quarta-feira, 20 de novembro de 2013

RG CRÍTICA #29: CHIQUITITAS

Tá todo mundo chique nessa novela? Vamos expor tudo tudo que se passa no folhetim.


Esta crítica sobre a novela “Chiquititas”, em especial, vai se dividir em duas partes. A primeira, terá fragmentos de um texto inédito que escrevi após o primeiro capítulo da novelinha, no dia 15 de julho. A outra contemplará uma análise mais atual, onde assisti o capítulo 92, veiculado ontem, dia 19 de novembro. Confira:

Analisando o início...

Elenco principal do remake de "Chiquititas".

Podem me bater. A estreia da nova versão de “Chiquititas”, no SBT, é bonita? Sim. Encantadora? Também. Bem feita? Sem dúvida. Mas como nem tudo que reluz é ouro, todo remake sofre inevitáveis comparações com a versão original. E eu, como criança telespectadora da versão de 1997 a 2001 tenho memória suficiente para fazer esse paralelo. E é aí que eu encontro os pequenos defeitos dessa nova trama assinada por Íris Abravanel, sem “mentirinhas”.

Ao assistir o primeiro capítulo, já gostei da música inédita “Todo Mundo Chique”, que foi uma forma simples de dizer: “Atenção! Esta é uma história nova.”

Mas aí veio a minha primeira grande decepção. A nova Ernestina, interpretada pela ótima Carla Fioroni (saudades da Mimi, de Marisol: “Fazer o quê? Eu sou assim.”), no texto de Íris é uma governanta dominada pelas crianças, que gosta(?) delas e pior: tem medo de aranhas! Gente, cadê a bruxa que metia medo nas pequeninas e tinha uma aranha de estimação, a Brunilda? Saudades, Magali Biff! Ponto negativo.

A trilha sonora da novela é algo à parte. As releituras de algumas canções da primeira versão de “Chiquititas” ficaram muito bem feitas. Destaque para “Remexe”, “Tudo Tudo”, “O Chefe Chico” e “Igual aos Demais”. Mas, também seguindo a linha de “Carrossel”, Íris insere canções da MPB, como “Velha Infância”, dos Tribalistas. E ainda teve espaço (de novo!) para Chico Buarque emplacar “Pirueta”. Só não gostei de um tecnobrega que tocou (não tive nem paciência para pesquisar que música era), e pelos 30 segundos que ela soou na novela, já achei de mal gosto.

Carla Fioroni faz uma Ernestina bobinha demais...

Voltando a falar do elenco, faço mais duas considerações que não me convenceram em suas primeiras aparições: Giovanna Gold, na pele de Dona Carmem e, infelizmente, Manuela do Monte, como Carolina. A visão jovial de Carmem da nova versão destoa muito da coroa chata de 1997, interpretada com maestria por Débora Olivieri. E Manuela do Monte vai ter que comer muito feijão com arroz (ou muito doce no novo Café Boutique) para chegar na doçura de Flávia Monteiro.

E sobre as novas crianças? Olha, não vou entrar no mérito de julgá-las ainda. Mas o que eu posso dizer é que elas começaram bem e tem tudo para prender o público. A empolgação e a vontade de fazer bem feito está nítida em todas elas. Mas não posso deixar de mencionar que a nova Mili, interpretada por Giovanna Grigio, já disse ao que veio e honra o posto deixado pela queridíssima Fernanda Souza.

Por fim, a abertura foi o que me incomodou bastante. Na primeira versão, o foco era as crianças, as coreografias, a letra da canção. No remake, tudo isso foi abafado pelo excesso de artes gráficas e, ora vejam só: a presença de uma banda feita pelos adultos do elenco, bastante desnecessário. Em outras palavras, a simplicidade da primeira abertura se perdeu no excesso de tecnologia e informações da segunda. Se seguir os passos da primeira versão, não vejo a hora de surgir a segunda abertura. Será que virá o “Mexe Lá”?


Abertura de Chiquititas: excesso de informação.

91 capítulos depois...

Após um pouco mais de 90 capítulos veiculados, decidi retomar meus olhos para “Chiquititas” e ver a quantas andava o remake da versão argentina no SBT. E logo no começo do capítulo, tive a sorte de acompanhar a estreia do clipe “Mentirinhas”, que foi sucesso na versão original também. Ao comparar com o mesmo videoclipe dos anos 90, lógico que em qualidade a versão de 2013 é superior, mas ambas pra mim empataram no quesito emoção. É difícil você olhar pra Tati (Ana Olívia Seripieri [97] / Gabriella Saraivah [13]) e ouvir o que a letra diz sem ficar comovido. A presença das outras Chiquititas no novo clipe também foi bastante interessante.

Uma tendência no texto de Íris Abravanel desde “Carrossel” e vejo se repetir em “Chiquititas” é a necessidade de “atualizar” a trama na linguagem e com as questões das crianças de hoje em dia. Estou me referindo ao mundo da internet, que permeou quase que o capítulo inteiro que assisti, e o bullying na escola. No primeiro quesito, conheci o “Friendibuqui”, a rede social usada na novelinha, além das crianças aprontarem com Ernestina e o Chefe Chico para que eles arrumem uma companhia pela rede mundial de computadores. O melhor foi ouvir a frase: “Manda uma 'piscadela' pra ela, Chico!”, referindo-se ao “cutuque” que conhecemos atualmente. Também vimos a Mili gravando um vídeo contando a sua história para ser compartilhada nas redes sociais e ajudar a encontrar seus pais. Algo que, de fato, não faria sentido em 1997.


