quarta-feira, 22 de maio de 2013

RG CRÍTICA #26: DONA XEPA


A nova novela da Record estreou ontem e tem grandes chances de emplacar.

 "Epa! Epa! Epa! Venham na barraca da Xepa!"

   Depois de uma adaptação para o cinema e pelo menos duas para a televisão, a terceira versão de “Dona Xepa” – um texto teatral de Pedro Bloch – chegou às telas da Record ontem à noite. Com previsão inicial de ser uma novela curta com apenas 96 capítulos, a trama assinada por Gustavo Reiz estreou pontualmente às 10h15 da noite e substituiu Balacobaco à altura, com um enredo mais leve, divertido e humilde.
   Na sinopse do remake, Xepa é uma mulher que, depois de sacrificar toda a sua vida pelos filhos, se vê afastada deles pelo nível social que estes atingiram. E isso é nítido na primeira cena dos filhos da comerciante, Rosália (Thaís Fersoza) e Édisson (Arthur Aguiar). Mas a humilde personagem-título, vivida por Ângela Leal, mostra a sua perseverança apesar do desprezo deles. Afinal, Xepa é apenas uma feirante que tem o sonho de ver os filhos se tornarem doutores, como qualquer pessoa simples, e faz tudo ao longo da vida para conseguir. Essas características não soam distantes do cotidiano de muitas mães batalhadoras do nosso país, daí a fácil e rápida identificação com a protagonista e talvez o ingrediente que prenda os telespectadores em frente à telinha, pois cada um conhece, ou já deve ter conhecido, uma Dona Xepa na vida real. 

Xepa e Matilde: amigas, rivais e divertidas!

   Voltando à estreia, gostei de rever a Bia Montez, a eterna Dona Vilma de “Malhação”. Na trama ela é Matilda, uma mulher encrenqueira e explosiva. Ela érival” de Dona Xepa na feira por ambas terem barracas de frutas. Embora a disputa entre elas seja tradicional e render bastante confusão, no fundo são grandes amigas. Foi divertido ver Xepa e Matilda batendo boca já no primeiro capítulo.
   Luíza Tomé também convenceu como a perua Meg Pantaleão. No maior estilo “Mulheres Ricas [e Piradas]”, ela promete arrancar muitas risadas como uma socialite sem noção. Maurício Mattar faz a sua estreia na Record como o marido de Meg na trama. É esperar pra ver o que esse casal vai aprontar. 
   A trilha sonora da novela é bem popular, mas não tanto quanto a sua antecessora, Balacobaco. O maior destaque do primeiro capítulo foi a ótima regravação de Zélia Duncan para “Top Top” – sucesso de Cássia Eller – o tema da megera Rosália, a filha ambiciosa de Dona Xepa, que foi enxotada, logo no primeiro capítulo, como se fosse uma mulher da vida pelo seu patrão casado, interpretado pelo galã Juan Alba.


 Robertha Portela é Dafne, a Mulher Goiaba.

   O que chama atenção nesse remake é a atualização da história para o século 21. A começar por criar uma personagem que é uma mulher-fruta, tão presente no cotidiano brasileiro. A Mulher Goiaba (Dafne), interpretada por Robertha Portela, filha de Matilda, promete atrair o público masculino com seus atributos corporais. Outro sinal de adaptação para os dias de hoje acontecerá nos próximos capítulos, em que o barraco que Xepa fez com os fiscais no capítulo inicial será um hit na internet, para desespero do seu filho Édisson. 
   Para segurar o público, o primeiro capítulo foi sem intervalos e se encerrou com a abertura da trama. A música de fundo “A Xepa” é a mesma que a Rede Globo utilizou na sua versão em 1977, mas a regravação ficou a cargo da cantora Eliana de Lima. Nos créditos iniciais, as frutas e um gari, que lembra o famoso zelador Renato Sorriso, dançando ao som da canção, remetem ao clima divertido e humilde da trama.
   E humildade parece ter sido mesmo a palavra de ordem em “Dona Xepa”. Com previsão de poucos capítulos, poucos atores (31 no total) e cenários bem simples, a Record almeja ter o mesmo sucesso ou repercussão da primeira versão global. Espera-se que eles acertem novamente, já que sua primeira tentativa de remake de uma novela da Globo – “A Escrava Isaura”, de 2004 – alcançou um grande êxito de audiência. E se a humildade do primeiro capítulo já foi interessante, não será difícil continuar acompanhando a saga da Dona Xepa. #RGRecomenda

3 comentários:

  1. eu amei o Gabriel gracindo como o sex françois

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  2. Gabriel gracindo eu te amooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!

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  3. Não emplacou :)

    AHAHAHAHAHAHAHAHA

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