RG CRÍTICA #42: A EXCITANTE VOLTA DE 'AMOR E SEXO'

Fernanda Lima e companhia estrearam nova temporada em novo dia e horário na Globo. O resultado foi bom para todos nós!

RG INDICA #60: LEITURA DINÂMICA

Revista eletrônica da RedeTV! mostra que existe vida para programas desse gênero além dos domingos.

RG CRÍTICA #41: RETROSPECTIVA 2015

Confira o que foi destaque na TV aberta neste ano.

RG INDICA #59: ESPECIAL DE NATAL 2015

Confira a programação especial da TV aberta para celebrar a noite de Natal.

domingo, 29 de julho de 2012

RG CRÍTICA #19: AS OLIMPÍADAS DE LONDRES E A INFANTILIDADE DA RECORD


Como uma criança rica que tem o brinquedo mais legal, a Record ri a toa da “colega” global que anda mal de audiência no período.

A Record não sai da barra da Globo.

   Três satélites exclusivos, transmissão totalmente em HD, 35 toneladas de equipamentos, oito câmeras exclusivas equipadas com lentes de grande alcance, 20 câmeras de externa, seis câmeras de estúdio, 18 ilhas de edição, dois switchers de produção, duas mesas de corte de vídeo com mais de 40 entradas simultâneas, duas mesas de áudio com mais de 200 canais de entrada, matriz de vídeo para suportar mais de 100 sinais simultâneos, câmeras portáteis, mochilinks, quatro unidades de produção com transmissão via satélite e matriz de comunicação com 224 portas. 500 metros de cabo lançados nos locais de competição para geração de conteúdo exclusivo e 10 mil metros de cabos utilizados para a instalação de todo o sistema. Câmeras robóticas para interação dentro da Vila Olímpica na área dos atletas brasileiros. Duas unidades móveis para a transmissão via satélite dos jogos de futebol, glass studio (estúdio de vidro) e painéis interativos numa tela de 100 polegadas... Definitivamente, a Rede Record investiu pesado na cobertura dos Jogos Olímpicos de Londres, que teve início oficial no último dia 27 de Julho e irá até o dia 12 de Agosto. Também pudera: a emissora da Barra Funda é a emissora oficial brasileira a transmitir o evento. Era o mínimo que se podia esperar da Record diante de um evento tão grandioso como as Olimpíadas 2012.
   Sendo a Record a detentora dos direitos de exibição no Brasil, as outras emissoras ficam a ver navios nesse período, já que são limitadas a veicularem apenas seis minutos, autorizados pela emissora dos bispos, e não durando mais que dois minutos em três telejornais durante um dia. Com isso, o que também é de se esperar, as outras televisões criam estratégias para não ter tanto déficit de ibope enquanto os jogos estarão no ar.
   E na Rede Globo, a principal rival da TV paulista, não é diferente. Esta é a primeira Olimpíada que a Globo não tem os direitos exclusivos de imagem, por isso é obrigada a reforçar a sua programação do dia a dia. Hoje, durante a transmissão do futebol olímpico masculino, onde o Brasil jogou contra o time do Belarus, a emissora carioca usou o que achava ser uma grande arma: colocar o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, o narrador Galvão Bueno e a jornalista Fátima Bernardes para relembrarem a conquista do pentacampeonato, que completa 10 anos em 2012, no “Esporte Espetacular”. A estratégia não deu certo e o ibope foi certeiro: médias de 11 pra Record contra 5 da Vênus Platinada. Qual é o problema nisso?
   O problema é esta matéria veiculada pelo portal de notícias da Record, R7 (similar ao G1 da Globo), onde fazem questão de comemorar “o fracasso” da emissora global em relação ao período do jogo. Clique aqui. Qual é o problema nisso?
   O problema é que a emissora evangélica está se contentando com pouco e vibra bastante com as (poucas, diga-se de passagem) vezes em que consegue “dar a volta” na emissora global, sua principal vilã. O que mais me admira é ela usar os números do Ibope (fazendo até gráfico desnecessário), instituto que a própria Record atacou no último domingo, em pleno “Domingo Espetacular”, acusando o presidente de vários crimes contra a ordem pública, sem deixar de citar a sua ligação “direta” com a Rede Globo de Televisão.
   O que a emissora carioca fez hoje é o que a Record tenta fazer ao longo do ano: trazer algo espetacular para arrebatar a audiência e ser líder. E não é preciso trabalhar no Ibope para perceber quem ganha em 90% dos casos de guerra de audiência né?
   Gostaria, de verdade, que a Record deixasse de “criancice” e fizesse o seu trabalho como deve ser feito: de forma madura e independente, lutando pela qualidade de seus programas, sem querer fazer comparações mesquinhas ou no caso deles, tentar sempre “imitar” a concorrência. Jogar sujo com “matérias comprometedoras” e comemorar uma vitória isolada de audiência durante as Olimpíadas não são atitudes de um líder. E mais: as Olimpíadas tem prazo de validade para terminar. A programação da casa não. A Record pode ter o brinquedo do momento, mas a Globo ainda tem os melhores brinquedos. “Vâmo crescer, Record!”

