RG CRÍTICA #42: A EXCITANTE VOLTA DE 'AMOR E SEXO'

Fernanda Lima e companhia estrearam nova temporada em novo dia e horário na Globo. O resultado foi bom para todos nós!

RG INDICA #60: LEITURA DINÂMICA

Revista eletrônica da RedeTV! mostra que existe vida para programas desse gênero além dos domingos.

RG CRÍTICA #41: RETROSPECTIVA 2015

Confira o que foi destaque na TV aberta neste ano.

RG INDICA #59: ESPECIAL DE NATAL 2015

Confira a programação especial da TV aberta para celebrar a noite de Natal.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

RG INDICA #57: COZINHA SOB PRESSÃO

Reality show culinário do SBT está na sua segunda temporada e mostra que cozinhar não tem glamour nenhum.

"A cozinha do inferno" brasileira mostra que não é fácil ser chef hoje em dia.

A gourmetização da gastronomia passa longe do programa “Cozinha Sob Pressão”, no SBT. Enquanto muitos enxergam o hábito de fazer comida uma arte e/ou algo simples e prazeroso, neste reality show os telespectadores percebem que “o buraco pode estar (muito) mais embaixo”. Apresentado pelo chef de personalidade forte Carlos Bertolazzi, a segunda temporada da versão brasileira de “Hell's Kitchen” estreou no último dia 25 de abril e é exibido semanalmente nas noites de sábado, às 21h30.

Diferente da proposta do MasterChef (Band), que pretende revelar um novo cozinheiro, o “Cozinha Sob Pressão” trabalha com pessoas profissionais da área, mas num clima de muita competição. Neste segundo ano, o programa agora tem 16 participantes (na primeira teve 14) para disputar o prêmio máximo de 100 mil reais em barras de ouro.

O reality tem a seguinte dinâmica: Num primeiro momento, os concorrentes estão divididos em duas cozinhas, "Azul" e "Vermelha". A cada episódio, as equipes preparam pratos propostos pelo Bertolazzi e precisam convencê-lo de que sabem bem como lidar com a pressão de uma cozinha de um restaurante profissional. Os vencedores das provas podem curtir uma folga, enquanto os perdedores enfrentam duras tarefas. Para completar, os grupos também têm de servir o restaurante do “Cozinha Sob Pressão”. Em todo episódio, os participantes executam um jantar especial para 40 pessoas e lidam com a tensão porque o chef não aceita nada menos que um trabalho de excelência. E com dois participantes a mais neste ano, Bertolazzi poderá eliminar dois ou até mesmo quatro concorrentes de uma só vez.

Descendente de italianos, paciência é que o mais falta ao chef paulista e apresentador do reality, Carlos Bertolazzi. #tenso 

Quatro participantes, dois de cada time, já deixaram a competição nesta temporada: Nathalia Vergili, Esther Magalhães (ambas do time Vermelho), Mario Amorim e Igor Martins (time Azul). Nesta semana, vai ao ar o quinto episódio do reality, que é um formato da ITV, com produção nacional da FremantleMedia (responsável por programas como “Ídolos”, “Mega Senha” e “O Aprendiz”).

E mal começou esta segunda edição, a terceira temporada de “Cozinha Sob Pressão” já foi encomendada pelo SBT. Mesmo com audiência na casa dos 5 pontos, o programa é recheado de anunciantes e tem boa repercussão nas redes sociais. Segundo a coluna Outro Canal, a atual temporada chega ao fim em julho, quando dará lugar ao "Bake Off Brasil - Mão na Massa", uma competição entre confeiteiros amadores, que será ancorada pela jornalista recém-contratada Ticiana Villas Boas. E depois deste, voltaria o "Cozinha Sob Pressão" ainda em setembro.

Para quem gosta de ver cozinheiros à flor da pele, sem dúvidas, este reality show é um verdadeiro prato cheio, com direito a muita torta de climão. Que vença o melhor!

sexta-feira, 15 de maio de 2015

RG RELEMBRA #15: ÉRAMOS SEIS

O baú do nosso blog revisita a história de uma grande novela do SBT.

