Por Merlin! O #RGnaTV vai contar a história da novelinha mais
encantadora da Rede Globo!
O Mundo Real e o Mundo Mágico nunca foi tão divertido!
“Da Floresta Encantada,
entre flores e cristais...” está na hora da gente relembrar
daqueles trinta minutos que tantos nos alegravam no fim das manhãs
de segunda a sexta-feira entre 16 de setembro de 1996 até 20 de
novembro de 1998 na Rede Globo. Trata-se da novelinha “Caça
Talentos”, que passava dentro do programa “Angel Mix”,
comandado por Angélica em sua estreia na emissora carioca.
“Caça Talentos” nasceu da necessidade da equipe do programa em
equilibrar os públicos do Angel Mix. Ao passo que ela comandaria um
programa de auditório com games, desenhos e atrações musicais, que
já agradava um público pré-adolescente, a novelinha teria uma
abordagem mais infantil. Mal sabiam eles que a trama roubaria a cena
e faria mais sucesso que as outras atrações do programa.
Escrita por Ronaldo Santos, Denise Bandeira e Mauro Wilson (este
último responsável pela redação-final da trama) o enredo era
simples: Bela (Angélica) é uma menina que perdeu os pais num
acidente de trânsito quando bebê, e foi achada sozinha, no meio da
floresta, pelas fadas Violeta (Bettina Viany) e Margarida (Marilú
Bueno). Bela cresceu e foi criada num mundo mágico, onde vivia
cercada por duendes, fadas e unicórnios, acreditando ser uma fada.
Ao descobrir que é humana, a jovem passa a enfrentar um dilema:
assumir sua origem e viver como uma mulher do seu tempo ou tornar-se
fada para sempre, vivendo naquele mundo de sonhos e fantasias.
Enquanto Violeta era a fada boazinha, Margarida só queria "descer o cacete!"
Apesar da história parecer bobinha a princípio, a equipe de
autores tiveram algumas preocupações. Segundo Denise Bandeira, o
diferencial estava na própria Fada Bela: “Fazer uma fada que fosse
boazinha, que resolvesse os problemas, blá blá blá, todo mundo
esperava isso da Angélica. A gente fez dela uma trapalhona, então
ela só fazia besteira! Claro que uma vez ou outra ela acertava, mas
ela acertava, normalmente, por caminhos tortos.”, explicou.
As confusões de Bela, claro, não se restringiram ao Mundo Mágico.
Para decidir se queria ser humana ou uma fada, a trapalhona fada Bela
precisava conhecer o universo dos seres humanos. Dotada de um manual
de sobrevivência, ela é enviada à realidade dos mortais, e logo
consegue um emprego na agência de publicidade Caça Talentos,
situada em uma casa onde há uma passagem entre a fantasia e o Mundo
Real.
Com o passar do tempo, Bela se apaixona por Artur (Eduardo Galvão), o dono da Caça Talentos, mas deve esconder seu sentimento até decidir em que mundo quer viver. Isto porque, se ela beijar alguém, deixa imediatamente de ser fada.
Bela e Artur: uma fadinha que se apaixona por um homem desastrado.
Para que a história fluísse de maneira ágil, a novelinha exibia
uma história semanal. Em outubro de 1996, durante 20 capítulos,
Ferreira Gullar, Marcílio Dias e Lílian Garcia reforçaram a equipe
de criação. Em julho do ano seguinte, as histórias passam a ter
dez capítulos, dando maior dinamismo. Em março de 1998, junto com
Angel Mix, a trama passa por uma reestruturação, inclusive de
elenco. A equipe de roteiristas passou a contar com Gilberto
Loureiro, além da colaboração de Mariana Mesquita, Péricles C.
Barros, Márcio Wilson, Duba e Bernardo Guilherme. A direção-geral
era de Carlos Magalhães.
A novelinha foi gravada nos estúdios da Tycoon e no Projac. O
cenário da floresta onde se passava grande parte da ação do
folhetim contava com árvores e um lago artificial. No
Projac, o cenário consumiu cerca de 100m2 de grama verdadeira. Caça
Talentos também contava com muitos efeitos especiais para ilustrar
as mágicas da fada Bela e de seus amigos do mundo da fantasia.
Além de Bela, Artur e as fadas Margarida e Violeta, a trama tinha
muitos outros atores no elenco, além de contar com várias
participações especiais. Emiliano Queiroz interpretava o Honorável
Kelvin (bate!), chefe supremo do mundo das fadas; Tony Tornado fazia
o Avalanche, um segurança da Caça Talentos; Antônio Pedro era o
Tremedeira, o chefe da cantina; Cláudia Rodrigues vivia a engraçada
secretária Karina (qué ééssso?), sendo a sua estreia na TV Globo;
Helena Fernandes era Silvana, a vilã que disputava com Bela o amor
de Artur e escondia seus poderes de bruxa; Ana Furtado viveu a Drica,
fiel escudeira de Silvana e uma aprendiz de bruxa pra lá de
atrapalhada. Também atuaram na novela os atores David Pinheiro
(Lobo), Luiz Carlos Tourinho (Rato / Fred Starr), Guilherme Leme
(Zack), Ernesto Piccolo (Max), Eri Johnson (Órion), Renata Castro
Barbosa (fada Artemísia), entre outros.
