RG CRÍTICA #42: A EXCITANTE VOLTA DE 'AMOR E SEXO'

Fernanda Lima e companhia estrearam nova temporada em novo dia e horário na Globo. O resultado foi bom para todos nós!

RG INDICA #60: LEITURA DINÂMICA

Revista eletrônica da RedeTV! mostra que existe vida para programas desse gênero além dos domingos.

RG CRÍTICA #41: RETROSPECTIVA 2015

Confira o que foi destaque na TV aberta neste ano.

RG INDICA #59: ESPECIAL DE NATAL 2015

Confira a programação especial da TV aberta para celebrar a noite de Natal.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

RG RELEMBRA #07: CAÇA TALENTOS

Por Merlin! O #RGnaTV vai contar a história da novelinha mais encantadora da Rede Globo!

O Mundo Real e o Mundo Mágico nunca foi tão divertido!

   “Da Floresta Encantada, entre flores e cristais...” está na hora da gente relembrar daqueles trinta minutos que tantos nos alegravam no fim das manhãs de segunda a sexta-feira entre 16 de setembro de 1996 até 20 de novembro de 1998 na Rede Globo. Trata-se da novelinha “Caça Talentos”, que passava dentro do programa “Angel Mix”, comandado por Angélica em sua estreia na emissora carioca.
   “Caça Talentos” nasceu da necessidade da equipe do programa em equilibrar os públicos do Angel Mix. Ao passo que ela comandaria um programa de auditório com games, desenhos e atrações musicais, que já agradava um público pré-adolescente, a novelinha teria uma abordagem mais infantil. Mal sabiam eles que a trama roubaria a cena e faria mais sucesso que as outras atrações do programa.
   Escrita por Ronaldo Santos, Denise Bandeira e Mauro Wilson (este último responsável pela redação-final da trama) o enredo era simples: Bela (Angélica) é uma menina que perdeu os pais num acidente de trânsito quando bebê, e foi achada sozinha, no meio da floresta, pelas fadas Violeta (Bettina Viany) e Margarida (Marilú Bueno). Bela cresceu e foi criada num mundo mágico, onde vivia cercada por duendes, fadas e unicórnios, acreditando ser uma fada. Ao descobrir que é humana, a jovem passa a enfrentar um dilema: assumir sua origem e viver como uma mulher do seu tempo ou tornar-se fada para sempre, vivendo naquele mundo de sonhos e fantasias.

Enquanto Violeta era a fada boazinha, Margarida só queria "descer o cacete!"

   Apesar da história parecer bobinha a princípio, a equipe de autores tiveram algumas preocupações. Segundo Denise Bandeira, o diferencial estava na própria Fada Bela: “Fazer uma fada que fosse boazinha, que resolvesse os problemas, blá blá blá, todo mundo esperava isso da Angélica. A gente fez dela uma trapalhona, então ela só fazia besteira! Claro que uma vez ou outra ela acertava, mas ela acertava, normalmente, por caminhos tortos.”, explicou.
   As confusões de Bela, claro, não se restringiram ao Mundo Mágico. Para decidir se queria ser humana ou uma fada, a trapalhona fada Bela precisava conhecer o universo dos seres humanos. Dotada de um manual de sobrevivência, ela é enviada à realidade dos mortais, e logo consegue um emprego na agência de publicidade Caça Talentos, situada em uma casa onde há uma passagem entre a fantasia e o Mundo Real.
   Com o passar do tempo, Bela se apaixona por Artur (Eduardo Galvão), o dono da Caça Talentos, mas deve esconder seu sentimento até decidir em que mundo quer viver. Isto porque, se ela beijar alguém, deixa imediatamente de ser fada.

Bela e Artur: uma fadinha que se apaixona por um homem desastrado.