Novela de época reativou a dramaturgia no SBT em 1994.

Poucas novelas produzidas pelo SBT são tão vivas na memória do público quanto “Éramos Seis”. O primeiro capítulo foi ao ar há 21 anos, mais precisamente no dia 9 de maio de 1994, e marcava a volta da teledramaturgia brasileira na emissora de Silvio Santos. A estreia desta novela, inclusive, foi adiada em uma semana na época, em virtude da morte do piloto Ayrton Senna, que tinha abalado o país.

“Éramos Seis” era a quarta adaptação do romance homônimo da escritora paulista Maria José Dupré para a televisão brasileira, sendo as três primeiras feitas pela extinta TV Tupi no anos de 1958, 1967 e 1977. A versão do SBT teve 180 capítulos, escritos por Silvio de Abreu (hoje, grande autor e diretor de teledramaturgia da Globo) e Rubens Ewald Filho (Isso mesmo! O grande crítico de cinema já escreveu novela!). Eles também assinaram o remake de 77 na Tupi, que lhes rendeu até um Troféu Imprensa.

Esta era abertura de "Éramos Seis". Confira!

Com direção de Del Rangel, Henrique Martins e direção-geral de Nilton Travesso, o elenco de “Éramos Seis” era bem estelar e não deixava a desejar aos “padrões globais”. Nesta novela, haviam nomes fortes como Irene Ravache, Othon Bastos, Tarcísio Filho, Leonardo Brício, Jussara Freire, Paulo Figueiredo, Denise Fraga, Osmar Prado, Jandira Martini, Marcos Caruso, Marco Ricca, Nathália Timberg, Mayara Magri, Umberto Magnani, Flávia Monteiro, Elizângela, Chris Couto, Rosi Campos, Rosaly Papadopol, Ana Paula Arósio, Otaviano Costa, Ney Latorraca, Caio Blat e Wagner Santisteban.

Na sinopse, segundo o site Teledramaturgia, a trama contava o cotidiano da vida de Dona Lola (Irene Ravache), ao lado do marido Júlio (Othon Bastos) e dos quatro filhos: Alfredo (Wagner Santisteban / Tarcísio Filho), Carlos (Caio Blat / Jandir Ferrari), Isabel (Carolina Vasconcellos / Luciana Braga) e Julinho (Rafael Pardo / Leonardo Brício), desde quando estes eram pequenos até a vida adulta, quando Dona Lola termina seus dias sozinha numa casa para idosos. A história transcorria todos os momentos marcantes de sua vida. Desde a luta diária para criar os filhos, passando pela morte do marido, de Carlos (o filho mais velho), vítima da Revolução de 1932; os problemas com Alfredo, envolvido com movimentos políticos e badernas; a união precoce de Isabel com um homem bem mais velho e casado; e o casamento de Julinho com uma moça da sociedade que resultou na ida de Dona Lola para um asilo.

Esta família é inesquecível para os noveleiros de plantão.

Com uma trama bem familiar, não demorou muito para que “Éramos Seis” conquistasse o público com audiências expressivas de até 20 pontos no ibope. Também pudera, o SBT exibia o folhetim em dois horários. Primeiro, às 19h45, estrategicamente, logo após a novela das sete da Globo (que na época era “A Viagem”, pegando ainda sua sucessora “Quatro Por Quatro”) e uma reprise às 21h40, assim que acabava a trama das oito global, na época, “Fera Ferida”. Uma outra sacada interessante do folhetim era que, ao fim de cada capítulo, ao invés de mostrar as cenas do próximo, um personagem “dialogava” diretamente com o telespectador sobre o que acabara de acontecer naquele episódio, criando maior intimidade e apelo ao seu público.

