sábado, 26 de maio de 2012

RG ENTREVISTA #01: ISLY VIANA


Novo quadro do #RGnaTV dará espaço para que grandes profissionais da televisão exponham suas opiniões sobre os assuntos pertinentes à esta área.

Isly Viana
   HONRA. Não há outra palavra que distinga o que estou sentindo ao inaugurar este novo quadro aqui no #RGnaTV que, a partir deste post, começará a dar mais espaço para a TV pernambucana (mais detalhes em breve!). Principalmente porque a pessoa que atendeu ao meu humilde pedido de estrear este espaço é a profissional mais incrível que já conheci na minha iniciante caminhada na área jornalística, e que acredita em meu potencial. Mais que minha chefe, essa mulher de fibra nascida em Garanhuns, curiosa, de bem com a vida, cristã, apaixonada por Júnior e Caio - marido e filho, respectivamente - já estagiou em quatro lugares ao mesmo tempo (sendo três veículos diferentes!) e largou uma promoção de trabalho para estagiar de graça numa produtora de futebol no início de carreira (mesmo sem entender nada do assunto!). Atualmente, ancora com seriedade e personalidade o telejornal “COTIDIANO” de segunda à sexta, no sagrado horário de almoço da TV Tribuna/Band, ao lado de Flávio Barra. Por todos esses predicados, começo com pé direito o primeiro #RGEntrevista ao apresentar pra vocês a história, as convicções e lições dela: a jornalista ISLY VIANA.

RG na TV: Porquê escolheu Jornalismo para a sua vida profissional?
Isly Viana: Sempre gostei de contar histórias, descobri-las e apurá-las a fundo! Sou muito curiosa! A isso somei meu “sonho” de trabalhar em TV. Amo TV! Como sou do interior (nasci em Garanhuns) achava impossível, mas talvez isso tenha me motivado a correr atrás! Ao me tornar jornalista, sei que tenho nas mãos um tesouro que poucas pessoas tem: voz! Voz no sentido de ser ouvida, de ser levada a sério! Muitas reportagens que mostramos são queixas que a população faz há séculos, mas que só são consideradas pelo poder público se forem expostas num programa de TV. Gosto muito de ser útil! De servir! Então, acho que o jornalismo me permite unir muitas das minhas características!

RG: O que o período de estágio representou pra você?
Isly: Eu não teria chegado a lugar nenhum sem ter estagiado! Digo isso sem medo de errar. Houve épocas em que estagiava em 4 lugares diferentes: TV Tribuna, Folha PE, TVU e Revista Construir! Queria tudo ao mesmo tempo e aprender o máximo que pudesse, pois sabia que o mercado era restrito e cobrava referencias e experiência! Quando eu estava no segundo período, larguei um emprego onde já havia sido promovida e ganhava um bom salário para estagiar de graça numa produtora que cobria futebol! Não entendia nada de bola e nem de TV, mas aquela era a minha chance de entrar no mercado! Fui com tudo e hoje agradeço a Deus por aquela oportunidade!!

RG: Apresentar um telejornal diário era o seu maior objetivo na área?
Isly: Entre os meus sonhos, apresentar o jornal era um deles, mas não imaginei que chegaria tão rápido! Achava que ainda tinha muito o que aprender na reportagem (ainda acho, pois não vivo sem novidades, sem aprendizado), mas sabia que já tinha me dedicado bastante e que poderia crescer. Hoje sinto falta das reportagens, pois, como já disse, sou curiosa, gosto de ter o que mostrar e de ir atrás da notícia, mas me sinto realizada como apresentadora, pois o comando do jornal é uma responsabilidade desafiadora.


Isly atuando como repórter pela TV Vanguarda

RG: Qual a sua opinião sobre a atual não-obrigatoriedade do porte de diploma para o exercício profissional do jornalismo?
Isly: Acho uma posição irresponsável e segregadora. Irresponsável devido aos critérios jornalísticos, tão importantes para a construção da notícia séria, imparcial e ampla. Os veículos sérios prezam pela apuração detalhada, pela ampla busca da notícia verdadeira, pelo questionamento criterioso, pela abordagem prudente... Segregadora porque essa medida visa atender apenas aos interesses de empresas que querem conduzir o jornalismo de acordo com os seus interesses, e colocar “personagens” à frente da notícia, dando a ela a cara que melhor lhe convier. É claro que a internet nos permite liberdade de expressão e mais opções de se manter informado, mas, precisamos ter uma referência. Se vimos um boato escrito em algum lugar, logo consultamos um jornal ou portal de nossa confiança para comprovar.

