domingo, 15 de abril de 2012

RG CRÍTICA #13 - “MÁSCARAS”: PREFIRO USAR DO QUE ASSISTIR

O #RGnaTV acompanhou a estreia da novela “Máscaras”, na última terça, na Record. Mas as primeiras impressões não foram boas.

"Máscaras": começou bem, terminou muito mal.

   Não sou formado em telenovelas, mas carrego uma teoria interessante que é partilhada por muitas pessoas que gostam desse tipo de programa: “novela boa a gente conhece no primeiro capítulo”. Se é a primeira impressão é a que fica, o primeiro capítulo é essencial para termos amor (ou repulsa) para se prender à trama. E foi o sentimento contrário do gostar que senti assim que assisti o primeiro capítulo de “Máscaras” - de Lauro César Muniz -, a nova novela das 22h da Record.
   Não é preciso ser formado na área de teledramaturgia para se ter uma outra certeza: se tratando de novelas, a Globo ainda é superior à concorrência. A prova disso é que a Record – e outras emissoras – esperam (mesmo!) a novela das 9 da emissora do plim-plim terminar o seu capítulo diário para, enfim, colocar o seu “produto diferencial”. Não é a toa que, assim que terminou o capítulo de “Avenida Brasil” - que, aliás, está tendo uma ótima repercussão -, ao mudarmos imediatamente para o “canal dos bispos”, começava exatamente a estreia do folhetim.
   Eles resolveram colocar a abertura de cara, já que aquele capítulo não teria intervalos. E aí veio uma boa surpresa: Fagner cantando “Porto Solidão”, sucesso de Jessé, que é uma música lindíssima, enquanto diversas máscaras ilustravam, de forma muito bonita, a sua chamada de atores, autores e direção da novela. Ponto positivo.

Dia lindo ao som de "Blue Moon"... Oi?

   Após o fim daquela abertura, somos levados para um navio luxuosíssimo ao som de “Blue Moon” (embora a paisagem da novela estar ABSURDAMENTE ENSOLARADA!). Tirando a gafe na trilha sonora, deve-se dar nota 10 para a escolha certeira do navio, que deu à trama cenários, internos e externos, maravilhosos.
   Se tem um nome para definir todo o primeiro capítulo, esse nome é um substantivo próprio: Maria. A personagem – e protagonista – de Miriam Freeland deu um show de atuação ao conhecermos a mocinha numa situação de sofrimento extremo ao estar “recém-curada” de uma Depressão Pós-Parto. A instabilidade emocional da personagem, que nos despertava pena e raiva ao mesmo tempo, foi interpretada de forma muito segura pela Miriam. Mais um ponto positivo.
   Se a mocinha nos cativava, o mocinho nem tanto. O Otávio, personagem de Fernando Pavão, além de ser desconhecido do grande público não disse ao que veio, apesar das muitas cenas fortes logo no primeiro capítulo. Se ninguém conhecia o personagem Otávio, muitos identificaram as primeiras (e boas aparições) de Heitor Martinez e Gisele Itié, que na novela “estavam em Nova Iorque” apesar de não ter nenhuma cena externa. Como se ninguém soubesse que aquele quarto de hotel era mesmo no RECNOV (Record Novelas, a imitação do PROJAC, da Rede Globo).

Em "Máscaras", mocinha dá show e mocinho dá sono.

   Chamou a atenção o fato do telespectador não saber em que ano se passava a história, até Maria conversar por celular com Martim nos “EUA” – personagem de Heitor Martinez – sobre a possível eleição de Dilma para a presidência do Brasil, inferindo então que estávamos no ano de 2010.
   Logo nas primeiras cenas era possível enxergar um triângulo amoroso entre Maria, Otávio e o médico Décio, interpretado por Petrônio Gontijo, que aliás, foi outro ator que falhou um pouco em sua interpretação, com expressões faciais fora de contexto.
   Fora do eixo Maria, conhecemos a psicanalista Tônia, que tinha uma “irmã” chamada Luma, personagem de Karen Junqueira, que moram juntas, e se dão muito bem, mas logo nas primeiras cenas brigam pelos ciúmes de Tônia, que põe um “namoradinho” de Luma para correr após tentar seduzí-lo. Proteção demais ou Tônia sente algo mais por Luma? Deu essa impressão...
   Como o primeiro capítulo girou muito em torno de Maria, não conhecemos o restante do elenco, o que achei uma tremenda bola fora de Lauro César. Conhecer todos os núcleos (ou a maioria deles) no primeiro capítulo são importantes para prender mais o telespectador e apresentar suas histórias. Nomes fortes do elenco como Luisa Tomé e Paloma Duarte não deram as caras nessa estreia.

Maria (a louca! rs...) surta no primeiro capítulo de "Máscaras".

   Um dos ápices desse capítulo número um foi o grande “surto” de Maria, que escapa dos braços de Otávio (que estava envolvida nele, e ele “não percebeu” quando ela se soltou) para correr em direção a um rio próximo à fazenda onde estavam, no Mato Grosso do Sul, durante uma “tempestade”, que só ventava e relampeava. Nesse momento, vimos um flashback que apresentou como o casal se conheceu, que foi às margens daquele mesmo rio.
   Essa primeira tensão é resolvida quando vemos Maria, super calma (e diferente da surtada de cenas atrás) e ninando o seu filho no quarto do casarão. Engraçado é que até a tempestade parou quando Maria foi descoberta. Acho que a tempestade estava procurando por ela também...
  Mas a “grande cena” do capítulo foi um sequestro muito do confuso e repentino que aconteceu, em que o bebê de Maria, a empregada e o seu filho são raptados num caminhão. Numa cena terrível de perseguição (mocinho e bandidos), tivemos um momento tenso (a la Michael Jackson) quando um dos meliantes ameaçam Otávio colocando seu filho para fora do caminhão. O choro da criança é perturbador, junto com a trilha sonora (que por sinal, é muito antiga e feia no geral). No desenrolar da cena, descobrimos que a ama de leite conhecia o sequestrador e que, agora, queria Maria (a louca... rs!) de qualquer jeito. Para quê? Ninguém sabe. O sequestrador ameaçou a servente de vender os órgãos do seu filho. Foi uma indireta à próxima novela de Glória Perez, na Globo? (Para quem não sabe, “Salve Jorge”, substituta de “Avenida” na Globo, falará dentre outros temas, sobre o tráfico humano).

E é com esse close fake que o primeiro capítulo se encerrou.

   Como se não bastasse a tosquice e a incompreensão desse sequestro, o capítulo se encerra com um close forçado de Maria, num famoso congelar de cena e efeitos gráficos para fechar aquele capítulo de forma medonha ao meu ver. Resumindo: um primeiro capítulo absurdamente #FAIL.
  Apesar dos pesares, o primeiro capítulo de “Máscaras” ficou na vice-liderança isolada, perdendo para a ótima segunda temporada de “Tapas & Beijos”, na Globo, com médias de 10 e picos de 12 pontos no ibope. Além disso, a hashtag #Máscaras ficou em primeiro lugar nos Trending Topics do Twitter no Brasil durante toda a exibição da estreia.
   O que posso dizer é que “Máscaras” não me atraiu em seu primeiro capítulo para continuar assistindo a trama, devido a suas falhas de história e produção. Mesmo sabendo que muita coisa pode acontecer ao longo de seus quase 200 capítulos, eu prefiro usar máscaras do que assistir a essa nova novela da Record. #RGnãoRecomenda =/

6 comentários:

  1. POxa Gente vcs Pegaram muito Pesado não é assim tbm não Tá certo que eu Preferia O Gabriel Braga Nunes mais O Pavão tem lá suas Qualidades. o\

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  2. Não é possível formar um conceito de uma novela, somente, através do primeiro capítulo, ou em sua primeira semana!Muita coisa pode mudar!!É fácil fazer comparações...Quem está acostumado com as novelas da Globo, então, que assista somente as de lá.Pimenta em nossos olhos é refresco no dos outros...Mas, é ótimo ouvir o quê pensa cada um, até mesmo a opinião dos que não gostam da Record, assim atrai a curiosidade de quem ainda não viu, e quer conferir!

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  3. eu acho q vc esta completamente equivocado, mascaras sem duvida ta sendo uma novela quase q perfeita, o lauro esqueceu um detale a penas o nucleo humoristico, q so apareceu no navio q sao a zeze e o zeze, lauro acertou em mostrar poucos atores, sem pressa d mostrar td seu maravilhoso, nucleo, realmente o primeiro capitulo apresentou alguns erros graves, por isso a baixa audiencia, mais a direçao da record tmb teve culpa, ao dar + importancia a uma reprise do q uma produçao inedita, a falta de chamadas me encomodou bastante, porem mascaras tem um texto requintado, o q n é o caso d avenida brasil q por sinal estou gostando tmb, cenarios impecaveis, e ainda a atuaçao perfeita da bete coelho q pra mim é a melhor da novela, o motivo da pessima audiencia, sao os 250 capitulos, ninguem aguenta ficar acordado ate tarde td os dias pra acompanhar uma novela exaustiva nos capitulos, + entre altos e baixos, a novela é um grande acerto na minha opiniao.

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  4. novela lixoooooooooooooooooooooo de mais .... sem pé nem cabeça ... historia lixo da pena dos atores se queimar com uma novela dessa

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  5. Achei o artigo interessante mas não concordo com algumas das colocações. A interpretação da atriz Mirian Freeland não foi tão boa assim, e a Fernando Pavão não foi tão mal. O verdadeiro problema se encontra no texto e na direção, ambos fraquíssimos. Artistas consagrados têm sido colocados numa linha de fogo e, devo dizer, poucos saem ilesos. As atuações de Paloma Duarte, Heitor Martinez e Dado Dolabella, por exemplo, têm sido tristes, talvez as piores de suas carreiras. Não convencem, são por demais teatrais, transformaram-se em iniciantes, no mal sentido...

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  6. GENTE CADA UM TEM A SUA OPINIAO,EU POR EXEMPLO ADORO A NOVELA MASCARAS MIL VEZES DOQUE AVENIDA BRASIL A RECOR A CADA DIA DA SE SUPERANDO EM SUAS NOVELAS,E A ATRIZ PALOMA DUARTE COMO SEMPRE EM SUAS ATUAÇOES DANDO UM SHOW,NAO DURMO SEM PRIMEIRO ASSISTIR MASCARAS SO LAMENTO;FICAR TANTO TEMPO MOSTRANDO ESSE REALITY SHOW A FAZENDA QUE SO NOS FAZ PERDE TEMPO PESSOAS QUE DEVIAM PROCURAR GANHAR DINHEIRO COM SEU TRABALHO AO INVES DE FICA COM TANTA BAIXARIA POR CAUSA DE DINHEIRO E FAMA NOTA ZERO PRA ISSO.....

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