“Éramos Seis” chegou ao fim no dia 5 de dezembro de 1994, ovacionada pelo público e crítica da época. O SBT só reprisou a trama em 2001, entre 22 de janeiro e 23 de março. No último capítulo, um texto de Paulo Bonfim resumiu bem o sentimento dos telespectadores deste folhetim: “Esta é uma novela que não terminou! Riso e pranto prosseguem, criando em nós o velho hábito de sonhar. A Avenida Angélica de ontem, transforma-se num rio que leva para o mar da noite a graça de um tempo que pede para ser eterno. Outras Lolas e outros Júlios virão, oferecendo à paisagem angustiada a rosa de seu amor. Entre personagens povoados de poesia, o personagem maior é São Paulo - o glório São Paulo de 32, no sentir de Guimarães Rosa. Éramos seis e hoje somos tantos a pedir que aconteça em nossas vidas o suave milagre dos dias de outrora!”.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

RG PE #13: AGORA É HORA

Mistura de jornalismo e entretenimento tem dado certo na atração vespertina da TV Clube/Record, que completa seis meses no ar.

Apresentado por Flávio Barra, o programa faz sucesso em Pernambuco.

Parece que foi ontem, mas fará seis meses no próximo dia 3 de maio que a primeira edição do programa “Agora é Hora” invadia as telas da TV Clube/Record. A atração diária e ao vivo comandada pelo jornalista Flávio Barra, que abandonou a seriedade do consolidado “Jornal da Clube” e mergulhou de cabeça nesse projeto, colhe os frutos da popularidade com audiência respeitável e público fidelizado, que lhe dá a vice-liderança e, não poucas vezes, o primeiro lugar no horário.

Chamado internamente de “CQC pernambucano”, a intenção de misturar jornalismo e entretenimento tem rendido um bom caldo. Na equipe que fica na frente das câmeras, o equilíbrio entre dois jornalistas (Flávio e o repórter Jota Júnior) e dois nomes do entretenimento (a drag Jurema Fox e o vlogger Ni do Badoque). Nos bastidores, um time de profissionais liderado pela diretora Jacqueline Araújo. Mesmo bebendo de várias fontes e referências de levar informação e diversão, o “Agora é Hora” conseguiu em pouco tempo imprimir a sua identidade.

Longe da bancada e do terno e gravata, (re)vemos um Flávio Barra mais descontraído, que remete aos tempos áureos de seus programas de auditório, lembrados pelo grande público até hoje, principalmente quando alguma atração musical aparece no estúdio do “Agora é Hora”. Apesar de ser o seu primeiro trabalho na televisão, o jornalista e repórter goianense Jota Júnior caiu nas graças dos telespectadores (principalmente, do público feminino) e consegue colocar o tom certo nas suas matérias, seja nas factuais ou nas pautas mais humorísticas.

Flávio, Ni, Jurema e Jota: Trupe do "Agora é Hora" foi sensação no Carnaval de Olinda desse ano.

Esbanjando simpatia e (claro) muito bom humor, a drag Jurema Fox (Reyson Santos) dá o “toque feminino” que o programa precisa. Jurema é a que tem mais domínio quando o assunto é “lidar com o povão”, público alvo do Agora é Hora. Tanto nas entrevistas com pessoas comuns, artistas locais e até nacionais, a integrante da Trupe do Barulho não deixa a peteca cair. Ao mesmo tempo, Ni do Badoque se destaca nas matérias de comunidade pelo exagero e a facilidade de fazer o público “embarcar na sua onda”, mesmo quando o objetivo final seja apenas cobrar das autoridades alguma providência nesses lugares.

Com trinta minutos de duração, além dos repórteres, boa parte do humor nas matérias do “Agora é Hora” também se destaca pela criatividade na edição. Com uma linguagem que se aproxima de VT's do “CQC” e “Pânico na Band”, o programa da TV Clube consegue inserir desde memes da internet até recortes dos próprios repórteres, dando uma graça a mais e identidade às reportagens da atração.

O sucesso de Flávio Barra e toda sua equipe nesses seis meses de vida superaram a incerteza que havia no início quando Jeison Wallace deixou repentinamente a TV Clube/Record para voltar à TV Jornal/SBT. O “Agora é Hora” é um grande acerto na emissora da Rua do Veiga e merece ter vida longa nas tardes pernambucanas. O programa vai ao ar de segunda a sexta, às 13h40, no canal 9.