RG CRÍTICA #42: A EXCITANTE VOLTA DE 'AMOR E SEXO'

Fernanda Lima e companhia estrearam nova temporada em novo dia e horário na Globo. O resultado foi bom para todos nós!

RG INDICA #60: LEITURA DINÂMICA

Revista eletrônica da RedeTV! mostra que existe vida para programas desse gênero além dos domingos.

RG CRÍTICA #41: RETROSPECTIVA 2015

Confira o que foi destaque na TV aberta neste ano.

RG INDICA #59: ESPECIAL DE NATAL 2015

Confira a programação especial da TV aberta para celebrar a noite de Natal.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

RG ENTREVISTA #07: FLÁVIO BARRA


Falar de um amigo é complicado, principalmente do calibre desta pessoa. E eu não sei vocês, mas eu acredito em destino. Creio que as pessoas são predestinadas, que tem uma missão para cumprir aqui na Terra. Às vezes, essa missão pode nascer ainda no berço. Foi o que aconteceu com essa personalidade que hoje está aqui no nosso #RGEntrevista. Ele é paraense de Belém, filho de jornalista, e desde pequeno sabia o que queria ser, e engana-se quem achava que era comunicador de televisão. Ele queria ser jogador de futebol. Mas o destino - olha só - fez com que ele optasse pela profissão de seu patriarca. Resultado: se apegou às lentes das câmeras, evoluiu e, ao "se arriscar" quando veio para Recife, comandou dois programas de auditório de sucesso, o que lhe rendeu o título de Cidadão Pernambucano. Casou-se com Sabrina Rocha, também jornalista, e é pai do Fábio e da pequena Maria (a sua loucura, como costuma dizer). Hoje, ele é âncora e editor-chefe de um telejornal que possui a vice-liderança isolada de audiência em Pernambuco: o Jornal da Clube. Prestes a completar 20 anos de carreira em 2014, não há dúvidas de que Flávio Barra é exemplo singular de talento, profissionalismo, dedicação e, acima de tudo, destinado a ter a televisão como parte de sua vida.


RG na TV: Sua identificação com o jornalismo podemos dizer que está no sangue. Seu pai, Guilherme Barra, é um grande jornalista paraense, desde pequeno você frequentava as redações e gostava até “de ver o jornal rodar”. Soube também que chegou a vender jornais quando criança para ter a sua independência financeira. Em que momento você descobriu que era hora de correr atrás de seu lugar no mundo da comunicação?
Flávio Barra: Quando descobri que não podia ser jogador de futebol... (risos) Ou seja, bem cedo. Na realidade sempre fui louco por futebol e TV e tinha que aliar essas duas coisas. O jornalismo esportivo foi um caminho natural pela influência em casa, com o meu pai, e pelas minhas paixões. Fui levado a um caminho sem volta, ainda bem.

RG: Sua formação em jornalismo foi na Universidade Federal do Pará, quando ingressou em 1994. Foi ainda na faculdade que você começou a se aproximar da televisão ou já era uma vontade sua?
Flávio: Como eu disse, sempre foi um desejo gigante fazer TV e tive muita sorte. Logo no primeiro semestre da faculdade eu consegui um estágio na TV RBA/Band, em Belém, na editoria de esportes. Era tudo o que eu queria. A partir daí, televisão virou minha casa. Agora que me toquei que nesse ano que está chegando vou fazer 20 anos de carreira... Putz, como tô véio! (risos)

RG: Seu primeiro programa de TV foi ainda em Belém, numa emissora local. O que mudou no Flávio que comandava seu primeiro programa para o atual âncora do Jornal da Clube?
Flávio: Ave Maria... mudou tudo! Não dá pra resumir assim. A vida ensina a gente. Muita gente contribui para a sua formação, e o resultado de um profissional vai muito além do esforço próprio. Mas a principal mudança com certeza é a percepção da dimensão da responsabilidade de comandar outros profissionais e um noticiário. O poder de decisão é sedutor e extremamente perigoso. Quando se é muito jovem você não pensa, só quer chegar lá.

Flávio Barra apresentou o vespertino Tribuna Show.

