertino da Tribuna. E a interação com o telespectador deste programa através das redes sociais vai continuar com mais força. “Nossa equipe está afinada, animada e preparada para trazer uma ótima opção de variedades para as tardes pernambucanas”, garante Júlia. Quem quiser acompanhar esta nova fase do programa, então, já sabe. É só se ligar na próxima segunda, 2 de dezembro, às 13h30, na TV Tribuna, canal 4.

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

RG CRÍTICA #29: CHIQUITITAS

Tá todo mundo chique nessa novela? Vamos expor tudo tudo que se passa no folhetim.


Esta crítica sobre a novela “Chiquititas”, em especial, vai se dividir em duas partes. A primeira, terá fragmentos de um texto inédito que escrevi após o primeiro capítulo da novelinha, no dia 15 de julho. A outra contemplará uma análise mais atual, onde assisti o capítulo 92, veiculado ontem, dia 19 de novembro. Confira:

Analisando o início...

Elenco principal do remake de "Chiquititas".

Podem me bater. A estreia da nova versão de “Chiquititas”, no SBT, é bonita? Sim. Encantadora? Também. Bem feita? Sem dúvida. Mas como nem tudo que reluz é ouro, todo remake sofre inevitáveis comparações com a versão original. E eu, como criança telespectadora da versão de 1997 a 2001 tenho memória suficiente para fazer esse paralelo. E é aí que eu encontro os pequenos defeitos dessa nova trama assinada por Íris Abravanel, sem “mentirinhas”.

Ao assistir o primeiro capítulo, já gostei da música inédita “Todo Mundo Chique”, que foi uma forma simples de dizer: “Atenção! Esta é uma história nova.”

Mas aí veio a minha primeira grande decepção. A nova Ernestina, interpretada pela ótima Carla Fioroni (saudades da Mimi, de Marisol: “Fazer o quê? Eu sou assim.”), no texto de Íris é uma governanta dominada pelas crianças, que gosta(?) delas e pior: tem medo de aranhas! Gente, cadê a bruxa que metia medo nas pequeninas e tinha uma aranha de estimação, a Brunilda? Saudades, Magali Biff! Ponto negativo.

A trilha sonora da novela é algo à parte. As releituras de algumas canções da primeira versão de “Chiquititas” ficaram muito bem feitas. Destaque para “Remexe”, “Tudo Tudo”, “O Chefe Chico” e “Igual aos Demais”. Mas, também seguindo a linha de “Carrossel”, Íris insere canções da MPB, como “Velha Infância”, dos Tribalistas. E ainda teve espaço (de novo!) para Chico Buarque emplacar “Pirueta”. Só não gostei de um tecnobrega que tocou (não tive nem paciência para pesquisar que música era), e pelos 30 segundos que ela soou na novela, já achei de mal gosto.

Carla Fioroni faz uma Ernestina bobinha demais...

Voltando a falar do elenco, faço mais duas considerações que não me convenceram em suas primeiras aparições: Giovanna Gold, na pele de Dona Carmem e, infelizmente, Manuela do Monte, como Carolina. A visão jovial de Carmem da nova versão destoa muito da coroa chata de 1997, interpretada com maestria por Débora Olivieri. E Manuela do Monte vai ter que comer muito feijão com arroz (ou muito doce no novo Café Boutique) para chegar na doçura de Flávia Monteiro.

E sobre as novas crianças? Olha, não vou entrar no mérito de julgá-las ainda. Mas o que eu posso dizer é que elas começaram bem e tem tudo para prender o público. A empolgação e a vontade de fazer bem feito está nítida em todas elas. Mas não posso deixar de mencionar que a nova Mili, interpretada por Giovanna Grigio, já disse ao que veio e honra o posto deixado pela queridíssima Fernanda Souza.

Por fim, a abertura foi o que me incomodou bastante. Na primeira versão, o foco era as crianças, as coreografias, a letra da canção. No remake, tudo isso foi abafado pelo excesso de artes gráficas e, ora vejam só: a presença de uma banda feita pelos adultos do elenco, bastante desnecessário. Em outras palavras, a simplicidade da primeira abertura se perdeu no excesso de tecnologia e informações da segunda. Se seguir os passos da primeira versão, não vejo a hora de surgir a segunda abertura. Será que virá o “Mexe Lá”?


