Confira
a história do programa de auditório que revelou o apresentador
Luciano Huck e duas eternas beldades da televisão brasileira.
O programa H era voltado para o público jovem.
"Gente bacana, reportagem, música e muita informação. O H
chega em todo o Brasil com tudo isso e muito mais. Vamos fazer um
programa eclético, divertido e inteligente pra esquentar os seus
finais de tarde aqui na Band. A propósito, a sua participação é
fundamental. Queremos que você interfira, opine, discuta... Enfim,
esse espaço é seu! Estaremos antenados para as mudanças do mundo
para transportá-las para a tela, e deixar você por dentro de tudo
sem deixar escapar nada. Fique com a gente!". Foi com esse
discurso de abertura em off sobre imagens de bastidores que
estreava no dia 28 de outubro de 1996, ao vivo pela TV Bandeirantes,
o programa “H”, voltado para o público jovem e que revelava
Luciano Huck – Sim! Ele começou na Band! – como apresentador. E
muito antes de chegar na Globo com seu Caldeirão do Huck, casar com
Angélica, virar um grande ícone da publicidade e levar fama de “bom
moço”, Luciano divertia o telespectador com música, gincanas,
reportagens, bate-papo e, principalmente, entertia a macharada com
ícones sensuais que fizeram a cabeça dos homens naquela época.
A estreia do “H” veio junto com uma grande reformulação na
programação da Bandeirantes, que queria conquistar uma audiência
sólida. Dirigido por Luís Paulo Simonetti (ou L. P. Simonetti, hoje diretor da Globo), o
programa começava por volta das 17h. A medida que a atração ia
ganhando público, Luciano acrescentava novidades na atração. No
ano de 1998, eis que ele estreava um de seus trunfos: a personagem
“Tiazinha”, vivida pela bailarina e atriz Suzana Alves. Com a
intenção de unir o sensual e o cômico, ela era chamada ao palco
para depilar os homens da plateia. Com um figurino minúsculo, que
mostrava todos os seus (lindos) atributos físicos, a máscara e o
chicote completava a vestimenta, fazendo referência a Mulher-Gato,
vilã da série Batman. A participação de Tiazinha crescia a cada
dia e foi um fenômeno de audiência na época, fazendo o ibope subir
de 4 pontos para 9 (o que é muito a nível de Band!). Junto com o
sucesso, também vieram as críticas. O quadro era considerado “baixo
e apelativo”, e essa pressão fez com que a Band empurrasse o “H”
para as noites da emissora, ocupando a faixa das 20h30 da noite. Mas
mesmo sim, o público foi fiel no novo horário e a personagem
ultrapassou as barreiras do programa, ganhando produtos licenciados
com a sua marca, a capa da Revista Playboy, a gravação de um disco
e até um programa próprio, a série “As Aventuras da Tiazinha”,
pela mesmo canal.
Com Tiazinha e Feiticeira, Luciano Huck alavancou a audiência do "H".
Em janeiro de 1999, o “H” continuou investindo nos símbolos
sexuais e trouxe mais uma mulher gostosa para o imaginário
masculino. A morenaça Tiazinha agora dividia atenções com a loira
Feiticeira, vivida pela (na época) modelo Joana Prado. Vestida como
uma odalisca, ela tinha a função de “mimar” os garotões que
participavam de pequenas (e malucas) competições e se saiam
vencedores. Uma dessas provas, por exemplo, era ver quem comia mais
bolachas em 30 segundos! O prêmio era um momento com a Feiticeira,
que ia desde uma dança pra ele, acariciar os pés ou a nuca, servir
cachos de uvas com os dedinhos até longas massagens ou selinhos na
boca aplicadas pela moça.
Com audiência em alta e a popularidade que conquistava em cima das
personagens sensuais criadas no “H”, não demorou muito para a
Globo fazer o convite para Luciano Huck e levá-lo para o canal do
plim-plim. Em agosto daquele mesmo ano, o apresentador anunciou a sua
mudança de casa. A Band teve que pensar rápido e contratou Otaviano
Costa, que na época era ex-VJ da MTV e tinha feito participações
como repórter do Domingão do Faustão. Nesse meio tempo, Tiazinha
também deixou o programa, tendo apenas a Feiticeira como grande
atração. Inicialmente, o título "H" foi mantido, mas
depois, através de votação pelo público, o programa passou a ser
chamado O+ (positivo), porém manteve quadros e formato.
Otaviano Costa e Sabrina Parlatore tentaram substituir Huck, mas foi em vão.
Otaviano mostrava versatilidade, um dos pontos fortes de Huck, mas
como esse era seu primeiro trabalho de apresentador, demorou um pouco
para se soltar no palco. A insistência de apostar na sensualidade
fez surgir outros personagens desse gênero como a Índia, os gêmeos
Flávio e Gustavo e a Internética, porém o programa não conseguiu
manter a mesma repercussão nem audiência.
Os sinais de cansaço da atração veio em 2001, quando a
apresentadora Sabrina Parlatore foi chamada para apresentar o
programa junto com Costa, com direito a mais uma mudança de nome: o
"Superpositivo". Meses depois, Otaviano trocou a Band pela
Record e Sabrina passou a comandar sozinha. Alguns quadros novos
foram criados, mas mesmo mantendo o formato original, como a
personagem Feiticeira, que ficou até o fim, não foi suficiente para
fazer a atração durar mais. O “Superpositivo” deixou as telas
da Band em Fevereiro de 2002 em virtude da baixa audiência.
E foi assim que o “H”, que virou “O+” e depois
“Superpositivo”, fez história na televisão brasileira na área
do entretenimento. Para quem não sabe, hoje Suzana Alves (Tiazinha)
e Joana Prado (Feiticeira) são evangélicas. Suzana fez teatro,
filmes e novelas depois, mas sem muito destaque na mídia. Joana hoje
também não curte mais holofotes e é casada com o grande lutador de
UFC, Vítor Belfort. Com toda a sensualidade e diversão, podemos
dizer que esse programa proporcionou momentos marcantes para a
Bandeirantes e claro, para os telespectadores da época.
O que mais me marcou e me fez interessar em assistir todas as noites foi a presença daquela "brincadeirinha sensual" idealizada pelo DJ Théo Werneck da "BELA E AS FERAS - A GATA E OS RATOS" onde uma modelo era convidada, ou até uma celebridade da mídia que faziam aquelas apresentações sensuais de striptease. Paloma Fiuza, Ellen Rocche, Gracyanne Barbosa, as ex-leoas Andréia e Adriana Alves, o Axé Blonde, As Felinas, as Ronaldinhas entre tantas outras gostosíssimas tiraram a roupa para o telespectador. Mas o chato é que esse quadro acontecia vez ou outra em edições aleatórias de segunda à sexta-feira, onde cheguei a ver aquilo com dez anos de idade porque o horário naquela época aqui em Manaus ainda não era regulamentado e cheguei a ver a lindíssima Paloma Fiuza esbanjando sensualidade e talento. Lamentável que a Band guarda todo este material à sete chaves e não divulga nem reprisa nada, ao contrário da Globo, que mesmo sendo uma emissora polêmica ainda podemos rever e comprar tudo aquilo que já foi exibido nela. Saudades do Super Positivo.
ResponderExcluirSe naquela ocasião a Anitta, a Izza entre tantas dessas funkeiras vivenciassem essa época de 2001, elas participariam do famoso quadro do striptease junto com os gêmeos e a audiência bateria récordes.
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