RG CRÍTICA #42: A EXCITANTE VOLTA DE 'AMOR E SEXO'

Fernanda Lima e companhia estrearam nova temporada em novo dia e horário na Globo. O resultado foi bom para todos nós!

RG INDICA #60: LEITURA DINÂMICA

Revista eletrônica da RedeTV! mostra que existe vida para programas desse gênero além dos domingos.

RG CRÍTICA #41: RETROSPECTIVA 2015

Confira o que foi destaque na TV aberta neste ano.

RG INDICA #59: ESPECIAL DE NATAL 2015

Confira a programação especial da TV aberta para celebrar a noite de Natal.

sábado, 24 de novembro de 2012

RG ENTREVISTA #03: FRANCISCO JOSÉ

O #RGnaTV traz uma entrevista exclusiva com um jornalista que leva o nordeste em qualquer lugar que vá, seja nas matérias, seja no sotaque inconfundível. Falo de Francisco José, da Rede Globo.

Chico e eu, em Nov. de 2011, na Globo Nordeste.
   Uma hora e 25 minutos. Este foi o tempo entre o meu “pedido de entrevista” por e-mail e a resposta positiva desse jornalista. Formado em Direito e especialista em Marketing, Francisco José de Brito, natural do Crato no Ceará, possui 37 anos de carreira. Na terra, água ou ar, Francisco José se destaca pela simplicidade, humildade e o poder de nos hipnotizar com suas reportagens especiais, que quase sempre ganham destaque a nível nacional. Apaixonado pela profissão e casado com Beatriz Castro, também jornalista da Rede Globo Nordeste, não tem a mínima vontade de deixar Pernambuco, o seu lugar de coração. Por aqui no Recife, recentemente ele comandou o programa local “Nordeste – Viver e Preservar” junto com Beatriz, e o misto de aventura e emoção predominam em qualquer matéria que ele faça. Nos últimos três dias, mesmo que por troca de correios eletrônicos, pude conhecer mais dele e agora, o #RGnaTV – com todo o prazer – altera o seu cronograma de postagens para mostrar logo essa entrevista com ele, que já me deu liberdade para chamá-lo como os outros jornalistas profissionais o chamam. Sem mais delongas, o meu terceiro #RGEntrevista é com ele, o grande Chico José.

RG na TV: Ao longo de 37 anos de carreira, como se sente em ser “o primeiro sotaque nordestino do telejornalismo da Globo”?
Chico José: Sinto-me bem, em continuar falando com o meu sotaque sertanejo. Constrangedor, seria se estivesse falando na TV com sotaque paulista ou carioca. Seria uma falsidade com a minha origem nordestina, que prezo muito.

RG: Você começou a sua carreira de jornalista de maneira espontânea, ao corrigir a estatística de um campeonato no Jornal do Commercio. Quando você percebeu que o jornalismo era, definitivamente, sua área, seu talento?
Chico: Quando comecei a trabalhar na redação do Diário da Noite, vespertino do Jornal do Commercio, senti que o jornalismo estava no meu sangue. E passei a me dedicar definitivamente.

RG: Ainda na área esportiva, seu primeiro trabalho na Globo foi narrar um jogo do Santa Cruz X São Paulo, no Morumbi, e você percebeu que não era bom fazendo aquilo. Você acredita que um jornalista precisa conhecer os seus limites e respeitá-los?
Chico: Em todas as profissões é necessário conhecer e respeitar limites. No caso específico da narração do jogo, senti que não tinha talento para ser narrador. Narrar é um dom divino que não se aprende na escola.

RG: Chico, você é um mestre em fazer reportagens especiais. Seja na terra e, principalmente, no mar. Qual a sua relação com os oceanos? De onde veio essa paixão pelas águas?
Chico: Eu moro de frente para o mar, na praia de Boa Viagem. E Fernando de Noronha fica a 50 minutos de voo da minha casa.

RG: Mesmo pelo mar, você cobriu grandes tragédias. Qual foi a cobertura jornalística mais difícil que você já fez e porquê?
Chico: No início da minha carreira gravei centenas de reportagens sobre a seca. Voltava do sertão muito emocionado, porque via pessoas morrendo de fome. Crianças que não completavam um mês de idade e eram enterradas na roça, ainda sem nomes: os "anjinhos da seca". Hoje, só os animais continuam morrendo de fome durante a estiagem.

Francisco e Beatriz, casados, apresentam o "Nordeste - Viver e Preservar"

RG: Por aqui na Globo Nordeste, você apresenta o especial “Nordeste - Viver e Preservar”, com a Beatriz Castro, que encerrou temporada em agosto desse ano. Esse programa tem um valor especial pra você? Quais são os planos para este projeto?
Chico: O programa deve voltar no próximo ano. É o primeiro projeto em que Beatriz e eu trabalhamos juntos. E gostamos muito de fazer o '"Nordeste - Viver e Preservar".

RG: Nessas viagens pelo Brasil e ao redor do mundo, teve algum lugar que te surpreendeu a ponto de mudar a pauta de uma reportagem?
Chico: Mudar a pauta é uma rotina constante em todas as viagens. Recentemente, atravessei o deserto do Namibi, a procura das kapalas gigantes. Não encontrei os animais que estão quase extintos na natureza, mas fui parar numa aldeia, onde havia um sultão, vivendo com 42 mulheres e 152 filhos. Nem a imprensa africana conhecia o recordista mundial de mulheres e filhos. Foi destaque no Fantástico.