RG: Para você, como está a Televisão Pernambucana?
Isly: Gosto muito do cenário jornalístico da TV Pernambucana. Aqui temos uma concorrência forte, que obriga todas as emissoras a correr atrás da melhor notícia, do melhor ângulo, da melhor versão. Digo isso pincipalmente depois de passar por outras praças, em que havia o predomínio de uma única emissora. Era boa, mas não precisava se esforçar para ser melhor, pois não tinha outras na cola. Aqui não! Todas as emissoras competem fortemente, mesmo com altos e baixos, e isso é muito bom para os jornalistas, pois há um mercado fortalecido e atuante, onde podemos nos dedicar e desenvolver melhor a carreira.

RG: Já que você trabalha na Tribuna, o que mudou de concreto com o câmbio de emissoras no início deste ano (Record pela Band)?
Isly: Foi uma renovação de ânimo para as duas emissoras. Com a Band, os jornalistas locais tem mais espaço na programação nacional, já que eles não tem equipe de rede aqui. A Band oferece maior liberdade de grade, então podemos ter novos programas. Além disso, a programação nacional da Band está mais fortalecida. Há investimentos em muitos programas de qualidade, sem falar da forte cobertura de futebol! No ano passado, o presidente do Grupo Band foi eleito um dos empresários do ano pela Revista Isto é Dinheiro. Sinal de coisa boa à vista!!!

Isly e Flávio no comando do "Balmasqué" esse ano, já pela Tribuna/Band

RG: O “Cotidiano” é um telejornal de horário de almoço que concorre com telejornais tradicionais de Pernambuco – como o “TV Jornal Meio Dia” (TV Jornal) e o “NE TV – 1ª edição” (Globo Nordeste). Qual o diferencial do “Cotidiano” perante esses noticiários?
Isly: Desde sua criação, o Cotidiano foi pensado para ser um “porta-voz” da comunidade. Na época, não havia ênfase para as notícias do povo, para questões que mexiam de fato com o “cotidiano” dos moradores. Foi importante dar essa cara, pois o público B,C e D consome esse tipo de notícia, se sente representado e se identifica com as questões que vê na TV e isso se reflete diretamente no nosso relacionamento com o público, pois os telespectadores se sentem à vontade para ligar e pedir reportagens, dar sugestões, fazer críticas e avisar sobre o que está acontecendo por perto. Além disso, implantamos uma linguagem mais coloquial, mais conversada... Nós tentamos nos aproximar do público como se estivéssemos sentados no sofá da sala, ao lado do telespectador!

RG: Companheiros de bancada, além de toda a equipe do telejornal, precisam ter muita sintonia. Isso acontece entre você e Flávio Barra?
Isly: Com certeza! No nosso estilo de jornal, acho que não daria certo se não fôssemos realmente amigos. Nos indignamos juntos diante do que mostramos no ar, nos compadecemos, nos alegramos, nos divertimos. De fato, sem sintonia e amizade, não seria tão proveitoso. É preciso se sentir à vontade diante do companheiro, para dividir essa tarefa tão importante! Tive a honra de começar a trabalhar com Flávio há dois anos, e todos os dias aprendemos um com o outro.

RG: Todo jornalista passa por saias justas. Poderia compartilhar, ao menos, um deslize seu pra gente?
Isly: Hum... Passei por uma saia justa durante uma entrevista coletiva presidencial. Era com Lula e Hugo Chavez. Foi no Palácio das Princesas, em 2009, acho. Eu fui escolhida entre os colegas para fazer as perguntas e, entre outros assuntos, questionei Lula sobre a negociação entre o governo brasileiro e a PDVSA, a estatal de petróleo venezuelana. Na hora, Hugo Chavez pediu pra responder e sem que ninguém esperasse, me deu uma “cantada” no microfone! Tudo para explicar que a negociação estava sendo feita com calma, assim como se eu engravidasse dele e tivesse que esperar os nove meses para que o filho nascesse... é mole??? Foi constrangedor, mas também rendeu boas risadas. No outro dia, fui assunto nos blogs!!! Rs...

Isly Viana (primeiro plano) entrevistando Hugo Chávez em 2009.

RG: Quem você admira na área do Jornalismo?
Isly: Tenho muitos “ídolos”. Aqui, tive a honra de aprender com Graça Araújo, ao ser estagiária do TV Jornal Meio Dia. Ela é uma “leoa” para trabalhar! Luta pelo que quer e tem um conhecimento fantástico sobre jornalismo. No âmbito nacional, me inspiro em repórteres investigativos, como Eduardo Faustini e Cesar Tralli. Também sou fã de alguns repórteres esportivos, pois sei como o futebol é capaz de nos dar liberdade e criatividade para escrever. Pedro Bassan e Tino Marcos são verdadeiros poetas! Marcelo Canelas é um professor em cada uma de suas reportagens! Babo em todas! Ultimamente tenho observado bastante a Rachel Sheherazade, do SBT, que tem comentários inteligentes e sempre muito pertinentes!

RG: Fátima Bernardes, Ana Paula Padrão ou Rachel Sheherazade: No estilo de qual dessas jornalistas você mais se identifica?
Isly: Ana Paula Padrão é pra mim um exemplo de que âncora não precisa ficar só presa atrás da bancada. Ela lança pensamentos, está sempre atenta ao que é atual. Nunca esqueço da reportagem sobre como a mulher “quer tudo ao mesmo tempo”. Sou um pouco assim. Quero ser mãe, mulher, profissional... tudo junto e tudo com qualidade. Não abro mão disso!

RG: Apresentaria o “Jornal Nacional” se pudesse?
Isly: Lógico! É um sonho para qualquer apresentadora! Mas é também um reconhecimento por um trabalho de dedicação e qualidade! Sonhos assim existem pra que a gente nunca deixe de se dedicar para dar um grande passo.

RG: Sou estudante de jornalismo, e muitos dos meus leitores também são. Qual a sua dica para ser um comunicador de sucesso?
Isly: É primário falar isso, mas leitura é fundamental! Não dá pra escrever bem e formar sua opinião sem estar bem informado, sem ler para se atualizar com a escrita. Pra ser jornalista, não tem outro caminho! Além disso, é preciso paciência, perseverança e dedicação. O jornalismo não é uma atividade fácil. Muito pelo contrário: o que mais coleciono na vida é “sapo engolido”, mas cada um deles me ajudou a construir uma carreira um pouco mais sólida e madura... Pra quem quer seguir por TV, na frente das câmeras, não tem jeito: tem que cuidar da aparência, da voz, da expressão... ninguém se interessa por uma noticia que vem de alguém sem expressão. O telespectador quer se identificar com você, saber que você entendeu as dificuldades dele, ou que você está trazendo uma notícia que pode fazer a diferença na vida dele! No mais, é colocar o seu jeitinho e correr atrás da notícia! Boa sorte!! #RGEntrevista

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E aí? Gostaram do meu novo quadro? Curtiram a entrevista? Seus comentários e/ou reações são muito válidos pra mim. Deixem sugestões de quem vocês gostariam que eu entrevistasse. Espero que este #RGEntrevista seja o primeiro de muitos! =)

5 comentários:

  1. Tipo :O, muito bom esse quadro Robinho, já to vendo mais sucesso aqui nesse blog rs . e começar logo com a Isly, sempre assisto Cotidiano e admiro bastante a forma que passam a notícia.
    parabéns :D

    www.oquefaltou.blogspot.com

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  2. Muito bommmmmmmm... Parabéns!!! :)

    Eu queria q vc entrevistasse Eliana Victorio.

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  3. Sou FÃ!! Admiro DEMAIS!!

    Sucesso para os dois, SEMPRE!!

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  4. Estou querendo ver o programa balanço geral manhã pernambuco com Islum viana do dia 30/05 2019 que exibio a prisão do foragido da justiça Tiago no bairro de socorro em Jaboatão dos Guararapes

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