terça-feira, 17 de julho de 2012

RG INDICA #34: O CAPÍTULO 100 DE “AVENIDA BRASIL”


João Emanuel Carneiro promete grande virada na novela das nove da Globo nesta quinta-feira. E o #RGnaTV te conta tudo o que vai acontecer... Oi, oi, oi!!!

Sucesso na TV e nas redes sociais, "Avenida Brasil" chega ao capítulo 100

   Quem acompanha “Avenida Brasil” vai, assim como os personagens da novela no fim de cada capítulo, “congelar no cinza” na próxima quinta, dia 19. É que o autor do folhetim guardou para o exato capítulo de número 100, “a grande virada” da história. E quando se trata de João Emanuel Carneiro, sabemos que ele não está brincando. Duvida?
   Como não lembrar do capítulo 56 de “A Favorita”, no dia 05 de Agosto de 2008? Foi nesse dia que, como forma de recuperar a audiência, João Emanuel – autor dessa novela também, a primeira dele no horário das nove – revelou o grande segredo que ele só queria contar no último capítulo. Bastou sabermos que Flora (Patrícia Pillar) era a grande assassina, e não Donatela (Cláudia Raia), que “A Favorita” se transformou “numa nova novela” (do jeito que prometeu um dia antes, no “Fantástico”), que prendeu os telespectadores e os deixava confusos quando perdiam um capítulo a partir daí devido a grande agilidade que a novela tomou, tornando-se assim, uma das melhores novelas das nove dos últimos dez anos.

Relembre a cena aqui:


   Agora em “Avenida Brasil”, João Emanuel conseguiu prender a audiência do seu público e arrastar o teatro de Nina (Débora Falabella) para Carminha (Adriana Esteves) por exatos 100 capítulos. Mas nesta quinta, a grande farsa chegará ao fim, e a novela terá um novo começo!
   E é cada vez maior a pressão sobre todos os envolvidos com a novela. A ordem é evitar que detalhes importantes do 100º capítulo vazem na imprensa e estraguem a expectativa criada junto ao telespectador. Dizem que a tensão entre Carminha e Nina será cada vez maior, promovendo até mudança no comportamento das duas. Os produtores acreditam que o telespectador fiel da novela vai se surpreender com o que foi criado por João Emanuel Carneiro. Mas o que de fato acontecerá nesse bendito capítulo? Vamos revelar de uma vez!
   No capítulo em questão, Carminha finalmente descobrirá que Nina é Rita. Desconfiada, ela vai até a casa de Nilo (José de Abreu) e vasculha as coisas até que encontra uma foto de Rita criança. “Essa ratazana me enganou direitinho! A cobrinha tava na minha casa o tempo todo, como é que eu não enxergava? Do meu lado, só esperando pra me ferrar”, diz a vilã. Carminha aproveita que toda família viajou para Cabo Frio e arma um plano para sumir com Nina sem deixar vestígios. O que a vilã não sabe é que, a essa altura, a cozinheira já terá em suas mãos fotos dela junto com Max (Marcello Novaes).
   Fontes confirmam que há cenas secretas nesse capítulo 100, e que algumas delas se passarão até em um cemitério! Especula-se que Carminha, com a ajuda de Lúcio (Emiliano D’Ávila) vá prender Nina num mausoléu. Feliz, vai festejar o sucesso de seu plano numa casa de swing ao lado de Max. “Quero comemorar que acabou esse pesadelo da Nina! Acabou e a gente ganhou”. Não satisfeita, Carminha manda Lúcio matar Betânia (Bianca Comparato) e coloca a culpa na ex-enteada, que estará desaparecida. Além disso, mais dois personagens poderão morrer na novela, que seriam Max e Nilo.
   Preparem-se para fortes emoções. Ouvir “Vem Dançar Com Tudo”, quem diria, nunca foi tão divertido! Se “Avenida Brasil” já é sucesso até agora, desde o seu primeiro capítulo, imaginem a partir de quinta, que a guerra direta entre Carminha e Nina vai começar. Fiquem ligados, congelem no cinza e: Oi, oi, oi! Que venha o capítulo 100!

E agora, Nina? Oi, oi, oi!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

RG CRÍTICA #18: OS 15 MINUTOS DE FAMA DE PAULINHO SERRA E TATÁ WERNECK


A terceira opção de humor na MTV se chama “Trolalá”, que fez 50 programas hoje.

Paulinho Serra e Tatá Werneck passam trotes na TV.

   Quando o “Quinta Categoria”, da MTV, em 2009 deixou de ser comandado por Marcos Mion e os Barbixas, muito se perguntou se o programa teria continuidade. No ano seguinte, a emissora musical escala os “Deznecessários” Paulinho SerraRodrigo Capella e Tatá Werneck para apresentar a atração. O trio deu certo na telinha e se estendeu por mais um ano, encerrando o seu ciclo no fim de 2011, junto com outros programas da casa. Em 2012, com Rodrigo Capella (infelizmente) participando de “A Fazenda 5”, na Rede Record, restou para Paulinho e Tatá a opção de ficar na emissora do Sumaré. E no dia 7 de Maio, foi ao ar a primeira edição do “Trolalá”.
   Misturando trotes telefônicos, improviso e (porque não?) música, a dupla de humoristas traz um humor tão rápido quanto a duração do programa, apenas 15 minutos. Os dois mostram uma química invejável, que se completam com as loucuras específicas de cada um.
   O programa vai ao ar de segunda a sexta às 19h e reprise às 21h45, sendo na sexta – assim como o “Furo MTV” – um compacto com os melhores momentos da semana.
   Hoje, na comemoração de 50 programas, a dupla trouxe como convidado especial o sempre polêmico Rafinha Bastos. Além de trolar com a audiência do programa, trazendo um telespectador para ficar com uma tocha nas nádegas até uma das pessoas a receber o trote falar uma palavra específica, os trotes telefônicos foram feitos a Marco Gonçalves, integrante do Saturday Night Live e amigo de Rafinha; a Dona Veraavó de Tatá; e um recepcionista de hotel. As duas primeiras “vítimas” sacaram o trote e até de onde vinha. Já o recepcionista ficou perdido com o camuflar de vozes dos atores e até com a participação do Bastos. No último trote saiu a palavra “candelabro” – indicado pelo próprio Rafinha – e o telespectador tirou a tocha daquele lugar tão embaraçoso.
   Paulinho Serra e Tatá Werneck aproveitam seus 15 minutos de fama, literalmente, com muito bom humor. É nítido ver que ambos se divertem com aquele programa tão curtinho, mas que parece hilariante fazer. Não é surpresa, devido a tanto talento, saber que eles conseguiram vida própria além do extinto “Quinta Categoria” e não ficaram a sombra de Marcelo Adnet, apenas no elenco do “Comédia MTV/Comédia Ao Vivo”.
   Espero, de verdade, que venham mais programas do “Trolalá” e, principalmente, que a MTV não despreze mais essa dupla de atores que, se afastados da telinha, vão fazer falta no humor brasileiro. Parabéns Paulinho e Tatá! (e volta Rodrigo Capella! Seu lugar é junto deles!). #RGRecomenda

Assista o "Trolalá" comemorativo de número 50:


sábado, 14 de julho de 2012

RG INDICA #33: CONVERSA DE GENTE GRANDE (CGG)


Marcelo Tas passa a comandar mais três letrinhas na Band. Mas dessa vez, o foco é as crianças.

Tas volta a trabalhar para o público infantil na TV aberta.

   Depois de Professor Tibúrcio no programa “Rá-Tim-Bum” e Telekid no “Castelo Rá-Tim-Bum” (Porrrrrrquê sim não é resposta...), ambos na TV Cultura nos anos 80 e 90; e depois de apresentar o “Plantão do Tas” em 2010 pelo canal fechado Cartoon Network Brasil, Marcelo Tristão Athayde de Souza, mais conhecido como Marcelo Tas, comandará a partir deste domingo, dia 15, o quarto projeto infantil de sua carreira na televisão. Amanhã, às oito da noite, estreia “Conversa de Gente Grande” (CGG) na Rede Bandeirantes.
   O CGG vai usar e abusar da sinceridade infantil para tentar entender a complexa realidade e a vida “maluca" do século 21. A atração é feita por pessoas de tamanho pequeno e espírito grande. Um programa para toda a família, que apesar de ter crianças, vai dialogar com o mundo dos adultos. O Tas, que continua no comando do CQC, não esconde a alegria com esse novo projeto: Conversa de Gente Grande é um programa leve, divertido e feito com crianças que falam de assuntos da vida adulta, como violência, drogas e relacionamentos. Cada gravação é surpreendente, pois os pequenos são imprevisíveis e sempre têm algo inesperado a dizer. Pra mim, este é um desafio totalmente novo, que junta minha experiência anterior em programas infantis com meu lado entrevistador.
   A cada edição, Tas estará a cargo de entrevistas acompanhado das mais temíveis crianças de três a doze anos, que já nasceram em um mundo com internet, celular e mp3 e tendem a saber de tudo, muitas vezes mais que os adultos. Longe de subestimá-las, a atração vai celebrar a inteligência, criatividade e vontade de devorar um mundo cheio de informação e cada dia mais veloz. Um dos quadros mais importantes do programa é o “Mano a Mano” e consiste em uma série de entrevistas irreverentes e cômicas entre Tas e uma criança. Os assuntos não têm nenhuma especificidade, mas buscam dar uma pincelada na opinião dos pequenos acerca do mundo em que vivem. “As crianças são lentes de aumento, que captam a realidade de um modo diferente dos adultos, falando sem medo e sem rodeios sobre o mundo atual”, explica Tas.
   Outro quadro fixo é a entrevista com um convidado famoso, comandada pelos próprios garotos. Cerca de dez crianças se sentarão junto à celebridade convidada - políticos, esportistas, atores/atrizes, apresentadores, cantores, etc... - perguntando questões que lhes veem à cabeça, sem o pudor ou a autocensura adotados por entrevistadores mais experientes. Personalidades como o rei Pelé, atração da estreia; os comediantes Marcelo Adnet e Dani Calabresa; e o comentarista Neto já enfrentaram a sabatina dos pequenos, com situações de saia justa e perguntas apimentadas. “O mais surpreendente no trabalho com as crianças é a quantidade de informação que elas absorvem hoje e a visão de mundo que elas têm. Uma visão muitas vezes inocente, irônica, mas ao mesmo tempo certeira. E é isso que o programa vai explorar”, revela Mariano Feijoo, diretor da atração.
   Contando também com uma grande variedade de quadros rápidos e pequenas 'pílulas' (como câmeras escondidas, paródias de programas, comentários sobre acontecimentos atuais e interpretações de vídeos famosos), o programa é feito para as crianças de oito a oitenta anos. 
    Além do mais, é uma grande coragem da Band investir no público infantil num horário tão disputado de audiência como é o domingo à noite. Essa estreia é realmente imperdível! Boa sorte no CGG, Tas! 

Veja agora um teaser do CGG:


quinta-feira, 12 de julho de 2012

RG CRÍTICA #17: O QUE HÁ DE ERRADO COM O “SATURDAY NIGHT LIVE”?


Desde que o programa estreou, há um pouco mais de um mês na RedeTV!, a atração patina na audiência.

Será que Rafinha Bastos é o culpado?

   Foram seis programas até agora. Nas médias de ibope (de São Paulo, o principal), o programa teve 0.8 na estreia e já teve até agora, picos de 2 pontos. O “Saturday Night Live” (SNL) tem todos os requisitos de um programa de sucesso: um formato de programa consolidado no mundo inteiro, um apresentador de peso como Rafinha Bastos, um bom elenco de humoristas, uma diretora que já trabalhou em programas da Rede Globo (Tininha Araújo), já teve como convidadas especiais nomes como Fernanda Young, Marília Gabriela e Sonia Abrão, além de ter todas as cotas comerciais garantidas até o fim do ano. Diante de tudo isso, o que há de errado com o SNL da RedeTV! ?
   Pra começar, o nome; algo que já foi justificado pelo próprio Rafinha Bastos nos primeiros minutos de sua estreia. Se antes ele reclamava que de errado tinha apenas o 'Saturday' no nome, agora o mesmo título já caiu todo por terra: É que as últimas edições do programa tem sido gravadas integralmente no domingo pela manhã, levando ao ar um programa 100% gravado nas noites de domingo. Mas para aliviar o erro do nome, há algumas semanas a RedeTV! passou a exibir reprises do programa nas noites de sábado, à meia-noite e meia, ou seja um “Saturday Night sem Live”.
   Segundo, o roteiro. Como todos nós sabemos, NENHUM programa de TV humorístico nos mantém sorrindo durante TODA a sua exibição (alguém discorda disso?). Mas o que não pode é deixar a gente se enfadar durante uma hora ou dar sorrisinhos amarelos influenciados por risos artificiais, que agora está sendo uma constante no SNL. Levando em consideração o programa do último domingo, os momentos mais engraçados foram apenas: o monólogo de abertura, que apesar de ter a Sônia Abrão como convidada, que não é comediante e não tem timing pra comédia, foi salva pelo excelente texto. O “Weekend Update”, que foi traduzido recentemente no programa para “Notícias da Semana”, que mesmo com algumas piadas (muito) forçadas, garante boas risadas. Renata Gaspar (talentosíssima e uma grande revelação nesse programa) e Marcela Leal se saíram muito bem nas esquetes da Fátima Bernardes e Glória Kalil, respectivamente. E o “A Morte é Sua”, com Sônia Abrão foi a representação de muitas pessoas que sonhavam ver a apresentadora comandando esse tipo específico de programa: uma tirada de mestre. Os outros momentos de domingo passado são irrelevantes, ou seja, risinhos amarelos...

Sônia Abrão comandando o "A Morte é Sua" no SNL: piada bem feita!

   Não pude deixar de perceber algumas semelhanças com a MTV Brasil no SNL. Mas não posso dizer que o “Saturday” copia o “Furo MTV” (no “Notícias da Semana”), o extinto “Comédia MTV” (com as paródias) e o atual “Comédia Ao Vivo”. Pelo contrário, “Saturday Night Live” existe desde 1975, e isso é um mérito que destrói qualquer suspeita de imitação. Mas posso dizer que, ultimamente, a emissora musical faz as paródias musicais e as tiradas de notícias com mais qualidade que Rafinha Bastos e cia.
   Por fim, não poderia deixar de falar dele, o próprio, Rafinha Bastos. Talvez seja essa a razão da baixa audiência do programa, o que eu, particularmente, discordo. As pessoas ainda estariam “influenciadas” com a baixa que ele sofreu na Band ano passado, em virtude de uma piada mal interpretada pela maioria (não lembra? Clique aqui). Talvez essa seja a forma que a massa tenha encontrado de “punir” o humorista, e daí os índices pífios. Mas faço questão de colocar que o “Pânico na TV” (hoje “Pânico na Band”) quando começou na emissora de Alphaville, também atingia 2 ou 3 pontos no ibope, e hoje, depois de quase nove anos de existência, alcança a vice e até a liderança na audiência por alguns minutos dos nossos domingos à noite. É preciso que as pessoas deixem os “falsos moralismos” de lado e deem chance para a trupe de Rafinha Bastos no SNL, pois se tem algo que aquele elenco tem é o tal do talento. E Rafinha Bastos, do jeito que é, tem um humor ácido ímpar, que não deve ser desprezado.
   Por fim, o que há realmente de errado com o SNL Brasil é simples: a inexperiência. Creio que ainda vai levar mais um tempo para o elenco se entrosar, o programa afinar e a audiência engrenar. E se a equipe já está afinada, resta transparecer isso frente às câmeras com mais bons trabalhos. Como todos os novos desafios, erra-se bastante no começo para depois alcançar a excelência. O SNL está tentando chegar lá e eles possuem grandes chances de reagir. Como a própria RedeTV! está fazendo, vamos dar mais um tempo e crédito para eles se adaptarem e agrade mais aos telespectadores em qualidade e, em termos de audiência, a emissora que aposta (muito) neles.

terça-feira, 3 de julho de 2012

RG INDICA #32 – “NA MORAL”: O “PROGRAMA DO BIAL”


Depois de quatro anos esperando, Pedro Bial ganha, enfim, o seu “além-BBB”.

Bial quer falar de assuntos polêmicos no novo programa

            Parece que a Rede Globo em 2012 resolveu investir no carisma de seus principais jornalistas na área do entretenimento. Primeiro foi a Fátima Bernardes com o seu matinal “Encontro”, que ainda busca a sua identidade (e uma audiência sólida). Em setembro, será a vez de Tiago Leifert assumir o comando do reality show musical “The Voice Brasil”. Mas em julho, mais precisamente nesta quinta, será a vez do apresentador do Big Bro... ops! do jornalista Pedro Bial comandar um programa “além-BBB” que recebeu a alcunha de “Na Moral”.
            Nesse programa, Bial estará à frente de uma conversa que contará com convidados anônimos e ilustres e que mudará de assunto em minutos ao longo da atração. “É o recurso que chamamos de autozapping ou dedo nervoso”, diz Marcel Souto Maior, que assina a redação final do programa, e que também criou o “Profissão Repórter”. Além deles, um famoso fará as vezes de DJ, com músicas relacionadas ao tema de cada edição. A plateia, que muda de lugar a cada semana, também pode participar. No programa de estreia, o cantor Alexandre Pires discotecará na atração, além de abordar o silêncio da modelo Carol Francischini, a top que está envolvida no fim do casamento de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. Carol está grávida de cinco meses e não divulgou a identidade do pai.
            Para a atração sair do papel não foi fácil. Pedro Bial idealizou o “Na Moral” em 2008; a equipe só se reuniu no ano passado, mas só foi posto algo em prática assim que terminou o “BBB 12”, em março deste ano. A escolha do nome se deu pela expressão que os adolescentes repetem sem parar. “Meu filho de 14 anos fala isso a cada três frases. É meio Michel Teló, gruda”, diz Bial. Segundo o jornalista, a ideia é levantar debates que incluam a moral de alguma maneira, com temas polêmicos e assuntos menos factuais. Como o próprio nome exige e remete a uma certa canção do pop-rock nacional, a banda Jota Quest, autora da musica “Na Moral”, gravou uma versão especial para o programa.
            O dinamismo será a marca do “Na Moral”. A intenção é gravar no sábado, exibir às quintas e avaliar a repercussão nas redes sociais, analisando o que pode ser melhorado ou aproveitado para a edição seguinte. O cenário, o tema e até a participação do público, que é formada por uma plateia de 60 pessoas, será modificado a cada semana. Então, anote aí: “Na Moral” estreia na noite desta quinta-feira, dia 05, depois da exibição da novela “Gabriela.
Veja a chamada de "Na Moral":

domingo, 1 de julho de 2012

RG CRÍTICA #16: AVALIANDO O “PÂNICO NA BAND”


Nove anos no ar e uma bizarrice única. Assim é a Turma do Pânico.

A trupe faz sucesso nas noites de domingo da Band.

   Era fim de setembro de 2003 – mais precisamente no domingo, dia 28 – que a Turma do Pânico, elenco de grande sucesso humorístico da Rádio Jovem Pan, mostrava pela primeira vez a versão televisiva da trupe na RedeTV!. O elenco – desde o início – formado por Wellington Muniz (Ceará), Rodrigo Scarpa (Vesgo), Márvio Lúcio (Carioca), Marcos Chiesa (Bola) e Sabrina Sato, recém-saída do “Big Brother Brasil 3” (Globo), comandados por Emílio Surita, estreou o programa atingindo humildes três pontos no ibope. O tempo passou e o "Pânico na TV" caiu no gosto do público com o seu humor “pitoresco”, agregando fieis ao longo dos quase nove anos que ficaram na emissora de Alphaville. Mas depois de não cumprir os pagamentos da trupe, viu seu produto de maior audiência migrar em fevereiro de 2012 para a Rede Bandeirantes.
   O “Pânico” cria moda (literalmente, eles tem uma grife de camisas!), desenvolve gírias e tendências. Peitos e bundas das Panicats (e de outras mulheres), violências gratuitas, dancinhas incoerentes, expressões inimagináveis, figuras populares e bizarras, imitações e paródias espalhafatosas misturadas a uma edição ágil e narração singular dão vida à atração, que já demonstrou ter um público fiel. Muitos humoristas (ou aspirantes a eles) já passaram por esse programa entre esses nove anos. Mas atualmente, além dos seis veteranos, o elenco se completa com os ótimos Evandro Santo (Christian Pior), Eduardo Sterblitch (Povilho), Daniel Zukerman (sucesso como “O Impostor”), Daniel Peixoto (Alfinete) e o ex-Comédia MTV, Guilherme Santana, a novidade que eles contrataram quando foram para a Band.
   Muitos se perguntaram se a mudança de emissoras afetaria diretamente no programa e se eles iam se dar bem com a equipe do CQC – outro humorístico de sucesso da emissora do Morumbi – mas as respostas foram rápidas: o formato “non-sense” não mudou e tanto o CQC quanto o Pânico respeitam seus espaços, além de juntas fazerem a Band rir à toa com suas respectivas audiências e faturamentos.
   Qual é o limite das brincadeiras do “Pânico”? Nenhum. E é aí que mora o problema, pois ao mesmo tempo que o público curte as zoações dessa trupe, outras vezes conseguem fazer um humor apelativo e sensacionalista que beira ao ridículo.
   Recentemente, eles quase foram processados pelo apresentador Silvio Santos (o original) por “enterrarem ele” (o personagem do Ceará) durante o programa depois que o mesmo os proibiu legalmente de imitar e se aproximar dele, decisão essa que foi estendida a toda emissora. A ação ressentida do Homem do Baú foi tomada porque ele estaria chateado pelo fato da turma ir para a Band e não para o SBT, que já tinha manifestado interesse de contratá-los.
   O “Pânico” inspirou programas como o “Legendários” da Record e um projeto semelhante está sendo criado no SBT, provisoriamente intitulado “Circo Eletrônico”. Mas a bizarrice do Pânico é única! O fato é que, por mais apelativo, louco e desmiolado o programa seja, há um bom público que gosta de ver isso para fugir da mesmice dominical da TV. Na minha opinião, o “Pânico” já teve seu auge em outros tempos, mas como eles próprios tem um quadro recém-criado chamado “Só o Cume Interessa”, é no topo do freak que esses humoristas querem estar e não vão sair de lá tão cedo. E mesmo com todos os seus (muitos) defeitos, desejo vida longa ao “Pânico na Band”.