Abertura de Chiquititas: excesso de informação.

91 capítulos depois...

Após um pouco mais de 90 capítulos veiculados, decidi retomar meus olhos para “Chiquititas” e ver a quantas andava o remake da versão argentina no SBT. E logo no começo do capítulo, tive a sorte de acompanhar a estreia do clipe “Mentirinhas”, que foi sucesso na versão original também. Ao comparar com o mesmo videoclipe dos anos 90, lógico que em qualidade a versão de 2013 é superior, mas ambas pra mim empataram no quesito emoção. É difícil você olhar pra Tati (Ana Olívia Seripieri [97] / Gabriella Saraivah [13]) e ouvir o que a letra diz sem ficar comovido. A presença das outras Chiquititas no novo clipe também foi bastante interessante.

Uma tendência no texto de Íris Abravanel desde “Carrossel” e vejo se repetir em “Chiquititas” é a necessidade de “atualizar” a trama na linguagem e com as questões das crianças de hoje em dia. Estou me referindo ao mundo da internet, que permeou quase que o capítulo inteiro que assisti, e o bullying na escola. No primeiro quesito, conheci o “Friendibuqui”, a rede social usada na novelinha, além das crianças aprontarem com Ernestina e o Chefe Chico para que eles arrumem uma companhia pela rede mundial de computadores. O melhor foi ouvir a frase: “Manda uma 'piscadela' pra ela, Chico!”, referindo-se ao “cutuque” que conhecemos atualmente. Também vimos a Mili gravando um vídeo contando a sua história para ser compartilhada nas redes sociais e ajudar a encontrar seus pais. Algo que, de fato, não faria sentido em 1997.


Gabriella Saraivah gravando o clipe "Mentirinhas". Ficou muito bonito!

A questão do bullying foi interessante de assistir. No episódio, Vivi (Lívia Inhudes) tenta entrar no grupo das “Top 3” da escola, que são três meninas riquinhas e fúteis que só fazem falar mal de todo mundo, fazendo com que ela se afaste das meninas do orfanato. Para conseguir “ser aceita” no grupo, ela teve que pegar o contato de um menino que passava por elas e expulsar a terceira menina do trio. O capítulo terminou com ela em dúvida se faria essa última prova ou não. Já a minha dúvida após ver essa trama era saber se a Vivi de 1997 (vivida pela linda Renata del Bianco) era tão influenciável assim.

Um outro fato que não me agradou muito é o grande destaque do elenco adulto durante os capítulos. No episódio de ontem, por exemplo, eu vi mais os personagens do núcleo Café Boutique do que o Orfanato Raio de Luz. Aliás, uma coisa que eu também fiquei em dúvida era se dentro de 90 capítulos da primeira versão, a Carolina já teria assumido a direção do orfanato, pois me passou a impressão de um ritmo lento da trama. Além disso, teve dois flashbacks longos no capítulo de cenas que se passaram neste mesmo episódio. Será que valia a pena perder tanto tempo com momentos que tínhamos acabado de ver?


Na foto: Carolina, Pata e Mili. Enquanto as crianças vão bem, a protagonista
adulta segue apagada na trama.

Minhas impressões sobre alguns personagens também não mudaram muito desde quando assisti a estreia. A Ernestina continua boboca, o Chefe Chico não convence e a Carolina ainda está mega apagada na novela. No núcleo infantil, além do bom trabalho da Giovanna Grigio, percebi uma evolução positiva na atuação das outras meninas do orfanato. Já os meninos... Bem, deixemos para a próxima. A trilha sonora, cenários e fotografia continuam impecáveis.