Gabriella Saraivah gravando o clipe "Mentirinhas". Ficou muito bonito!

A questão do bullying foi interessante de assistir. No episódio, Vivi (Lívia Inhudes) tenta entrar no grupo das “Top 3” da escola, que são três meninas riquinhas e fúteis que só fazem falar mal de todo mundo, fazendo com que ela se afaste das meninas do orfanato. Para conseguir “ser aceita” no grupo, ela teve que pegar o contato de um menino que passava por elas e expulsar a terceira menina do trio. O capítulo terminou com ela em dúvida se faria essa última prova ou não. Já a minha dúvida após ver essa trama era saber se a Vivi de 1997 (vivida pela linda Renata del Bianco) era tão influenciável assim.

Um outro fato que não me agradou muito é o grande destaque do elenco adulto durante os capítulos. No episódio de ontem, por exemplo, eu vi mais os personagens do núcleo Café Boutique do que o Orfanato Raio de Luz. Aliás, uma coisa que eu também fiquei em dúvida era se dentro de 90 capítulos da primeira versão, a Carolina já teria assumido a direção do orfanato, pois me passou a impressão de um ritmo lento da trama. Além disso, teve dois flashbacks longos no capítulo de cenas que se passaram neste mesmo episódio. Será que valia a pena perder tanto tempo com momentos que tínhamos acabado de ver?


Na foto: Carolina, Pata e Mili. Enquanto as crianças vão bem, a protagonista
adulta segue apagada na trama.

Minhas impressões sobre alguns personagens também não mudaram muito desde quando assisti a estreia. A Ernestina continua boboca, o Chefe Chico não convence e a Carolina ainda está mega apagada na novela. No núcleo infantil, além do bom trabalho da Giovanna Grigio, percebi uma evolução positiva na atuação das outras meninas do orfanato. Já os meninos... Bem, deixemos para a próxima. A trilha sonora, cenários e fotografia continuam impecáveis.

Apesar dos pesares, esta versão 2.0 de “Chiquititas” já pode ser considerada mais um grande sucesso. Conseguiu superar as expectativas e a pressão de continuar os bons índices de audiência deixados por “Carrossel”, além de ser um fenômeno de vendas. Com isso, o SBT se consolida no segmento de dramaturgia infantil, para a alegria das crianças de todas as idades.

11 comentários:

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  2. a aranha nunca foi da Ernestina, nem na primeira versão e nem nessa, vamos pesquisar melhor, e é pq assistiu a original... a aranha é da Matilde (irmã GÊMEA de Ernestina) e a Ernestina tinha medo de aranha sim! na versão de 97 kkkkkkk sabe de naaada inocente :P

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  3. Gente não conheço a primeira versão mas está pior que novelas das oito vilão demais as crianças ficam ansiosas com tanta personagem perigosas. deveria desenrolar mais rápido as maldades,,,,,,,,,,,,
    Maria Paula.

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  4. Graças aos anos 90, década em que eu nasci, eu fui privilegiado em assistir chiciquitas em sua versão original, brasileira. E Vou te conta nem cuspe essa versão merece pq cuspe é agua e agua é vida. ESSA NOVA VERSÃO É UM LIXO .
    Me adc no Face Jerf Gc e a gente discute mais a respeito.

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  5. Carolina assume o orfanato no capítulo 110 em 1997. Nessa versão, só agora que o José Ricardo morreu, mais de 220 depois.

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  6. e Mili tem que ficar com o Mosca pq se ela nao ficar eu nem a parte de recife vamos pq esta todo mundo contra isso

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    1. Mili tem que ficar com mosca se não ninguem assiste

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  7. Eu me chamo jiao acho essa novelhinha uma bosta ese orfanato parece um grande hotel5 estrela. Tudo uma farsa. seu bosta. por acaso ja visitou um arfabato

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  8. Orfanato com internet kkkkk que lixo essa versao nao e lixo.Chamar isso de lixo ofende o proprio lixo e uma m.... mesmo.Assisti de 1997 a 2001 eles qauiseram fazer uma versao compactada estilo winrar voce assiste 4 em 1 kkkkkk mais acabo dando fail ne.Tadinha das criancas e o pior que vi ate metade achando que ia assistir chiquititas assisti refaketitas

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  9. O pior de tudo é que as crianças do orfanatos são mimadas e luxuosas. A Dani é uma menina mal educada e a Carol nunca a repreende de vdd. E não importa o que aconteça a Milly é sempre a salvadora da pátria. Até mesmo quando o enredo não é dela. Uma novela muita chata!

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  10. A verdade é que o SBT não sabe a hora de parar.
    Foram esticando a novela como se não tivesse mais e inventando mil histórias que nunca andavam.
    Mas o pior pra mim é o fato das crianças não serem adotadas,sempre acontece alguma coisa que impede ( o casal é chato,o pai é bêbado,a mãe é doente) fora o fato de que sempre ficam entrando crianças novas e as outras não vão embora.

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