Bastava um gesto mágico da Fada Bela, e era encrenca na certa!
Mas nem tudo foram flores durante os 567 capítulos que Caça
Talentos esteve no ar. As constantes prolongações da trama
resultaram na saída conturbada de Helena Fernandes e Ana Furtado, e
até o fim, a novelinha não foi mais a mesma, refletindo em baixa
audiência. Angélica também pedia o encerramento do folhetim porque
queria se firmar como apresentadora e não como atriz como a Rede
Globo queria. Os únicos personagens que participaram de todas as
temporadas, do início ao fim foram: Bela, Artur, Tremedeira,
Avalanche, Karina, Souboy (Igor Lage), Pepê (Paula Sanioto),
Margarida e Violeta.
No fim da história, após muitos dias de angústia, confusões e
experiências inusitadas, Bela assume seu amor por Artur e os dois
marcam o casamento. No último capítulo, a fada consegue levar Artur
para conhecer o seu mundo fantástico, e decidem não se casar. Os
dois se despedem como grandes amigos. Pois é, pessoal... Embora a
Caça Talentos seja um conto de fadas, o final não foi tão feliz
assim... #chatiado
Como Angélica seguia uma carreira musical na época, três músicas
foram compostas para serem usadas em Caça Talentos: “Fada Bela”
(de Michael Sullivan e Dudu Falcão), “Dança da Fadinha” (Mauro
Wilson, Ronaldo Santos e Maurício Barros) e “Amor de Fada”
(Augusto César e Paulo Sérgio Valle).
Silvana e Drica: as vilãs saíram no meio da novela e fizeram muita falta.
Com todo esse sucesso, a novelinha chegou a ser reprisada na Globo a
partir de 23/11/1998, sendo substituída logo em seguida pela
reapresentação do humorístico “Os Trapalhões”. No ano
seguinte, surgiria também dentro do Angel Mix, a trama “Flora
Encantada”, que não conseguiu repetir o sucesso da história da
fada Bela.
No ano de 2010, o programa passou a ser reprisado no Canal Viva
(canal de TV por assinatura da Rede Globo), re-estreando no dia 22 de
maio, num sábado. No começo, era exibido somente aos sábados e
domingos, às 8h30, e logo passou a ser exibido de segunda a
sexta-feira: com capítulo inédito às 13h30 e reprise no dia
seguinte às 8h30.
Com o decorrer dos capítulos, mudou novamente o horário de
exibição no Viva: capítulo inédito às 14h e reprise às 9h com a
exibição de dois capítulos por dia (cada capítulo com 20 minutos,
sem intervalos e sem abertura / encerramento). Atualmente, apenas o
horário de reprise foi modificado, voltando para o horário das
8h30, e continua no ar até hoje.
A simplicidade, o bom humor, a sonoplastia carregada com muita magia
e trapalhada são elementos que marcaram a história da fada Bela.
Todo mundo que acompanhava a trama queria conhecer o Mundo Mágico e
ter as fadas Margarida e Violeta como tias. Caça Talentos foi uma
novelinha infantil que fez sucesso com todas as idades e merece essa
linda lembrança!
RELEMBRE AS TRÊS MELHORES HISTÓRIAS DE CAÇA TALENTOS
Exterminador
de Fadas (Capítulos 100 à 104*):
Drica está com um livro de magia negra poderosíssimo em mãos e
está preparada para usá-lo a seu favor, invocando um ser denominado
Exterminador de Fadas para a Caça Talentos, eliminando de uma vez
por todas os seus problemas: A nossa querida Fada Bela, que sempre
atrapalha seus planos e o de Silvana. Ao mesmo tempo, chega na
agência uma menina meiga e atenciosa. Seu nome é Núbia e ela
parece ter um plano para cativar a todos na agência. Quem será ela?
Apocalipse
Girls (Capítulos 319 à 328*):
A agência Caça Talentos está reformada depois que um meteoro quase
a despedaçou. Agora virou até mesmo atração turística da Veneno
Produções, com Lobo e Drica como guias turísticos. Uma velhinha
muito simpática apareceu e saiu distribuindo rosas a todos os
membros da agência. Mas seu interesse era na Fada Bela. Para estrear
a nova fase de sorte da agência, Artur está pensando em agenciar as
famosas Apocalipse Girls, donas do hit “Eu vou enfeitiçar seu
coração”, e mais: fará um programa para conseguir uma quinta
integrante para o grupo. Quando as Apocalipse Girls chegam, Bela
sente algo estranho sobre elas. Para piorar, a Melissa, vocalista do
grupo, está muito mal de saúde e pede socorro a nossa fadinha. No
Mundo Mágico, Bela descobre que tem uma irmã.
Escolinha
do Professor Cabral (Capítulos 329 à 342*):
É a história de despedida da Drica. No capítulo final deste
enredo, Bela está encurralada e corre risco de vida. Drica volta
para a Caça Talentos triste porque foi mandada por Silvana pra
Cochinchina. Eis que ela escuta Bela pedindo ajuda e acaba se
sacrificando por Bela, levando um tiro no seu lugar. Bela leva Drica
para o Mundo Mágico, onde ela morre. Bela invoca Merlin, que salva a
vida da humana e a transforma em fada, morando no Mundo Mágico pra
sempre.
*Os números dos capítulos estão de acordo com as publicações no YouTube.