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sexta-feira, 31 de julho de 2015

RG RELEMBRA #16: TERRITÓRIO LIVRE

O RG está de volta remexendo o baú da TV brasileira pra falar de um reality show da Bandeirantes que poucos lembram que existiu.

Misturando vários programas de sucesso da época, "Território Livre" foi uma grande novidade da Band no ano 2000. 

Imaginem um grupo de pessoas desconhecidas, disputando um grande prêmio, com eliminações a cada programa e votação do público no começo dos anos 2000. Quem acha que estou falando do Big Brother Brasil, está absolutamente errado! Casa dos Artistas? Muito menos. Pois é, poucos ouviram falar dele, mas o primeiro reality show desse estilo que já conhecemos de cor e salteado não começou na Globo, tampouco no SBT. Foi a Band que trouxe a novidade primeiro através do programa “Território Livre”, apresentado pela bela Sabrina Parlatore.

Tudo começou ainda no ano 2000, quando a Bandeirantes percebeu a grande repercussão que a Rede Globo teve quando colocou doze desconhecidos numa ilha deserta para fazer o marcante reality “No Limite”, comandado por Zeca Camargo. A emissora paulista decidiu então, apostar num formato semelhante, mas com o intuito de “trazer a 'vida real' para a TV”, transformando pessoas comuns em celebridades instantâneas. Numa mistura de “No Limite” com a série comportamental “20 e poucos anos” da extinta MTV e uma pitada de “Você Decide” (também da Globo), eles contrataram a VJ de maior sucesso da MTV naquela época, Sabrina Parlatore, e confiaram a ela a missão de apresentar o “Território Livre”, que entrou no ar em 23 de outubro daquele mesmo ano, no horário das 6 da noite, com 1 hora de duração, de segunda à sexta.

"Território Livre" foi o primeiro programa de Sabrina após deixar a MTV, no ano 2000.

O programa funcionava da seguinte maneira: A cada duas semanas, conhecíamos um grupo de oito jovens, de origens distintas, de 18 a 25 anos, que não se conheciam. Eles eram apresentados ao público, mostrando um pouco de seu dia-a-dia, dando depoimentos e passando a conviver algumas horas por semana, participando de provas de resistência física, testes de conhecimento e equilíbrio psicológico. Aos poucos, conforme o desempenho e a escolha de seus companheiros, iam sendo eliminados, até restar o grande vencedor, que levava para casa R$ 7.000 (isso mesmo, só SETE MIL REAIS!) em prêmios de sua escolha. Não havia confinamento, mas havia o “loft” da Sabrina, onde o grupo se reunia ao vivo e assistia às provas gravadas anteriormente. Não havia confessionário, mas havia o “parlatório”, onde cada participante entrava acompanhado apenas pela apresentadora para "desabafar" sobre o relacionamento com os outros concorrentes e indicar um para ser eliminado, assim como era no "portal" de "No Limite".

A “novidade” naquela época, era que o público de casa escolheria quem seria expulso do programa, através do telefone e Internet, que também engatinhava naquele tempo. A atração foi criada e dirigida por Luiz Paulo Simonetti, que comandou o exitoso programa “H”, do Luciano Huck, no mesmo canal. A audiência era modesta, mas boa para o nível da Band, que antes marcava 1 ponto no horário. Com o “Território Livre”, eles chegavam a 3,5 pontos com picos de 5. Ainda sim, o programa teve vida curta na emissora do Morumbi saindo do ar ainda no final do primeiro semestre de 2001. Com isso, Sabrina acabou assumiu a frente do “Superpositivo”, comandado por Otaviano Costa, que deixava o canal na mesma época após assinar contrato com a Rede Record.

Se até hoje a gente não lembra dos nomes desses participantes anônimos de reality show, recordar de alguém do “Território Livre” chega a ser uma missão impossível. Mas fica aqui o registro de que esse programa antecipou um estilo de reality show que viria a ser tendência, uma febre e, para aqueles que odeiam, uma praga que a TV aberta brasileira volta e meia empurra em sua programação em busca de audiência, repercussão e, principalmente, faturamento para seus cofres.

Veja a chamada de estreia do programa: