Segunda temporada do reality-show musical da Globo estreou novo
dia e horário e causou frisson, principalmente, nas redes sociais.
Jurados abriram os trabalhos na segunda temporada do reality musical.
Foi ao som de “Ja É”
que os quatro cantores jurados do The Voice Brasil deram o pontapé
inicial na segunda edição do reality musical, apresentado por Tiago
Leifert. Diferente da primeira temporada, o programa estreou em novo
dia e em horário nobre, logo após a novela das nove. Para esse
recomeço, novo cenário, repórter nova e novidades que serão
acrescentadas ao longo da competição.
Substituindo Daniele Suzuki, Miá Mello foi escalada para ser a
repórter dos bastidores do The Voice, mas estranhamente, ontem a sua
aparição se resumiu a, apenas, fazer merchan da Caixa Econômica,
que dará o prêmio de 500 mil reais. Além do prêmio em dinheiro, o
vencedor desta temporada também levará um carro e um contrato com a
gravadora Universal Music, com direito a gerenciamento da carreira.
Miá Mello só apareceu uma vez na estreia do "The Voice Brasil 2"
12 apresentações tomaram conta deste primeiro episódio do
programa, que começou com a famosa fase de “Audição às Cegas”.
A tensão toma conta do candidato e do público para saber qual ou
quais jurados iriam “virar a cadeira” para as vozes que
escutavam. Ontem, três competidores voltaram pra casa ao serem
eliminados. Mas vamos por partes, né?
O primeiro a se apresentar foi o Dom Paulinho Lima foi para
impressionar jurados e público no primeiro segundo. Apesar do VT de
apresentação no estilo “passei no BBB”, no palco, Paulinho
surpreendeu a todos ao solar “Let's Get It On”, um clássico
imortalizado na voz de Marvin Gaye. Resultado: todos os jurados
viraram a cadeira pra ele. Na hora de escolher seu técnico, eis uma
falha que a versão brasileira tem desde a primeira temporada e, pelo
visto, não se consertará na segunda: a cordialidade entre os
jurados. Nos “The Voices” espalhados pelo mundo, fãs do programa
afirmam que “a briga” entre os técnicos para ficar com o
candidato é um tempero interessante no jogo, mas aqui no Brasil, o
bom-mocismo de Carlinhos Brown, Cláudia Leitte, Lulu Santos e Daniel
se fecha numas piadinhas sem graça, deixando a apreensão toda pra
cima do candidato, que escolhe o seu favorito. De forma coesa,
Paulinho Lima escolheu Lulu Santos para ser seu técnico. Também
pudera: entre os jurados, Lulu é o que tem mais perfil de técnico e
vai saber explorar o seu potencial. Também não será surpresa
encontrá-lo na final, já que o que presenciamos ali foi uma versão
masculina da Ellen Oléria (vencedora da primeira temporada do
programa).
Paulinho Lima foi o primeiro a soltar a voz nessa segunda temporada
Luciana Balby foi a segunda candidata de noite e também deixou o
público ba-ban-do com a sua versão íntima de “Show das
Poderosas”. Lulu Santos não perdeu tempo e virou no fim da
primeira estrofe, sendo o único disposto a ouví-la de frente. Quem
conhece o programa sabe que Lulu não se deixa impressionar
facilmente. Resta esperar do que Luciana será capaz nas próximas
etapas. Já o competidor seguinte não teve tanta sorte. Com um
inglês pífio, Dudu Fileti decepcionou ao cantar “Locked Out Of
Heaven”, de Bruno Mars. Acabou que sua performance foi apenas para
a plateia do estúdio. E aí vem um segundo defeito clássico da
versão brasileira: ao tentar justificar a “não-virada” de
cadeira, os jurados cobrem o candidato de elogios. Definitivamente,
não faz sentido elogiar e não aprovar. É uma contradição que
mata todo o espírito de competição. Mas enfim, vamos em frente...
Seguindo os passos de Liah na primeira temporada, surge a candidata
Jullie. Ambas já tem uma certa carreira reconhecida na música,
ainda que não tenham emplacado de forma forte no showbiz. Jullie é
dubladora, cantora e compositora. E foi apostando em uma de suas
composições - “Gasolina” - que ela conquistou Cláudia Leitte e
Lulu Santos, mas escolheu Claudinha como sua técnica. Apesar de ser
extremamente afinada, acho difícil vê-la disputando a final do
programa. Em seguida, uma dupla sertaneja (quem diria!) acabou
agradando a Carlinhos Brown. Trata-se de Ângelo e Angel, “os Anjos
Barrocos de BH”, que conquistaram o músico cantando uma composição
própria. Ao justificar a escolha para os candidatos, Brown afirmou
que gostaria de fazer um “Axértanejo” com eles. Tenho medo do
que isso possa se converter na prática.
Jullie no The Voice Brasil 2: Seria uma nova Liah?
No fim do primeiro bloco, nos créditos iniciais, nota-se uma
diferença interessante: a direção do programa está assinado agora
como Boninho, que sempre grafava seu nome como J.B. Oliveira. Seria
um sinal de simpatia do diretor? O que se sabe é que o segundo bloco
começou pegando fogo com a apresentação da Luana Camarah. Cantando
sucesso do AC/DC, “Highway from Hell”, foi outra que conseguiu
unanimidade dos jurados, mas também cedeu à experiência de Lulu
Santos e o escolheu para ser seu técnico.
Um outro momento pitoresco e de vergonha alheia foi a participação
de Felipe Ribeiro. Com um visual “a la” Thiaguinho, cantando
pagode, foi eliminado do programa. O engraçado foi que, no seu vídeo
de apresentação, ele disse que uma banda “o largou” depois que
soube da inscrição dele no reality. Pois é... Com voz comum e
escolha infeliz de música, pagou mico em rede nacional por não
impressionar os jurados, não passou da primeira fase e ficou sem
banda... #tenso
Felipe Ribeiro paga mico, perde banda e é eliminado do The Voice na primeira fase.
Janaína Cruz desafiou os técnicos a cantar Whitney Houston e quase
foi eliminada do programa, se não fosse Cláudia Leitte virar a
cadeira pra ela. De forma educada, a cantora baiana disse que “se
fosse ela, não escolheria essa canção”, mas resolveu dar uma
chance pra ela no programa. Embora tenha sido afinada, não acho que
ela tem chances de faturar o prêmio máximo da atração. Mas a
piedade passou longe de Dan Germano, um cantor lírico que foi
eliminado do The Voice ao apresentar uma versão jazz-gritada de
“Como é Grande o Meu Amor Por Você”, do Roberto Carlos. Esse
corte foi importante para mostrar que grandes vozes são infelizes ao
escolher a canção errada para o momento errado. Foi estranho ver
aquele candidato de voz potente “se jogar” nos agudos. Quem sabe
na terceira temporada, né?
O próximo candidato foi o único da noite ao entrar no time do
Daniel, mas foi uma escolha mais do que certeira. Seu quase xará,
Rubens Daniel, conquistou a plateia ao cantar Jason Mraz, “I Won't
Give Up”. Cláudia Leitte também gostou do calouro, mas a história
de vida de Rubens fez com que ele escolhesse o cantor sertanejo como
seu técnico. Por mim, ele já ganhou minha torcida! Foi muito bem
mesmo!
Rubens Daniel foi uma das melhores apresentações da estreia.
As duas últimas cantoras do primeiro programa também foram para a
próxima fase. A nordestina Simona Talma fez Carlinhos Brown virar a
sua cadeira ao 44:59 do segundo tempo. Ela cantou “Tango de Nancy”,
de Chico Buarque. Já Gabby Moura também incorporou o espírito de
Ellen Oléria e impressionou os jurados ao cantar “Coqueiro Verde”.
Ela escolheu Cláudia Leitte como sua técnica.
Tendo esse primeiro dia terminado, fica uma conclusão: espero que a
próxima pessoa que vencer o The Voice Brasil 2 não tenha o mesmo
perfil da primeira vencedora. Mas enfim, estamos na primeira semana
ainda! Temos mais 12 programas para conhecermos o campeão ou a
campeã desse jogo. No geral, a estreia foi bem feita e deixou a
audiência com gostinho de quero mais. Em relação ao ibope, não
teve tanta novidade: 24 pontos de média, índices que “A Grande
Família” alcançava habitualmente. Mas nas redes sociais, não se
falava em outra coisa no período em que o programa esteve no ar.
Tiago Leifert, mais seguro, comandou bem a estreia de "The Voice Brasil 2"
“The Voice Brasil 2” mostrou ao que veio pela segunda vez,
embora não tenha mudado muita coisa, e percebe-se uma decisão
acertada da Globo em colocar o musical para as noites de quinta, após
a novela “Amor à Vida”. Vale a pena arrastar a cadeira toda
semana para assistir e ouvir boas performances e canções. O
programa ainda vai dar muito o que falar até a grande final ao vivo,
prevista para o dia 27 de dezembro.
Ai, como adoro tuas críticas. <3
ResponderExcluir"Lulu é o que tem mais perfil de técnico". Gente, é a pura verdade. Lulu é o mais "completo", é o que passa maior segurança pra qualquer um ali. O cara consegue transitar pelo pop, rock, reggae, as baladinhas românticas... Ele sabe o que faz. Sempre achei os outros jurados meio limitados.
Também concordo com os pontos sobre a cordialidade entre os jurados. Chateia. Eles são bonzinhos demais. Cadê a galera jogando na cara os erros dos candidatos? Cadê eles demonstrando que sabem ensinar (porque esse tipo de correção dá algum status ao técnico)? Quando teremos um Simon Cowell, gente??
E Jullie <3 Eu tô torcendo um pouco por ela. hehehe Jullie é muito versátil mesmo, compõe baladinhas românticas, rock, eletrônico e arrisca até um funk. É muito pop.
Texto legal! Teus comentários são sempre maravilhosos.
Legal Binho Super curti sua critica! Depois de ver algumas apresentações do The Voice Holanda, fiquei louca pra ver o nosso The Voice gente com nossas musicas nossos canditados, como eu nao assisti a primeira temporada do programa sou suspeita pra falar qualquer coisa ou fazer comparações.. Mas ja virei fa do programa e irei acompanhar concerteza os proximos episódios! Meus preferidos foram Jullie e Rubem camtam e encantam!!
ResponderExcluirTa massa teu blog Binho, Parabéns! E De cara nova ta show o #RGnatv ;)
Fiquei decepcionada com o The Voice Brasil desse ano 2013 , pois o de 2012 haviam candidatos com vozes maravilhosas e muito talento, timbres diferentes,ficava difícil escolher o melhor entre os melhores. Este programa de 2013 está complicado! Os jurados não tem critério definido.Ficamos como telespectador desnorteados com as escolhas feitas por eles, tem horas que não se entende o porque de uma escolha sem cabimento. O mais sensato até agora nas escolhas foi o Daniel.Espero que nos próximos programas melhorem !
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