Apesar dos pesares, esta versão 2.0 de “Chiquititas” já pode ser considerada mais um grande sucesso. Conseguiu superar as expectativas e a pressão de continuar os bons índices de audiência deixados por “Carrossel”, além de ser um fenômeno de vendas. Com isso, o SBT se consolida no segmento de dramaturgia infantil, para a alegria das crianças de todas as idades.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

RG INDICA #47: SALVOS DA EXTINÇÃO

Novo programa da TV Brasil pretende trazer uma nova abordagem sobre a extinção de animais.

"Salvos da extinção" é uma série produzida no Brasil e em outros países.


   O processo de extinção está relacionado ao desaparecimento de espécies ou grupos de espécies em um determinado ambiente ou ecossistema. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o homem vem acelerando muito a taxa de extinção de espécies, a ponto de ter-se tornado, atualmente, o principal agente do processo de extinção. Pensando nisso, a TV Brasil levará ao ar, a partir da próxima quarta-feira, 13 de novembro, a estreia do programa "Salvos da Extinção" (Saved From Extinction). 
   A atração é uma série, coproduzida internacionalmente (Grifa Filmes e FLConcepts&CO), e terá seis episódios de 52 minutos, aproximadamente. A intenção é provocar uma reflexão sobre o papel do homem na preservação do planeta, relatando sucessos e desafios na luta contra o círculo vicioso da extinção de animais a cada semana, sempre às 10 da noite, horário de Brasília. 
   Nos aspectos técnicos, a série tem música original de Alexandre Guerra e foi filmado, além do Brasil, em países como Estados Unidos, Namíbia, Botswana, França, Mongólia, Jordânia e Emirados Árabes. Dois episódios foram gravados aqui no Brasil: um sobre a Tartaruga (que será o primeiro programa) e outro sobre o Mico Leão Dourado, sob a direção de Mauricio Dias. Nos outros episódios estão previstos animais como o Condor, o Wild Dog, o Cavalo Przewalski e a Arabian Onyx. "Salvos da extinção" foi escrito e produzido por Frederic Lepage.

A Tartaruga e o Projeto Tamar serão destaques na estreia.

   No episódio de estreia, conheceremos mais sobre a Tartaruga de Pente, considerada a mais bonita das tartarugas marinhas e protagonista na sua luta contra a ameaça de extinção. Com um casco que pode chegar a medir até um metro de comprimento e peso de até 150 quilos, sua preservação foi garantida com a criação, nos anos 80, do projeto Tamar, que protegeu o nascimento de mais de 10 milhões de filhotes no litoral brasileiro.
   Com promessa de imagens e momentos deslumbrantes, e para quem é (ou quer ficar) antenado nas causas ambientais, "Salvos da extinção" aparece como uma boa pedida para aprender mais sobre esses animais tão especiais. #ficaadica

Confira o trailer de "Salvos da extinção": 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

RG ENTREVISTA #06: ELIANA VICTÓRIO

O que é necessário para se tornar um bom jornalista? Talento? Dedicação? Profissionalismo? Simpatia? Tudo isso junto? Assim como não há uma fórmula pronta de um jornalista perfeito, também será difícil manter uma carreira de sucesso na televisão se você não tiver AMOR por ela.
Apesar de eu usar uma palavra abstrata para definir essa árdua profissão, basta apenas lembrar de um nome próprio e composto para exemplificá-la concretamente. E se chama Eliana Victório.
Dona de uma elegância, humildade e competência singulares, Eliana apresenta, edita, produz, emociona, ensina e, principalmente: informa os seus telespectadores.
Como se não bastassem tamanhos atributos, esta jornalista é amplamente reconhecida por títulos e prêmios, regionais e nacionais, pelo brilhante trabalho que executa. E é exatamente por isso que agradeço muito por ela ter cedido parte de seu concorrido tempo na TV Tribuna para estar aqui, no #RGEntrevista.

