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segunda-feira, 27 de maio de 2013

RG INDICA #44: A MENINA SEM QUALIDADES

MTV Brasil resolve arriscar na dramaturgia e lança série brasileira a partir de hoje.

A série é a grande aposta da MTV esse ano.

   Depois de perder três grandes nomes de seu casting no ano passado – Dani Calabresa, Marcelo Adnet e Tatá Werneck – e o humor da MTV parece ter perdido muito de sua qualidade, a emissora musical começa a apostar, a partir de hoje, na área de teledramaturgia. Quem vai abrir os trabalhos é a série “A Menina Sem Qualidades”, que traz a atriz Bianca Comparato no papel de protagonista. A estreia está marcada para hoje (27), a partir das 11 da noite.
   Com 12 episódios, sendo 4 exibidos por semana, a trama se passa em uma escola de classe média alta onde se desenvolve a história da relação entre dois jovens estudantes, Ana (Bianca) e Alex (Rodrigo Pandolfo). Uma relação de paixão, dependência e amizade que foge aos padrões e ao mesmo tempo é a tradução de como os jovens de hoje se relacionam, entre eles, com as outras gerações, com as instituições e com as regras sociais. A série é uma adaptação do romance alemão 'Spieltrieb', escrito por Juli Zeh, uma das intelectuais mais influentes da Alemanha contemporânea. A direção fica a cargo de Felipe Hirsch, responsável pelo longa “Insolação”, pelo show “MTV ao Vivo - Tributo à Legião Urbanae pelos espetáculos teatrais “Avenida Dropsie” e “A Vida é Cheia de Som & Fúria”.

Bianca Comparato: 27 anos, interpreta jovem de 16 na série.

   Dentro da MTV, o clima de otimismo é muito grande. O diretor de programação, Zico Góes, é um dos nomes a defender a série: “Estamos pensando no futuro, no que vai fazer a diferença lá na frente. Essa é uma grande obra cinematográfica que vai passar em 12 capítulos. E a gente vai se orgulhar de ter participado disso para sempre”. E sobre passar quatro episódios por semana ao invés de um, ele justifica: “poderíamos seguir o padrão e passar um episódio por semana, mas essa é uma história tão inescapável que achamos que seria mais interessante soltar a bomba de uma vez”.
   A atriz Bianca Comparato também não esconde a ansiedade e se disse muito satisfeita com o projeto. Questionada sobre qual foi o maior desafio durante as gravações da série, ela é categórica: “Meu maior desafio foi encontrar a maneira que essa personagem fala. Ana é muito mais inteligente que eu! Ela atinge raciocínios e ideias bem avançadas. Essa destreza reflete na maneira que ela fala. Ela não verbaliza como os adolescentes 'comuns'. Em vez de gírias ela cita Nietzsche. Eu demorei muito pra achar esse tom. O Felipe [Hirsch, diretor] e a Babaia [fonoaudióloga] foram cruciais nessa busca. Sem eles eu não teria conseguido.” Ela espera convencer o público ao interpretar uma jovem de 16 anos. Em tempo: Bianca tem 27 anos. “Eu sinto que me preparei a vida inteira para esse papel”, finaliza.

MTV promete revolucionar a TV brasileira.

   Na última terça-feira (21), aconteceu a festa de lançamento da série. Os convidados assistiram aos dois primeiros episódios na tela de cinema do MIS, seguido de uma entrevista coletiva. Segundo a MTV, “A Menina Sem Qualidades” será uma obra que vai fazer diferença na história da televisão brasileira. Bem, quem assistir verá.

Veja o trailer da série aqui.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

RG CRÍTICA #26: DONA XEPA


A nova novela da Record estreou ontem e tem grandes chances de emplacar.

 "Epa! Epa! Epa! Venham na barraca da Xepa!"

   Depois de uma adaptação para o cinema e pelo menos duas para a televisão, a terceira versão de “Dona Xepa” – um texto teatral de Pedro Bloch – chegou às telas da Record ontem à noite. Com previsão inicial de ser uma novela curta com apenas 96 capítulos, a trama assinada por Gustavo Reiz estreou pontualmente às 10h15 da noite e substituiu Balacobaco à altura, com um enredo mais leve, divertido e humilde.
   Na sinopse do remake, Xepa é uma mulher que, depois de sacrificar toda a sua vida pelos filhos, se vê afastada deles pelo nível social que estes atingiram. E isso é nítido na primeira cena dos filhos da comerciante, Rosália (Thaís Fersoza) e Édisson (Arthur Aguiar). Mas a humilde personagem-título, vivida por Ângela Leal, mostra a sua perseverança apesar do desprezo deles. Afinal, Xepa é apenas uma feirante que tem o sonho de ver os filhos se tornarem doutores, como qualquer pessoa simples, e faz tudo ao longo da vida para conseguir. Essas características não soam distantes do cotidiano de muitas mães batalhadoras do nosso país, daí a fácil e rápida identificação com a protagonista e talvez o ingrediente que prenda os telespectadores em frente à telinha, pois cada um conhece, ou já deve ter conhecido, uma Dona Xepa na vida real. 

Xepa e Matilde: amigas, rivais e divertidas!

   Voltando à estreia, gostei de rever a Bia Montez, a eterna Dona Vilma de “Malhação”. Na trama ela é Matilda, uma mulher encrenqueira e explosiva. Ela érival” de Dona Xepa na feira por ambas terem barracas de frutas. Embora a disputa entre elas seja tradicional e render bastante confusão, no fundo são grandes amigas. Foi divertido ver Xepa e Matilda batendo boca já no primeiro capítulo.
   Luíza Tomé também convenceu como a perua Meg Pantaleão. No maior estilo “Mulheres Ricas [e Piradas]”, ela promete arrancar muitas risadas como uma socialite sem noção. Maurício Mattar faz a sua estreia na Record como o marido de Meg na trama. É esperar pra ver o que esse casal vai aprontar. 
   A trilha sonora da novela é bem popular, mas não tanto quanto a sua antecessora, Balacobaco. O maior destaque do primeiro capítulo foi a ótima regravação de Zélia Duncan para “Top Top” – sucesso de Cássia Eller – o tema da megera Rosália, a filha ambiciosa de Dona Xepa, que foi enxotada, logo no primeiro capítulo, como se fosse uma mulher da vida pelo seu patrão casado, interpretado pelo galã Juan Alba.


 Robertha Portela é Dafne, a Mulher Goiaba.

   O que chama atenção nesse remake é a atualização da história para o século 21. A começar por criar uma personagem que é uma mulher-fruta, tão presente no cotidiano brasileiro. A Mulher Goiaba (Dafne), interpretada por Robertha Portela, filha de Matilda, promete atrair o público masculino com seus atributos corporais. Outro sinal de adaptação para os dias de hoje acontecerá nos próximos capítulos, em que o barraco que Xepa fez com os fiscais no capítulo inicial será um hit na internet, para desespero do seu filho Édisson. 
   Para segurar o público, o primeiro capítulo foi sem intervalos e se encerrou com a abertura da trama. A música de fundo “A Xepa” é a mesma que a Rede Globo utilizou na sua versão em 1977, mas a regravação ficou a cargo da cantora Eliana de Lima. Nos créditos iniciais, as frutas e um gari, que lembra o famoso zelador Renato Sorriso, dançando ao som da canção, remetem ao clima divertido e humilde da trama.
   E humildade parece ter sido mesmo a palavra de ordem em “Dona Xepa”. Com previsão de poucos capítulos, poucos atores (31 no total) e cenários bem simples, a Record almeja ter o mesmo sucesso ou repercussão da primeira versão global. Espera-se que eles acertem novamente, já que sua primeira tentativa de remake de uma novela da Globo – “A Escrava Isaura”, de 2004 – alcançou um grande êxito de audiência. E se a humildade do primeiro capítulo já foi interessante, não será difícil continuar acompanhando a saga da Dona Xepa. #RGRecomenda