segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

RG CRÍTICA #11: O “DESPERTAR” DE LUCIANA GIMENEZ

Depois de quase dois meses, o #RGCrítica está de volta, dessa vez abordando uma grande mudança que está prestes a acontecer na RedeTV!

   Uma nota que saiu na internet no último sábado – numa das colunas mais respeitáveis do meio televisivo – me trouxe uma tranquilidade e ao mesmo tempo uma nova preocupação. Leiam comigo:

Luciana Gimenez evita baixarias no "Superpop"

Nada como o tempo, senhor da razão. Agora, por exemplo, a informação que chega da Rede TV! é que sua apresentadora, Luciana Gimenez, não quer mais saber de baixaria ou qualquer outro tipo de apelação no “Superpop”.

Hoje, segundo dizem, a ordem é apostar em atrações de qualidade, independentemente do retorno de audiência ou não.
Há poucos dias, foi proposto para ela a retomada do modelo (?) de um passado não muito distante, com investida em barracos e outros do gênero, com o claro objetivo de conquistar 1 ou 2 pontinhos a mais no Ibope.

Além de barrar o negócio de cara, Luciana e o marido, Marcelo de Carvalho fizeram alterações na equipe do programa.
Que assim seja.

Fonte: Coluna Flávio Ricco (UOL Televisão)

   Fico extremamente feliz que o bom senso bateu à cabeça da ex-Senhora Jagger. Pois pensem comigo: é praticamente IMPOSSÍVEL assistir uma edição do “Superpop” na íntegra, ou pior: não se perguntar durante a exibição “Pra quê isso?” (essa pergunta é a mais adequada para o horário, se é que me entendem...).
  “Celebridades”, “sub-celebridades” e “aspirantes à celebridade” é que dão o tom do programa nesses últimos anos. O requisito é mínimo: ser polêmico ou provocar polêmica. Polêmicas essas extremamente desnecessárias, que em nada acrescentam ao telespectador. Ok, “Superpop” não é o primeiro e nem será o último programa sem-conteúdo da TV, mas há tempos que esse programa grita por mudanças drásticas, e para melhor.

Luciana no meio de "pessoas importantes" como Thammy Gretchen e Jair Bolsonaro. #tenso

  Lembro-me das primeiras edições do “Superpop”, que nascera quando a RedeTV! engatinhava, em meados de 1999. Onde o programa, até então no comando de Adriane Galisteu, era de variedades, mais puxado pra música (alguém lembra daquele exótico DJ Zé Pedro?). E com atrações de qualidade: Simone, Zeca Baleiro, LS Jack, Kid Abelha, entre outros. Na saída de Galisteu, a atração chegou a ser comandada por Fabiana Saba e Otávio Mesquita. E para quem não sabe, Luciana Gimenez assumiu a condução do programa após ganhar uma votação na internet e só foi substituída uma vez, durante sua licença-maternidade, pela cantora Gilmelândia.
   Hoje em dia, o “Superpop” se resume à desfiles de lingerie, saber quem é gay e quem não é, “vasculhar” o “diário secreto” daquela atriz decadente e se contentar com os sucessos de uma nova “mulher fruta”. É meus caros, “Superpop” já foi de qualidade um dia... Há uns 10 anos atrás, mas foi.

Galisteu no "Superpop" de 1999: simples, mas com conteúdo!

   O que o “Superpop” precisa é de uma renovação por completo. Nada do que está no ar ultimamente naquele programa sobrevive. Só a apresentadora que, em minha opinião, já provou que tem carisma e presença de palco, mesmo com as gafes no português.
  Ainda segundo a nota acima, “a ordem é apostar em atrações de qualidade, independentemente do retorno de audiência ou não”. É louvável da Luciana Gimenez querer arriscar a audiência do seu público cativo que gosta de ver o “circo pegando fogo”. Mas ao mesmo tempo que poderá perder telespectadores ao oferecer “qualidade” em seu programa, poderá aproximar outros públicos à frente da telinha para assistir a sua atração.
   Acredito que há vida no “Superpop” após as baixarias já vistas naquele programa. Fico na torcida (de verdade!) para que Luciana volte com os tempos de outrora, mostrando com boa música e conteúdo sadio que as noites da RedeTV! podem ser mais divertidas e menos “polêmicas”. Só resta agora saber se isso, realmente, será posto em prática. Quem viver, verá.

2 comentários:

  1. Eu espero verdadeiramente que o "Superpop" consiga apresentar um conteúdo de qualidade para seus telespectadores.

    O público com certeza sairá ganhando com essa iniciativa. Apostar num programa que só oferece polêmica, sensacionalismo e coisas do gênero é uma prática que precisa ser pensada por todas as pessoas que estão envolvidas com a comunicação.

    Comunicar é sobretudo um ato de responsabilidade para com o público. Ainda que existam pessoas que aprovem esse tipo de entretenimento, a pessoa que está a frente desse projeto precisa ter a consciência de oferecer para a sociedade o que há de melhor. E, com certeza, a apelação barata e a falta de bom senso não são de longe o que os telespectadores brasileiros merecem.

    Espero mesmo que a Luciana Gimenez coloque em prática o seu novo projeto! "Se a nossa cara é prosperar, o povo tem que evoluir também." =)

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  2. Eu não boto mais fé na TV aberta, só digo isso... :)

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