   Para que a história fluísse de maneira ágil, a novelinha exibia uma história semanal. Em outubro de 1996, durante 20 capítulos, Ferreira Gullar, Marcílio Dias e Lílian Garcia reforçaram a equipe de criação. Em julho do ano seguinte, as histórias passam a ter dez capítulos, dando maior dinamismo. Em março de 1998, junto com Angel Mix, a trama passa por uma reestruturação, inclusive de elenco. A equipe de roteiristas passou a contar com Gilberto Loureiro, além da colaboração de Mariana Mesquita, Péricles C. Barros, Márcio Wilson, Duba e Bernardo Guilherme. A direção-geral era de Carlos Magalhães.
   A novelinha foi gravada nos estúdios da Tycoon e no Projac. O cenário da floresta onde se passava grande parte da ação do folhetim contava com árvores e um lago artificial. No Projac, o cenário consumiu cerca de 100m2 de grama verdadeira. Caça Talentos também contava com muitos efeitos especiais para ilustrar as mágicas da fada Bela e de seus amigos do mundo da fantasia.
   Além de Bela, Artur e as fadas Margarida e Violeta, a trama tinha muitos outros atores no elenco, além de contar com várias participações especiais. Emiliano Queiroz interpretava o Honorável Kelvin (bate!), chefe supremo do mundo das fadas; Tony Tornado fazia o Avalanche, um segurança da Caça Talentos; Antônio Pedro era o Tremedeira, o chefe da cantina; Cláudia Rodrigues vivia a engraçada secretária Karina (qué ééssso?), sendo a sua estreia na TV Globo; Helena Fernandes era Silvana, a vilã que disputava com Bela o amor de Artur e escondia seus poderes de bruxa; Ana Furtado viveu a Drica, fiel escudeira de Silvana e uma aprendiz de bruxa pra lá de atrapalhada. Também atuaram na novela os atores David Pinheiro (Lobo), Luiz Carlos Tourinho (Rato / Fred Starr), Guilherme Leme (Zack), Ernesto Piccolo (Max), Eri Johnson (Órion), Renata Castro Barbosa (fada Artemísia), entre outros.

Bastava um gesto mágico da Fada Bela, e era encrenca na certa!

   Mas nem tudo foram flores durante os 567 capítulos que Caça Talentos esteve no ar. As constantes prolongações da trama resultaram na saída conturbada de Helena Fernandes e Ana Furtado, e até o fim, a novelinha não foi mais a mesma, refletindo em baixa audiência. Angélica também pedia o encerramento do folhetim porque queria se firmar como apresentadora e não como atriz como a Rede Globo queria. Os únicos personagens que participaram de todas as temporadas, do início ao fim foram: Bela, Artur, Tremedeira, Avalanche, Karina, Souboy (Igor Lage), Pepê (Paula Sanioto), Margarida e Violeta.
   No fim da história, após muitos dias de angústia, confusões e experiências inusitadas, Bela assume seu amor por Artur e os dois marcam o casamento. No último capítulo, a fada consegue levar Artur para conhecer o seu mundo fantástico, e decidem não se casar. Os dois se despedem como grandes amigos. Pois é, pessoal... Embora a Caça Talentos seja um conto de fadas, o final não foi tão feliz assim... #chatiado
   Como Angélica seguia uma carreira musical na época, três músicas foram compostas para serem usadas em Caça Talentos: “Fada Bela” (de Michael Sullivan e Dudu Falcão), “Dança da Fadinha” (Mauro Wilson, Ronaldo Santos e Maurício Barros) e Amor de Fada” (Augusto César e Paulo Sérgio Valle).

Silvana e Drica: as vilãs saíram no meio da novela e fizeram muita falta.

   Com todo esse sucesso, a novelinha chegou a ser reprisada na Globo a partir de 23/11/1998, sendo substituída logo em seguida pela reapresentação do humorístico “Os Trapalhões”. No ano seguinte, surgiria também dentro do Angel Mix, a trama “Flora Encantada”, que não conseguiu repetir o sucesso da história da fada Bela.
   No ano de 2010, o programa passou a ser reprisado no Canal Viva (canal de TV por assinatura da Rede Globo), re-estreando no dia 22 de maio, num sábado. No começo, era exibido somente aos sábados e domingos, às 8h30, e logo passou a ser exibido de segunda a sexta-feira: com capítulo inédito às 13h30 e reprise no dia seguinte às 8h30.
   Com o decorrer dos capítulos, mudou novamente o horário de exibição no Viva: capítulo inédito às 14h e reprise às 9h com a exibição de dois capítulos por dia (cada capítulo com 20 minutos, sem intervalos e sem abertura / encerramento). Atualmente, apenas o horário de reprise foi modificado, voltando para o horário das 8h30, e continua no ar até hoje.
   A simplicidade, o bom humor, a sonoplastia carregada com muita magia e trapalhada são elementos que marcaram a história da fada Bela. Todo mundo que acompanhava a trama queria conhecer o Mundo Mágico e ter as fadas Margarida e Violeta como tias. Caça Talentos foi uma novelinha infantil que fez sucesso com todas as idades e merece essa linda lembrança!