RG na TV: Poderia nos falar um pouco sobre como foi a sua escolha pela profissão de jornalista? E como foi a sua formação na Universidade Estadual de Londrina, no Paraná?
Eliana Victório: Foi assistindo a uma novela na televisão, “Estupido Cupido - 1976/1977”, que descobri a profissão que queria seguir. No último capítulo um dos personagens deixa a cidade pequena e vai para a capital, e começa a trabalhar num jornal. Ele termina a participação na novela entrevistando uma pessoa. Nas mãos tinha um gravador, uma caneta e um bloco. Na época eu não fazia ideia do que era ser jornalista, mas gostei do que ele estava fazendo e decidi que iria fazer o mesmo, que queria entrevistar as pessoas e escrever. E hoje estou aqui. E a cidade de Londrina foi um presente na minha vida. Aos 18 anos deixei a casa de meus pais para morar num outro Estado. Foram 4 anos e meio maravilhosos. Fiz pesquisa na área de comunicação rural, mas sempre quis trabalhar em televisão. Pelo meu desempenho durante a Faculdade, antes que o curso chegasse ao fim, fui indicada pelo departamento de Comunicação Social da UEL, para trabalhar numa emissora de TV em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. E aceitei. Passei um ano na TV Morena, afiliada da Rede Globo.

RG: Da conclusão do seu curso até hoje, somam 28 anos. E antes de chegar ao Recife, você passou por veículos em Campinas, Ribeirão Preto e Mato Grosso do Sul. Existe alguma grande diferença das emissoras de TV do sul e do nordeste?
Eliana: Sempre existe alguma diferença, seja ela na estrutura de equipes ou na produção local, principalmente porque passei por várias regiões. Na época em que trabalhei no Mato Grosso do Sul, existia o Jornal da dez da noite, e que depois foi abolido, sem falar que tínhamos a diferença de fuso horário, uma hora a mais. Já em Campinas, a região é muito industrial e o esporte amador e profissional tem peso, daí um tempo maior é dedicado, ou pelo menos era, a esses setores. Em Ribeirão Preto pude me dedicar mais as matérias da área rural. Depois veio o nordeste. A diferença como disse no início, está no tamanho das equipes.

RG: Antes de se destacar na TV Tribuna, você trabalhou em outras emissoras de Pernambuco. Entre elas, a TV Jornal, afiliada do SBT. E durante o período nesta casa você esteve na companhia da apresentadora Graça Araújo, a quem você até substituiu algumas vezes. A pergunta que não quer calar (que sempre quis fazer, na verdade!): muitas pessoas chegavam a confundir vocês, por serem parecidas em vários sentidos. Isso te incomodou alguma vez? Qual a sua relação com ela hoje em dia?
Eliana: Graça Araújo é uma grande amiga, e sempre que possível nos falamos. Quanto ao fato das pessoas nos confundirem, no começo me perguntava, por que, pois somos bem diferentes. Depois fui levando na boa. Nunca fiquei aborrecida por causa disso.

Na TV Tribuna, Eliana apresenta o semanal "Ponto de Vista".

RG: São 5 anos de trabalho na TV Tribuna, afiliada da Band. Lá, você ocupa os cargos de apresentadora, editora e repórter especial. Qual desses três cargos exige mais de você?
Eliana: Não dá pra dizer qual exige mais, pois as três funções são bem diferentes, e quando abraço algo levo muito a sério e me dedico de verdade. A arte de entrevistar não é fácil, exige informação, disciplina e comando. Fazer reportagens especiais, além dos atributos anteriormente citados, requer pesquisa e conhecimento; e coordenar a edição é tudo isso associada a responsabilidade de colocar o programa no ar.

RG: Como apresentadora nesta casa, você foi âncora do “Cotidiano” e agora apresenta o semanal “Ponto de Vista”. Seu atual programa traz entrevistas de grande interesse para o público pernambucano e tem se destacado na programação local com audiência relevante. Fala um pouco do sucesso do programa e qual a edição mais interessante que já foi exibido.
Eliana: Adoro fazer o programa Ponto de Vista. É um espaço maravilhoso onde podemos aprofundar os temas e levar informação a população. Sempre digo que a informação é a base de tudo. É difícil falar qual programa ou tema me marcou, pois sempre escolhemos temas de interesse da população e temas que são escolhidos, indicados pelos telespectadores. Gosto de temas na área da saúde, pois as pessoas são carentes de informação. Gostei de falar sobre a PEC das empregadas, sobre a municipalização do ensino, sobre Marketing Multinível, e espero continuar no caminho certo, não o do sucesso, mas o de ir ao encontro das necessidades do meu público.