RG: Você chegou em Recife no dia 07 de dezembro de 2000, disposto a conseguir mais espaço na telinha. Acabou comandando dois programas de auditório (“Muito Mais”, na TV Jornal e “Tribuna Show”, na TV Tribuna), ambos sucessos de audiência. Você sente falta de trabalhar na área do entretenimento ou esse ciclo já se encerrou na sua carreira?
Flávio: Em TV nada é definitivo, os ciclos se renovam. Claro que isso depende de uma série de coisas, entre elas, de uma decisão própria. Nesse momento não quero voltar a fazer programas de entretenimento. O auditório me fez descobrir um talento que não sabia que tinha e essa versatilidade só me ajuda, por isso que não posso dizer que nunca mais faria. O que posso afirmar categoricamente é que hoje eu não mudaria nada do que está acontecendo em minha carreira. Estou muito, muito feliz!

RG: Em agosto de 2006 você ganhou o título de Cidadão Pernambucano na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O que isso representou na sua vida pessoal e profissional?
Flávio: Depois do nascimento dos meus filhos, foi a maior emoção da minha vida. Uma honra sem tamanho. Não dá para explicar.

RG: Foi no ano de 2010 que você passou a trabalhar diretamente com o jornalismo pernambucano ao se tornar um dos âncoras do telejornal Cotidiano, na TV Tribuna. O que foi mais desafiador: trabalhar na redação e apresentação de um jornal diário ou mostrar para os telespectadores um Flávio Barra “mais sério”?
Flávio: Cara, só foi mais um desafio. Não fiz nada do que eu já não tivesse feito antes. O maior desafio na realidade foi apresentar programa de auditório. Voltar para o que eu já tinha vivido em Belém, foi muito tranquilo. A diferença hoje é o comando, a gestão de pessoas. Nunca trabalho pra mostrar ao público o que eu sou ou consigo fazer. Eu apenas trabalho, cumpro com minhas obrigações, amo o que eu faço e só por isso, eu faço. Sou um rato de televisão e um cavalo para trabalhar em qualquer área desse meio de comunicação. Imagino o que passava na cabeça dos telespectadores nessa fase de transição da minha carreira, mas isso não foi decisivo pra mim.

Flávio Barra e Isly Viana na época do "Cotidiano", na TV Tribuna.

RG: Desde que você se tornou âncora de telejornal aqui no estado, a sua bancada sempre foi dividida com grandes jornalistas do nosso estado: Camila Maciel, Júlia de Castro, Isly Viana e, atualmente, Nadya Alencar. O que você aprendeu com elas? Já cogitou apresentar algo sozinho?
Flávio: Não penso em apresentar um telejornal sozinho. Pelo menos isso não passa pela minha cabeça agora. Dividir a bancada com uma outra pessoa eu acho ideal para esse formato de jornal. Todas essas maravilhosas profissionais que você citou, foram e são importantíssimas pra mim e lógico que o aprendizado é diário. Júlia de Castro mostra a cada dia o quanto é talentosa, linda e versátil. Um potencial maravilhoso. Minha amiga Camila Maciel é incrível, uma repórter sensacional. Na bancada é puro charme. Isly Viana é uma jornalista completa e até hoje tenho o prazer de trabalhar com ela. São três anos de aulas diárias e muita admiração. A mulher não desliga, pô! (risos). Devo muito a ela, muito mesmo, inclusive a oportunidade de estar aqui na TV Clube. Ela comprou a briga pela minha vinda pra cá. É responsável por isso. Isly é dona do meu passe! Só faço o que ela manda! (risos) Amo a pessoa e a profissional que Isly é. Sou fã dela. Nos tornamos grandes amigos e tenho muito orgulho disso. E até vir pra TV Clube, não conhecia a Nadya. Pensei que fosse impossível, mas ela é mais bonita pessoalmente. Por dentro ela é linda, uma grande parceira de trabalho. Na bancada o que mais admiro é o poder de improviso dela. É inacreditável a calma e a velocidade com que ela elabora textos longos e fala como se tivesse tudo escrito. Impressionante! São todas grandes mulheres.