RG: Um grande jornalista precisa sempre de uma grande equipe. Pode nos citar alguns de seus companheiros de viagens ao longo desses anos e o que aprendeu com eles?
Chico: Em televisão, só trabalhamos em equipe, onde o cinegrafista é peça fundamental. Eles são responsáveis pelas imagens, sem as quais, não haveria reportagem de vídeo. Estou escrevendo um livro e dedicando aos repórteres cinematográficos, que considero verdadeiros heróis.

RG: Qual será a próxima grande reportagem de Francisco José? Alguma em mente? Algum roteiro inexplorado/pauta inexplorada que você anseia em registrar?
Chico: Pela primeira vez, estou no estaleiro. Na última reportagem para o Globo Repórter, que foi ao ar na sexta-feira passada, sobre a Colômbia, cai desastrosamente, no topo de uma montanha, a mais de 5 mil metros de altitude. Fiquei mais 12 dias cavalgando nas montanhas antes dominadas pelas FARC, mergulhando no Pacífico e no Caribe, até concluir o programa. Quando voltei ao Brasil, o resultado da ressonância magnética acusou ruptura total dos tendões do ombro direito. Passei por três horas de cirurgia e estou recuperando os movimentos do braço. Mesmo assim, participei de toda a fase de edição do programa e tenho ido à redação. Devo voltar na próximo semana, mas apenas com matérias leves...

"Um jornalista não deve abandonar a matéria só porque quebrou alguns ossos." (Francisco José)

RG: Deixe uma dica para os futuros jornalistas que pretendem ser grandes profissionais como você.
Chico: O curso de jornalismo é a melhor forma de especialização em jornalismo. Depois, dedicação, dedicação, dedicação... Sou radical: um jornalista não deve abandonar a matéria só porque quebrou alguns ossos...

Entrevista incrível! Obrigado Chico!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

RG INDICA #39: COMO APROVEITAR O FIM DO MUNDO?


A nova série cômica de Fernanda Young e Alexandre Machado brinca com a paranoia do fim do mundo prevista, dessa vez, para dezembro de 2012.

Young e Machado brincam com polêmica mítica na nova série.

   Embora os nomes não sejam conhecidos do grande público, certamente você já assistiu as séries globais de sucesso “Os Normais”, “Os Aspones”, “Separação” e “Macho Man”, elas também foram de autoria do casal Fernanda Young e Alexandre Machado. Dessa vez eles resolveram curtir com a paranoia do Calendário Maia e entrar na onda do fim do mundo. Junte a paranoia, um casal e muita comédia e voilá: nasceu a série de oito episódios “Como Aproveitar o Fim do Mundo” que estreou no dia 1º de novembro nas noites de quinta da Rede Globo, após “A Grande Família”.
   Um fato curioso dessa série é que o oitavo e último episódio irá ao ar nas últimas horas do dia 20 de dezembro, véspera do “apocalipse” do Calendário Maia, que prevê o fim do mundo para o dia 21/12/2012. Na trama – protagonizada por Alinne Moraes e Danton MelloAlinne é Kátia, uma extrovertida funcionária do departamento pessoal que conhece Ernani (Danton), um homem certinho da contabilidade e ali mesmo, no escritório, vai nascer um romance para durar até o final dos tempos. Apesar do tema supostamente trágico, Fernanda explica o lado bem-humorado da história: “O programa é sobre como as pessoas enfrentam o fim do mundo. E as pessoas são engraçadíssimas, até nos momentos mais trágicos", conta.

Danton e Alinne trazem personagens que acreditam no fim do mundo.

   Sobre a paranoia do fim do mundo, Young diz que não acredita em profecias, mas crê que estas datas fazem bem para a humanidade. “Todos acabam se questionando sobre o que é realmente importante na vida”. Já Alexandre diz que essas datas sempre vão existir. Apesar de também não acreditar em nada disso, ele diz que isso é estímulo para as pessoas avançarem: “Até eu mudei depois que escrevi a série! Estou ouvindo músicas de 20 anos atrás. Uma das coisas que mais gosto de fazer é trabalhar, mas estou ficando mais com os meus filhos. Com certeza, o seriado mexeu na minha vida pessoal”.
   Além de Alinne e Danton no elenco, a história conta ainda com Nelson Freitas, que deu uma pausa na veia de comediante em "Zorra Total", também da emissora, para interpretar um amigo do casal Kátia e Ernani, que tanto vai ajudar quanto atrapalhar. "Entre o nascer e a morte, é preciso aproveitar o meio. A gente se depara com a necessidade: 'preciso fazer o que eu quero'. Tomara que desperte isso nas pessoas", afirma o ator.
   A série parece estar agradando o público, que emplacou 15 pontos de audiência nos dois primeiros episódios. E você? Já começou a pensar o que fará até o fim do mundo? Então não perca essa série que promete uma lista cheia de desejos, provocações e sentimentos onde duas pessoas completamente diferentes e igualmente solitárias vão realizar juntas.