RG: O “Ronda Geral” tem você como editora-chefe do telejornal. Conta um pouco da rotina agitada de como é colocar um programa policial diariamente no ar.
Eliana: Não é fácil. As manhãs são sempre corridas e atarefadas. Mas eu gosto. Diria a vocês que requer dedicação, disciplina, informação, profissionalismo, ética e respeito.

Eliana comemora o Prêmio Cristina Tavares pela série "Liberdade Aprisionada".

RG: Seu trabalho como repórter especial é muito eficiente e, principalmente, muito reconhecido. Com reportagens carregadas de informação e emoção, você já conseguiu vários prêmios locais e nacionais. Recentemente, a série “Liberdade Aprisionada” ganhou o Prêmio Cristina Tavares aqui em Pernambuco e a menção honrosa no Prêmio Vladmir Herzog, a premiação máxima do jornalismo nacional. Fala um pouco dos bastidores desse trabalho e como foi receber esses reconhecimentos.
Eliana: Liberdade Aprisionada foi feita a quase dois anos, mas infelizmente ainda retrata a realidade do nosso sistema prisional. Gravamos quase 10 horas de entrevistas e imagens; tivemos um mês para produzir, executar, editar e finalmente exibir a série no Jornal da Tribuna. Enfrentamos muitas dificuldades, como acesso aos presídios e as informações e algumas vezes até dificuldades técnicas. Mas sou uma pessoa que gosta de desafios, e o resultado são os prêmios. E é algo maravilhoso quando o seu trabalho é reconhecido, avaliado, premiado e aplaudido.

(Para assistir a série "Liberdade Aprisionada" completa, clique aqui.)

RG: Ano passado, quando trabalhamos juntos, eu acompanhei a sua série de reportagens “São João do Gonzagão”, onde você viajou sertão pernambucano a dentro para contar a história de Luiz Gonzaga ligando à realidade do povo daquela região hoje em dia. Mais do que sua profissão exigia, essa série tem um significado especial pra você, não é verdade?
Eliana: A série São João do Gonzagão fez parte de um projeto maior, que é o “Tribuna, Forró e Tradição”, programa junino que neste ano teve sua segunda edição. A série foi o começo de tudo, o pontapé inicial, e mesmo com todas as dificuldades de tempo e até mesmo de estrutura, te digo cheia de orgulho: ARRASAMOS! Os programas tiveram e vão continuar tendo produção de alta qualidade.

Eliana: "O jornalista não é o dono da verdade, nem o senhor dos fatos. 
[...] Ser jornalista vai além."

RG: Você chegou ao Recife no ano de 1992. E em agosto deste ano você recebeu o título de Cidadã Recifense. Conta um pouco do que esse reconhecimento significou pra você, pessoal e profissionalmente.
Eliana: O título foi um super presente que a cidade do Recife me deu. Nunca pensei em receber, mas vou repetir o que falei em meu discurso: “O Recife me recebeu de braços abertos, e como fui ensinada pelos meus pais, honrei e venho honrando todo o carinho que recebi até hoje. Carinho das pessoas que mesmo sem saber quem sou, passaram a me respeitar, a admirar meu trabalho, e de longe ou perto a aplaudir. E o melhor, sem pedir nada em troca, a não ser compromisso, profissionalismo, seriedade e a verdade. Obrigada às Marias, às Severinas, aos Joãos, aos Josés.”

RG: Além de humildade e profissionalismo, características que você tem de sobra, o que mais é preciso para ser um grande jornalista, na sua opinião?
Eliana: Obrigada pelo carinho, meu amigo. O jornalista não é o dono da verdade, nem o senhor dos fatos. Para saber escrever é preciso ler, e ler bons livros, jornais e revistas e estar informado. Mas ser jornalista, vai além. É preciso ética, compromisso com a verdade e acima de tudo respeito, com a população, os entrevistados e consigo mesmo.

Entrevista incrível! Obrigado, Eliana!