RG: Mais que levar informação com qualidade para o telespectador, sei que você também tem um grande fraco por esportes. Pode falar um pouco sobre essa paixão?
Flávio: Como disse no início da entrevista, sou alucinado por esportes. Paixão não se explica, né?! Creio que pelo fato de ter sido atleta talvez. Pratiquei natação, capoeira, basquete muito tempo e sempre amei futebol. O esporte é fundamental na minha vida.

RG: Além do jornalismo esportivo, existe um Flávio Barra apaixonado por música. Você já teve alguns projetos musicais reconhecidos pelo público pernambucano. Há alguma novidade nesse sentido vindo por aí?
Flávio: Sim, sim... (risos) outro vício! Tem um projeto sim, mas como a música se trata, hoje, de um hobby, não sei exatamente quando vai rolar. Quero gravar umas coisas próprias e com parceiros, mas isso vai levar um tempo pra acontecer. Por enquanto estou só caneando com os amigos. No carnaval, a convite do meu grande amigo, o percussionista Mauricinho Luz, vou participar de alguns arrastões com o Fábrica de Samba, em Olinda. Serão 30 percussionistas nas ladeiras. Vou cantar com outros convidados um repertório bem legal.

Flávio Barra apresenta o Jornal da Clube junto com Nadya Alencar.

RG: Desde janeiro deste ano você comanda o Jornal da Clube ao lado de Nadya Alencar, na TV Clube/Record. E mais que apresentar, ainda exerce o cargo de editor-chefe do telejornal. Em entrevistas da época, você colocou que gostaria de contribuir ainda mais para um crescimento da atração, que já tinha uma vice-liderança isolada de audiência. Fechando este primeiro ano, você acha que essa promessa vem sido cumprida? O que podemos esperar do Jornal da Clube em 2014?
Flávio: Graças a Deus, a vice-liderança está consolidada. O crescimento do Jornal da Clube foi acima do esperado pra este ano. Conseguimos bater recordes históricos do horário e da emissora. Em 2014 o que pode se esperar é mais crescimento, temos espaço pra isso. Ainda tem muita gente pra conquistar. Com a seriedade, compromisso do nosso trabalho e a forma que a gente propõe na hora de transmitir a notícia isso fatalmente vai acontecer. Tenho fé.


Não tinha maneira melhor de fechar o ano de 2013 com uma das melhores entrevistas desse blog até hoje. Obrigado, Flávio! =)

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

RG INDICA #48: ESPECIAL DE NATAL 2013

Confira o que a TV aberta preparou para transformar a sua véspera de Natal numa noite feliz.

Bate o sino pequenino! Já é Natal! A correria da vida me impediu de preparar esse post com mais antecedência... Mas mesmo faltando algumas horas para a grande noite, ainda está em tempo para você ficar sabendo das programações da TV aberta e escolher em qual emissora você deixará a TV ligada para aproveitar junto com a família e a grande ceia. Vamos lá?

SBT apresenta “UMA NOITE MÁGICA”


Faltando uma hora para a chegada do Papai Noel, a faixa de filmes do SBT, “Cine Espetacular” traz um filme especial de 1998. O longa “Uma Noite Mágica” (Jack Frost) traz na sua sinopse a história de Charlie (Joseph Cross), de 12 anos, que adora seu pai, Jack Frost (Michael Keaton), embora muito ausente. Pouco tempo antes de morrer num acidente de carro, Jack presenteia o filho com uma gaita. No Natal seguinte, o garoto toca gaita para o boneco de neve que acabara de criar, e quem, magicamente, parece se transformar em seu pai. Henry Hollins, Kelly Preston e Mark Addy completam o elenco do filme, dirigido por Troy Miller.

SINTONIZE: O filme “Uma Noite Mágica” vai ao ar às 23h, logo após o Programa do Ratinho, no SBT.*

RECORD apresenta “CHITÃOZINHO & XORORÓ ESPECIAL”


A emissora dos bispos apostam em música sertaneja para embalar a noite de Natal. A dupla Chitãozinho & Xororó terá um especial de uma hora para animar os telespectadores. Na verdade, os anfitriões desta atração não tiveram trabalho para preparar este programa, já que, na verdade, veremos os extras do “Domingo da Gente” apresentado por eles, que foi ao ar no último domingo, 22 de dezembro. Acontece que a dupla gravou mais de 20 horas de conteúdo, por isso a Record abriu mais este espaço na programação, além das três horas que já foram exibidas anteontem. Na atração, a dupla recebeu vários convidados especiais como Sandy, Junior Lima, Fresno, Bruno & Marrone, Victor e Léo, Andreas Kisser, Fábio Jr. e Família Lima.