RELEMBRE AS TRÊS MELHORES HISTÓRIAS DE CAÇA TALENTOS

Exterminador de Fadas (Capítulos 100 à 104*): Drica está com um livro de magia negra poderosíssimo em mãos e está preparada para usá-lo a seu favor, invocando um ser denominado Exterminador de Fadas para a Caça Talentos, eliminando de uma vez por todas os seus problemas: A nossa querida Fada Bela, que sempre atrapalha seus planos e o de Silvana. Ao mesmo tempo, chega na agência uma menina meiga e atenciosa. Seu nome é Núbia e ela parece ter um plano para cativar a todos na agência. Quem será ela?

Apocalipse Girls (Capítulos 319 à 328*): A agência Caça Talentos está reformada depois que um meteoro quase a despedaçou. Agora virou até mesmo atração turística da Veneno Produções, com Lobo e Drica como guias turísticos. Uma velhinha muito simpática apareceu e saiu distribuindo rosas a todos os membros da agência. Mas seu interesse era na Fada Bela. Para estrear a nova fase de sorte da agência, Artur está pensando em agenciar as famosas Apocalipse Girls, donas do hit “Eu vou enfeitiçar seu coração”, e mais: fará um programa para conseguir uma quinta integrante para o grupo. Quando as Apocalipse Girls chegam, Bela sente algo estranho sobre elas. Para piorar, a Melissa, vocalista do grupo, está muito mal de saúde e pede socorro a nossa fadinha. No Mundo Mágico, Bela descobre que tem uma irmã.


Escolinha do Professor Cabral (Capítulos 329 à 342*): É a história de despedida da Drica. No capítulo final deste enredo, Bela está encurralada e corre risco de vida. Drica volta para a Caça Talentos triste porque foi mandada por Silvana pra Cochinchina. Eis que ela escuta Bela pedindo ajuda e acaba se sacrificando por Bela, levando um tiro no seu lugar. Bela leva Drica para o Mundo Mágico, onde ela morre. Bela invoca Merlin, que salva a vida da humana e a transforma em fada, morando no Mundo Mágico pra sempre.

*Os números dos capítulos estão de acordo com as publicações no YouTube.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

RG PE #06: O POVO NA TV

Programa comandado por Ciro Bezerra sai em defesa das comunidades carentes nas noites da TV Jornal.

"O Povo na TV" traz informação e prestação de serviços.

   Enquanto a maioria dos telejornais pernambucanos cedem uma ou duas matérias (no máximo) para mostrar os problemas das comunidades, porquê não criar um telejornal apenas com essa temática? Foi assim que a TV Jornal, afiliada do SBT, pensou em setembro de 2009 ao criar o programa “O Povo na TV”. Atualmente, durante 20 minutos nas noites de segunda à sexta, das 19h20 às 19h40, o consagrado radialista e apresentador Ciro Bezerra é encarregado de cobrar providência aos órgãos públicos das mais diversas instâncias para a população, seja na saúde, segurança pública, ou no descaso social em todos os sentidos.
   Apesar de ser um programa de temática direcionada, “O Povo na TV” não deixa de ser um telejornal que também trabalha com o factual, ou seja, com os assuntos do dia que também sejam de interesse dessas comunidades, numa junção de informação e prestação de serviços. Chama a atenção na estrutura da atração é que todas as matérias veiculadas possuem uma resposta (ou “nota pé”, no meio jornalístico) das autoridades competentes, diferente de um telejornal completo, em que algumas matérias – principalmente de comunidade – passam batido na hora de dar uma resposta à população. E ainda que a resolução divulgada não pareça satisfatória, Ciro “acocha” os órgãos responsáveis solicitando providências imediatas. A liberdade e a verdade de Bezerra em seus comentários são notórias, além da sonoplastia às vezes divertida, fazem com que a cobrança seja mais incisiva, usando uma linguagem acessível a todos os públicos, de qualquer classe social.

No estúdio ou nas ruas, Ciro Bezerra cobra em prol das comunidades.

   Além disso, o próprio Ciro, às vezes, vai às ruas fazer matérias. Algo raro de encontrar na televisão em geral, já que são poucos os momentos em que se vê âncoras deixando o seu estúdio para gravar um VT. Com isso, “O Povo na TV” procura cumprir seu objetivo de dar voz e vez às comunidades, mostrando os problemas, mas também abrindo espaço para o que há de melhor nos bairros carentes da Região Metropolitana do Recife.
   A questão da constante fiscalização é uma característica interessante do programa. Volta e meia, eles retomam antigas reportagens para trazer novas soluções sobre o caso ou pedir mais providências. Essa visão de jornalismo social faz com que “O Povo na TV” seja um programa notável, embora fique tão pouco tempo no ar durante a semana. 
   “O Povo na TV” também possui uma versão própria na TV Jornal Caruaru. Comandado por Dilson Oliveira, o programa vai ao ar nesta afiliada no início da tarde, de segunda à sexta, das 12h30 às 13h.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

RG CRÍTICA #28: THE VOICE BRASIL 2: POUCAS NOVIDADES, MESMAS EMOÇÕES

Segunda temporada do reality-show musical da Globo estreou novo dia e horário e causou frisson, principalmente, nas redes sociais.

