O
“resumo semanal de notícias” celebra 200 programas na próxima
segunda. Há razões para comemorar?
CQC: 4 anos, 200 programas, muitas mudanças.
Foi
no dia 17 de Março de 2008 que o “Custe o Que Custar – CQC”
estreou na tela da Rede Bandeirantes de Televisão. De formato
argentino (“Caiga Quién Caiga” [Caia quem caia]) e em parceria
com a EyeWorks/Cuatro Cabezas, aqueles homens vestidos de preto, em
sua maioria comediantes, começavam a nos surpreender nas noites de
segunda, com seu formato de jornalismo com entretenimento, além do
toque ácido e crítico de suas matérias e/ou comentários. Na
próxima segunda (01/10), eles vão exibir o programa de número 200. E o que
podemos dizer é que de 2008 à 2012, o “CQC” mudou bastante.
A
começar pela sua bancada de apresentadores. A apresentação
principal, feita por Marcelo Tas, ainda não foi modificada. É isso
mesmo que você leu: AINDA! Em recente entrevista à Fernanda Young, o capitão do
barco tem deixado claro a vontade de encerrar o ciclo: “Acho
que, no CQC, em mais um ano eu me divirto também. Foi a conversa que
tive com eles. Falei: 'olha, acho que mais um ano está bom, já dei
minha contribuição'. Eu não tenho apego. O CQC é um projeto que
está dando certo, mas se eu tiver que sair, saio com muita alegria e
sei que tem gente que vai tocá-lo.”.
Tas é o único do elenco que consegue unir, de fato, inteligência
com o bom humor, e o seu modo de comandar a atração é singular. Se
ele, de fato, sair em 2013, o CQC pode perder bastante.
Ainda
na bancada, tem o Marco Luque, que divide a apresentação com o Tas
desde a estreia. Seu humor pastelão (e lento, até) conquista os
telespectadores com tiradas bobas. Seu talento fez com que a Band
investisse em um programa solo para ele - “O Formigueiro” - que
não foi uma boa experiência para a emissora. Já o terceiro
elemento da bancada poderia (ou deveria?) ser ainda o Rafinha Bastos.
Mas o desentendimento dele com a equipe do programa e a própria Band
em setembro do ano passado – que acarretou em sua demissão – fez
com que se perdesse a pessoa que tinha os comentários mais ácidos e
perspicazes, que também chamou a atenção da emissora do Morumbi e
havia lhe dado um programa solo: o jornalístico “A Liga”, que
está no ar até hoje, com relativo sucesso, mas que também perdeu a
apresentação após essa confusão que todo o Brasil acompanhou. Não
lembra? Clique aqui. Hoje em dia, a acidez de Rafinha deu lugar à
“delicadeza” do “Pequeno Pônei”, Oscar Filho, que também
herdou o comando do quadro de maior sucesso e mais bem feito do
programa: O “Proteste Já”.
Filho, Tas e Luque: a atual bancada do CQC.
Mas
não é só da bancada que o programa sobrevive. Os repórteres tem
feito a diferença e dado a cereja no bolo que o programa precisa.
Danilo Gentili foi um dos primeiros repórteres do programa. Sua
ousadia e pensamentos rápidos nas entrevistas também se destacaram
a ponto de também alçar um voo solo na Band no comando no “Agora
é Tarde”. Uma outra decisão acertada, já que este
talk-show
tem tido uma repercussão muito positiva. Tal sucesso fez com que ele
deixasse o programa, mas não abalou tanto quanto a saída conturbada
de Rafinha. Felipe Andreoli é outro que conquistou seu espaço. Ele
consegue deixar as pautas esportivas do CQC muito mais interessantes. Hoje,
ele também comanda um programa solo na emissora dos Saad, o
esportivo “Deu Olé”, nas tardes de sábado. Rafael Cortez nos
chama atenção por seu comportamento, digamos, peculiar. Ele mostra
muito jogo de cintura perante as câmeras e é um dos mais pastelões
depois de Luque.
Ao
longo desses quatro anos de existência, vimos o nascimento de três
repórteres que já entraram quando o programa estava no ar. Em 2009, após uma seleção aberta ao público e superar 28
mil inscritos, surge a primeira mulher repórter do programa: a
belíssima Monica Iozzi. Monica é um grande achado do CQC. Seu
sotaque e agilidade de pensamento, alinhado à sua beleza, quebra um
pouco o peso dos repórteres machões com a delicadeza na medida
certa. Suas matérias políticas e de celebridades são as de maior
destaque. Em 2011, aproveitando a saída de Rafinha, o programa
estreou Maurício Meirelles, que saía do humorístico “Legendários”,
da Record. Sua troca foi mais do que bem sucedida, e é um dos que
mais rápido se adaptaram ao formato do programa.
Ronald Rios: o mais novo no programa, ainda está se adaptando.
A
mais recente aquisição foi o Ronald Rios, ex-apresentador da MTV. Ele estreou
em 2012 e ainda tenta se encaixar no programa. A ele ainda falta a
agilidade que o programa tanto precisa para nos entreter nas quase
três horas que o “CQC” fica no ar. E assim, repórteres e
apresentadores, juntamente a quadros consagrados como o “Proteste
Já”, “CQTeste”, “CQC no Congresso” e o tão esperado “Top
Five da TV Brasileira” já marcaram a história da televisão com
seu humor ácido, inteligente e muito divertido.
A
audiência do programa sempre foi modesta, alcançando facilmente o
terceiro lugar. Mas neste ano em questão, uma queda foi percebida.
Seria o desgaste do formato, embora ele funcione por temporadas? Uma
das razões seria o horário tardio que o programa estava indo ao ar.
O apelo foi registrado e o programa já voltou há algumas semanas ao
seu horário de praxe, 22h15.
Mesmo que a atração tenha perdido um pouco o “encantamento” e os ibopes expressivos para a Band, o “CQC” ainda é uma boa opção para as noites
de segunda. E se apesar de tantas mudanças sofridas ao longo desses
200 programas eles continuam a solta, desafiando tudo e todos,
esperamos que eles continuem correndo atrás, sempre. Parabéns,
Docinhos de Coco!!! ;)
Acho que com o tempo o programa deu uma caída legal, e em algumas vezes fica até meio apelativo. Talvez fosse até positivo trocar o Marcelo Tas por alguém que conseguisse dar um gás novo no programa.
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