SINTONIZE: O especial da dupla Chitãozinho & Xororó será exibido às 22h15, logo após o especial “Natal Bom Pra Cachorro”.*

BAND apresenta “ANDRÉ RIEU E AMIGOS”


A música também vai tocar na Band, mas aqui, será clássica. Trata-se do especial André Rieu e Amigos. Rieu é famoso por unir musica clássica, hits da musica popular mundial e canções folclóricas em mega concertos, com muita fantasia, luxo e vibração da plateia. Esta atração da Band é a sétima versão do espetáculo que ele apresenta anualmente, com sua orquestra, na sua cidade natal, Maastricht, na Holanda. Ano passado, o músico foi a atração de Natal do SBT. Dessa vez, Andre Rieu convidou para seu espetáculo amigos de várias partes do mundo como Jermaine Jackson, Trini Lopez e o virtuoso Carlos Buono, ícone do tango argentino. O repertório do concerto abrange entre outras, canções clássicas como “Hallelujah”, uma das maiores músicas de todos os tempos; “La Bamba”, a releitura da canção folclórica mexicana imortalizada por Ritchie Valens e “Amigos Para Siempre” canção escrita por Don Black, para os Jogos Olímpicos de Verão de 1992, em Barcelona.

SINTONIZE: O especial “André Rieu e Amigos” vai ao ar às 22h40, na Band.*

TV BRASIL apresenta “ORQUESTRA DE SANFONAS SEU DOMINGUINHOS”


Tem música regional no natal da TV Brasil. A emissora leva ao ar um espetáculo produzido pela TV Antares. Trata-se do especial Sonante Brasil gravado com a Orquestra de Sanfonas Seu Dominguinhos, uma apresentação de sanfoneiros que exalta a obra do grande mestre Dominguinhos. Criada pela Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, de Teresina-PI, a Orquestra de Sanfonas Seu Dominguinhos é uma homenagem ao instrumentista, cantor e compositor Dominguinhos, que faleceu aos 72 anos, no dia 23 de julho de 2013. A Orquestra é formada por 20 sanfoneiros piauienses e foi lançada oficialmente durante as festas juninas deste ano, sob o comando do maestro Ivan Silva. O grupo conta com sanfoneiros jovens como o pequeno Isac do Acordeon, com apenas 10 anos. E também tem veteranos como Francisco Alves, o “Muriçoca”, com 63 anos, um dos mais velhos da orquestra.

SINTONIZE: O especial da Orquestra de Sanfonas Seu Dominguinhos é exibido às 11 da noite, na TV Brasil.

GLOBO apresenta “KUNG FU PANDA 2”


A Globo segue a sua tradição de escolher um produto infantil para a noite de Natal. Depois da Turma da Mônica em 2011 e O Rei Leão no ano passado, mais uma animação foi escalada para a criançada: “Kung Fu Panda 2”. O enredo traz a continuação da história de Po, que vive o sonho de ser o dragão guerreiro, protegendo o Vale da Paz ao lado dos mestres Shifu, Tigresa, Macaco, Víbora, Louva-deus e Garça. Mas sua vida pacata chega ao fim quando surge um novo inimigo, o lorde Chen, que possui uma arma secreta capaz de permitir a conquista da China e provocar o fim do kung fu. E para impedí-lo, Po e os Cinco Furiosos precisam cruzar o país e lutar para derrotá-lo. O filme americano é de 2011 e tem a direção de Jennifer Yuh Nelson.

SINTONIZE: O Cinema Especial, com o filme “Kung Fu Panda 2” vai ao ar a partir das 22h20 da noite, na Globo, logo após a novela “Amor à Vida”.*

*Horários de Brasília.

RG RELEMBRA #08: QUAL É A MÚSICA? (SBT)

O quadro mais nostálgico do blog conta a história da gincana musical mais divertida da TV brasileira.

