Nove anos no ar e uma bizarrice única. Assim é a Turma do Pânico.
A trupe faz sucesso nas noites de domingo da Band.
Era fim
de setembro de 2003 – mais precisamente no domingo, dia 28 – que
a Turma do Pânico, elenco de grande sucesso humorístico da Rádio
Jovem Pan, mostrava pela primeira vez a versão televisiva da trupe
na RedeTV!. O elenco – desde o início – formado por Wellington
Muniz (Ceará), Rodrigo Scarpa (Vesgo), Márvio Lúcio (Carioca),
Marcos Chiesa (Bola) e Sabrina Sato, recém-saída do “Big Brother
Brasil 3” (Globo), comandados por Emílio Surita, estreou o programa
atingindo humildes três pontos no ibope. O tempo passou e o "Pânico na TV" caiu no gosto do público com o seu humor “pitoresco”, agregando
fieis ao longo dos quase nove anos que ficaram na emissora de
Alphaville. Mas depois de não cumprir os pagamentos da trupe, viu
seu produto de maior audiência migrar em fevereiro de 2012 para a
Rede Bandeirantes.
O
“Pânico” cria moda (literalmente, eles tem uma grife de camisas!), desenvolve gírias e tendências. Peitos e
bundas das Panicats (e de outras mulheres), violências gratuitas,
dancinhas incoerentes, expressões inimagináveis, figuras populares
e bizarras, imitações e paródias espalhafatosas misturadas a uma
edição ágil e narração singular dão vida à atração, que já
demonstrou ter um público fiel. Muitos humoristas (ou aspirantes a
eles) já passaram por esse programa entre esses nove anos. Mas
atualmente, além dos seis veteranos, o elenco se completa com os
ótimos Evandro Santo (Christian Pior), Eduardo Sterblitch (Povilho),
Daniel Zukerman (sucesso como “O Impostor”), Daniel Peixoto
(Alfinete) e o ex-Comédia MTV, Guilherme Santana, a novidade que
eles contrataram quando foram para a Band.
Muitos
se perguntaram se a mudança de emissoras afetaria diretamente no
programa e se eles iam se dar bem com a equipe do CQC – outro
humorístico de sucesso da emissora do Morumbi – mas as respostas
foram rápidas: o formato “non-sense” não mudou e tanto o CQC
quanto o Pânico respeitam seus espaços, além de juntas fazerem a
Band rir à toa com suas respectivas audiências e faturamentos.
Qual é
o limite das brincadeiras do “Pânico”? Nenhum. E é aí que mora
o problema, pois ao mesmo tempo que o público curte as zoações
dessa trupe, outras vezes conseguem fazer um humor apelativo e
sensacionalista que beira ao ridículo.
Recentemente,
eles quase foram processados pelo apresentador Silvio Santos (o
original) por “enterrarem ele” (o personagem do Ceará) durante o
programa depois que o mesmo os proibiu legalmente de imitar e se
aproximar dele, decisão essa que foi estendida a toda emissora. A ação ressentida do Homem do Baú foi tomada porque
ele estaria chateado pelo fato da turma ir para a Band e não para o
SBT, que já tinha manifestado interesse de contratá-los.
O
“Pânico” inspirou programas como o “Legendários” da Record
e um projeto semelhante está sendo criado no SBT, provisoriamente
intitulado “Circo Eletrônico”. Mas a bizarrice do Pânico é
única! O fato é que, por mais apelativo, louco e desmiolado o
programa seja, há um bom público que gosta de ver isso para fugir
da mesmice dominical da TV. Na minha opinião, o “Pânico” já
teve seu auge em outros tempos, mas como eles próprios tem um quadro
recém-criado chamado “Só o Cume Interessa”, é no topo do freak
que esses humoristas querem estar e não vão sair de lá tão
cedo. E mesmo com todos os seus (muitos) defeitos, desejo vida longa
ao “Pânico na Band”.
Ótimo, Robinho! Você conseguiu contar a história de nove anos do programa em um texto relativamente pequeno e ainda assim acrescentar detalhes interessantes. Parabéns!
ResponderExcluirParabéns pela crítica...
ResponderExcluiremilio zurita sabe muito bem como comandar este bando de loucos e gerar muita audiencia ,qual emissora nao deseja ser a emissora oficial do panico na tv,a propia rede globo ascenderia a estes status somente para ver mais sete pontos absolutos frente a qualquer outra.
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