Jurados abriram os trabalhos na segunda temporada do reality musical.

   Foi ao som de “Ja É” que os quatro cantores jurados do The Voice Brasil deram o pontapé inicial na segunda edição do reality musical, apresentado por Tiago Leifert. Diferente da primeira temporada, o programa estreou em novo dia e em horário nobre, logo após a novela das nove. Para esse recomeço, novo cenário, repórter nova e novidades que serão acrescentadas ao longo da competição.
   Substituindo Daniele Suzuki, Miá Mello foi escalada para ser a repórter dos bastidores do The Voice, mas estranhamente, ontem a sua aparição se resumiu a, apenas, fazer merchan da Caixa Econômica, que dará o prêmio de 500 mil reais. Além do prêmio em dinheiro, o vencedor desta temporada também levará um carro e um contrato com a gravadora Universal Music, com direito a gerenciamento da carreira.

Miá Mello só apareceu uma vez na estreia do "The Voice Brasil 2"

   12 apresentações tomaram conta deste primeiro episódio do programa, que começou com a famosa fase de “Audição às Cegas”. A tensão toma conta do candidato e do público para saber qual ou quais jurados iriam “virar a cadeira” para as vozes que escutavam. Ontem, três competidores voltaram pra casa ao serem eliminados. Mas vamos por partes, né?
   O primeiro a se apresentar foi o Dom Paulinho Lima foi para impressionar jurados e público no primeiro segundo. Apesar do VT de apresentação no estilo “passei no BBB”, no palco, Paulinho surpreendeu a todos ao solar “Let's Get It On”, um clássico imortalizado na voz de Marvin Gaye. Resultado: todos os jurados viraram a cadeira pra ele. Na hora de escolher seu técnico, eis uma falha que a versão brasileira tem desde a primeira temporada e, pelo visto, não se consertará na segunda: a cordialidade entre os jurados. Nos “The Voices” espalhados pelo mundo, fãs do programa afirmam que “a briga” entre os técnicos para ficar com o candidato é um tempero interessante no jogo, mas aqui no Brasil, o bom-mocismo de Carlinhos Brown, Cláudia Leitte, Lulu Santos e Daniel se fecha numas piadinhas sem graça, deixando a apreensão toda pra cima do candidato, que escolhe o seu favorito. De forma coesa, Paulinho Lima escolheu Lulu Santos para ser seu técnico. Também pudera: entre os jurados, Lulu é o que tem mais perfil de técnico e vai saber explorar o seu potencial. Também não será surpresa encontrá-lo na final, já que o que presenciamos ali foi uma versão masculina da Ellen Oléria (vencedora da primeira temporada do programa).

Paulinho Lima foi o primeiro a soltar a voz nessa segunda temporada

   Luciana Balby foi a segunda candidata de noite e também deixou o público ba-ban-do com a sua versão íntima de “Show das Poderosas”. Lulu Santos não perdeu tempo e virou no fim da primeira estrofe, sendo o único disposto a ouví-la de frente. Quem conhece o programa sabe que Lulu não se deixa impressionar facilmente. Resta esperar do que Luciana será capaz nas próximas etapas. Já o competidor seguinte não teve tanta sorte. Com um inglês pífio, Dudu Fileti decepcionou ao cantar “Locked Out Of Heaven”, de Bruno Mars. Acabou que sua performance foi apenas para a plateia do estúdio. E aí vem um segundo defeito clássico da versão brasileira: ao tentar justificar a “não-virada” de cadeira, os jurados cobrem o candidato de elogios. Definitivamente, não faz sentido elogiar e não aprovar. É uma contradição que mata todo o espírito de competição. Mas enfim, vamos em frente...
   Seguindo os passos de Liah na primeira temporada, surge a candidata Jullie. Ambas já tem uma certa carreira reconhecida na música, ainda que não tenham emplacado de forma forte no showbiz. Jullie é dubladora, cantora e compositora. E foi apostando em uma de suas composições - “Gasolina” - que ela conquistou Cláudia Leitte e Lulu Santos, mas escolheu Claudinha como sua técnica. Apesar de ser extremamente afinada, acho difícil vê-la disputando a final do programa. Em seguida, uma dupla sertaneja (quem diria!) acabou agradando a Carlinhos Brown. Trata-se de Ângelo e Angel, “os Anjos Barrocos de BH”, que conquistaram o músico cantando uma composição própria. Ao justificar a escolha para os candidatos, Brown afirmou que gostaria de fazer um “Axértanejo” com eles. Tenho medo do que isso possa se converter na prática.

Jullie no The Voice Brasil 2: Seria uma nova Liah?

   No fim do primeiro bloco, nos créditos iniciais, nota-se uma diferença interessante: a direção do programa está assinado agora como Boninho, que sempre grafava seu nome como J.B. Oliveira. Seria um sinal de simpatia do diretor? O que se sabe é que o segundo bloco começou pegando fogo com a apresentação da Luana Camarah. Cantando sucesso do AC/DC, “Highway from Hell”, foi outra que conseguiu unanimidade dos jurados, mas também cedeu à experiência de Lulu Santos e o escolheu para ser seu técnico.
   Um outro momento pitoresco e de vergonha alheia foi a participação de Felipe Ribeiro. Com um visual “a la” Thiaguinho, cantando pagode, foi eliminado do programa. O engraçado foi que, no seu vídeo de apresentação, ele disse que uma banda “o largou” depois que soube da inscrição dele no reality. Pois é... Com voz comum e escolha infeliz de música, pagou mico em rede nacional por não impressionar os jurados, não passou da primeira fase e ficou sem banda... #tenso

Felipe Ribeiro paga mico, perde banda e é eliminado do The Voice na primeira fase.

   Janaína Cruz desafiou os técnicos a cantar Whitney Houston e quase foi eliminada do programa, se não fosse Cláudia Leitte virar a cadeira pra ela. De forma educada, a cantora baiana disse que “se fosse ela, não escolheria essa canção”, mas resolveu dar uma chance pra ela no programa. Embora tenha sido afinada, não acho que ela tem chances de faturar o prêmio máximo da atração. Mas a piedade passou longe de Dan Germano, um cantor lírico que foi eliminado do The Voice ao apresentar uma versão jazz-gritada de “Como é Grande o Meu Amor Por Você”, do Roberto Carlos. Esse corte foi importante para mostrar que grandes vozes são infelizes ao escolher a canção errada para o momento errado. Foi estranho ver aquele candidato de voz potente “se jogar” nos agudos. Quem sabe na terceira temporada, né?
   O próximo candidato foi o único da noite ao entrar no time do Daniel, mas foi uma escolha mais do que certeira. Seu quase xará, Rubens Daniel, conquistou a plateia ao cantar Jason Mraz, “I Won't Give Up”. Cláudia Leitte também gostou do calouro, mas a história de vida de Rubens fez com que ele escolhesse o cantor sertanejo como seu técnico. Por mim, ele já ganhou minha torcida! Foi muito bem mesmo!

Rubens Daniel foi uma das melhores apresentações da estreia.

   As duas últimas cantoras do primeiro programa também foram para a próxima fase. A nordestina Simona Talma fez Carlinhos Brown virar a sua cadeira ao 44:59 do segundo tempo. Ela cantou “Tango de Nancy”, de Chico Buarque. Já Gabby Moura também incorporou o espírito de Ellen Oléria e impressionou os jurados ao cantar “Coqueiro Verde”. Ela escolheu Cláudia Leitte como sua técnica.
   Tendo esse primeiro dia terminado, fica uma conclusão: espero que a próxima pessoa que vencer o The Voice Brasil 2 não tenha o mesmo perfil da primeira vencedora. Mas enfim, estamos na primeira semana ainda! Temos mais 12 programas para conhecermos o campeão ou a campeã desse jogo. No geral, a estreia foi bem feita e deixou a audiência com gostinho de quero mais. Em relação ao ibope, não teve tanta novidade: 24 pontos de média, índices que “A Grande Família” alcançava habitualmente. Mas nas redes sociais, não se falava em outra coisa no período em que o programa esteve no ar.

Tiago Leifert, mais seguro, comandou bem a estreia de "The Voice Brasil 2"

   “The Voice Brasil 2” mostrou ao que veio pela segunda vez, embora não tenha mudado muita coisa, e percebe-se uma decisão acertada da Globo em colocar o musical para as noites de quinta, após a novela “Amor à Vida”. Vale a pena arrastar a cadeira toda semana para assistir e ouvir boas performances e canções. O programa ainda vai dar muito o que falar até a grande final ao vivo, prevista para o dia 27 de dezembro.