"Está na hora de brincar de Qual é a música!", dizia Lombardi no início do programa.

O ano é 1976. Assim que o apresentador Silvio Santos deixou a Rede Globo e resolveu criar a sua própria emissora, a TVS (que se chamaria SBT tempos depois), levaria ao ar, dentro do “Programa Silvio Santos” a versão brasileira do formato “Name That Tune”, que foi batizado em nosso idioma como “Qual é a Música?”. A gincana musical que agitava os anônimos gringos lá fora chegou no Brasil para divertir os próprios artistas e, claro, entreter os telespectadores que, sem dúvida, brincava em casa, sozinho ou com os pais e amigos.

Naquele tempo, os participantes eram divididos por sexo (homens X mulheres) e tinham que mostrar o quanto sabiam de música e, quando não conheciam as respostas, era a vez de Silvio passar a participação para o auditório, que cantava e ganhava prêmios em dinheiro. Foi um dos principais quadros do Programa Silvio Santos durante boa parte dos anos 70 e 80, só perdendo em interesse para o Show de Calouros. Nele também ocorria farta distribuição de prêmios aos fregueses do extinto carnê do Baú da Felicidade.

Ainda naquela época, o programa de uma hora e meia originalmente começava com Lombardi anunciando: "O carnê de mercadorias do Baú da Felicidade, por [valor] milhões de cruzeiros quer saber Qual é a Música?!". Dentro do cenário, havia uma banda ao vivo com três vocalistas e um casal de dubladores. Entre as vocalistas da primeira versão estava a cantora Sula Miranda, que mais tarde se tornaria “a Rainha dos Caminhoneiros”.

O programa começou em 1976, assim que Silvio saiu da Rede Globo.

O programa deixou de ser vitrine do Baú da Felicidade em 1989. A partir desse ano, o Baú passou a fazer promoções diferentes, como os quadros Mina de Ouro, Raspe e Ganhe na TV, A Felicidade Bate à Sua Porta e o Tentação. Nesse meio tempo, o Qual é a Música também foi perdendo a importância dentro do Programa Silvio Santos e saiu do Programa Silvio Santos em novembro de 1991.

E no dia 1º de agosto de 1999, o programa volta repaginado nas tardes de domingo do SBT. Para este revival, houve algumas mudanças no formato do programa. Primeiro, que a competição entre homens e mulheres deu espaço a times mistos. A banda ao vivo também foi colocada nesta nova versão, mas também houve modificações: nas negociações para a volta da atração, Rhony Rays (que fez parte do trio de cantores nos anos 70) conta que as cantoras Kiki e Andressa foram indicações dele ao diretor da nova versão, Luiz Bento, para que integrassem o coral. Kiki já havia cantado no Show de Calouros e Andressa no Raul Gil, anos antes. Segundo Rhony, ele iria voltar ao coral, mas os norte-americanos, donos dos direitos sobre o formato do programa, não queriam ninguém da versão antiga (exceto, claro, Silvio Santos e Lombardi). Josias, então, formou o trio.

Também foi cogitado neste remake o nome de Ronnie Von para apresentar a atração no lugar de Silvio Santos, já que ele é o príncipe da Jovem Guarda e um dos maiores campeões da competição. Mas Silvio preferiu não arriscar e ele assumiu o comando do programa mais uma vez. Em relação ao casal de dubladores, foi assim que conhecemos Ellen Rocche e Felipeh Campos, e ambos conseguiram fazer carreira fora do programa. Completando a banda, o primeiro maestro do “Qual é a Música?” foi Osmar Milani. O famoso Zezinho era apenas o pianista do Leilão das Notas Musicais, chamado por Silvio de Pianista José. Depois, Zezinho passou a comandar a Orquestra. Na montagem dos anos 2000, esse posto foi ocupado por Alairton Assunção, com a aposentadoria do Zezinho.

Nesta foto, já vemos a versão dos anos 90 do "Qual é a Música?"

VAMOS JOGAR?!

O roteiro do “Qual é a Música” era bem definido. Para construir um programa, são necessárias 56 canções. E é nessa sequência de jogos que a competição era feita:

Jogo dos Versos: Toca-se uma música e quando parar tem que continuar. Geralmente, eram 5 músicas para cada grupo. Tinha “recuperação”. Se errassem na primeira resposta, voltava depois de terminar a bateria. Se errassem novamente, o grupo adversário pode responder.

Vitrine Musical: Eram apresentados quatro "produtos", divididos por temas. Cada tema tinha quatro notas: DÓ, RÉ, MI, FÁ. Cada grupo tinha direito a escolher o tema e a nota três vezes. Uma vez para cada grupo. Toca-se uma música correspondente ao produto. Os participantes tinham que dizer o nome da música e quem cantava. Se errasse na primeira resposta, o adversário pode responder.

Relógio Musical: Cada grupo tinha 60 segundos para adivinhar o nome de 6 músicas (ou seja, 10 segundos de cada), ouvindo apenas os instrumentos. Para ajudar, Silvio dizia apenas quem cantava. A equipe podia "passar" duas músicas. Se sobrar tempo, as músicas erradas e passadas podiam ser repetidas. Tinha “recuperação”, seguindo o mesmo sistema do Jogo dos Versos.

Segredo Musical: Cada grupo tinha que adivinhar o nome da música através da leitura de um verso da canção. Eram três segredos para cada um, um por vez. Ex: Time 1 recebia: "Luz que banha a noite". Se não soubesse qual era, passava pro time 2, com um verso a mais: "Luz que banha a noite, e faz o Sol adormecer". Se não adivinhasse, volta para o time 1, agora com três versos: "Luz que banha a noite, e faz o Sol adormecer, mostra como eu amo você". Se não adivinhassem, ninguém marcava ponto.

Vitrola Musical: Cada grupo escolhia um número de 1 a 4, um por vez. Quando escolhiam, ouviam um trecho da música. Eles tinham que adivinhar o título, quem canta e responder uma pergunta, ou sobre a canção ou sobre o artista. Se errassem na primeira resposta, podia passar para o adversário.

Leilão das Notas Musicais: A prova final e a mais importante (e a mais legal!). Cada grupo recebia três dicas para formar o título da música, um por vez. A dica podia formar ou ajudar a formar o nome da canção. Ex: Um sentimento + A quarta letra do alfabeto + O mais famoso produto feito do cacau forma o título dessa música. Antes de responder, eles precisavam dizer "com quantas notas" eles queriam ouvir o maestro e responder. Se pedissem uma nota, é porque geralmente já sabiam. Se pedissem mais de uma, podia passar para a equipe adversária, que pode pedir menos notas ou devolver pra eles perguntando: "qual é a música?", desafiando a equipe a respondê-la. Como era a prova mais importante, cada resposta certa (ou errada) valia 3 pontos. As outras valiam 1 ponto cada.

Em 2013, a Record comprou os direitos do programa e chamou de "Desafio Musical".

Além destes seis jogos, Silvio Santos ainda colocou nessa nova versão o “Não Erre a Letra”. Que entre um jogo e outro, os integrantes eram a desafiados a cantar qualquer música de sua escolha, desde que não errassem a letra da canção. Se isso acontecia, o auditório vaiava, fazia barulho e se ouvia um pato “zombando” do participante. Se passassem por esta prova, era mais um ponto para a sua equipe.

O “Qual é a Música” teve grande sucesso enquanto esteve no ar nas tardes de domingo, apesar de algumas pausas e reformulações. Nesse tempo, uma versão em tabuleiro e em CD-ROM foram comercializados pelo SBT. Em maio de 2008, o programa foi extinto e reduzido a um pequeno quadro dentro do “Programa Silvio Santos”. O trio de cantores Andressa, Kiki e Josias estão lá até hoje. Em fevereiro deste ano, os direitos do formato foram comprados pela Record e a atração foi chamada de “Desafio Musical” dentro do Programa do Gugu, na tentativa de reverter a baixa audiência. Infelizmente, a aposta não deu certo e foi encerrada junto com o programa inteiro no último dia 09 de junho.

Sinto falta de brincar em frente a TV dessa gincana musical bastante divertida, e nada mais justo que registrar essa lembrança aqui, no nosso #RGRelembra. Assista abaixo uma edição do programa na íntegra, que teve participação da saudosa (e gracinha!) Hebe Camargo: